Os robôs colaborativos são robôs industriais leves e baratos, projetados para preencher lacunas e trabalhar em estreita colaboração com os seres humanos, para automatizar as tarefas que antes eram realizadas apenas com trabalho manual.
Steven Keeping para Mouser Electronics (*)
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Robôs industriais grandes e pesados são comuns em fábricas, como uma alternativa eficiente para substituir trabalhadores braçais em tarefas repetitivas nas linha de montagem.
Como máquinas nunca diminuem a velocidade, nunca cometem erros e nunca precisam de um tempo livre. No entanto, eles são caros e inflexíveis, exigindo reprogramação e reformulações demoradas para cada nova tarefa.
Isso torna os robôs industriais adequados para processos com alto volume e alta velocidade de trabalho, onde um produto é produzido por anos sem alterações: um exmeplo clássico disso é a soldagem de chassis automotivo.
Os humanos não são tão bons em tarefas altamente repetitivas, isso porque se cansam e perdem a concentração. Mas os humanos são hábeis, flexíveis e bons em resolver problemas. E o trabalho humano é relativamente barato. Isso torna os seres humanos bem adequados para tarefas complexas de montagem personalizadas, como a montagem do interior de um automóvel onde temos várias opções que o cliente escolhe.
Os robôs colaborativos são robôs industriais leves e baratos, projetados para preencher lacunas e trabalhar em estreita colaboração com os seres humanos, para automatizar as tarefas que antes eram realizadas apenas com trabalho manual.
Os robôs oferecem ganhos de produtividade significativos, enquanto os seres humanos se concentram em atender a personalização de produtos que muda rapidamente: provando que a “colaboração” funciona. Um estudo conduzido por pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) em uma fábrica da BMW, mostrou que o tempo ocioso do trabalhador humano foi reduzido em 85% quando eles foram auxiliados por robôs colaborativos.
As aplicações para os robôs colaborativos são numerosas e variadas. Por exemplo, um robô colaborativo pode pegar um painel pesado de uma área de armazenamento, localizada perto da linha automática e mover o painel para o lugar apropriado na produção, ao mesmo tempo em que um humano pode trabalhar para ajustar ou desligar interruptores de painel, as conexões elétricas “difíceis de alcançar” e alinhar precisamente o console do instrumento, antes de fixá-lo no lugar. Robôs colaborativos também estão encontrando trabalho em lugares como linhas de montagem de smartphones, onde as operações de coleta, colagem e prensagem são feitas pela máquina, enquanto trabalhadores humanos colocam as placas de circuito, telas e baterias antes de fixar tudo com pequenos parafusos. De acordo com a empresa de automação ABB, 90% dos robôs colaborativos de hoje funcionam em fábricas de eletrônicos de consumo.
Os robôs colaborativos são menores, mais leves e mais baratos que seus primos industriais, medindo dezenas de centímetros em vez de metros, pesando 10 kg em vez de cem, e custando dezenas de milhares de dólares em vez de centenas de milhares. Os robôs colaborativos pegam emprestado algumas tecnologias de seus primos maiores, tais como motores e articulações, mas essa tecnologia é refinada, simplificada e encolhida.
A programação é muito mais simples do que a necessária para um robô industrial e às vezes é tão simples quanto orientar manualmente o braço de um robô através do processo: Isso é tão simples que pode ser realizado por um colega de trabalho em vez de por um técnico especialista em robôs. A manutenção é simples, logo, pequenas empresas, sem experiência anterior em robótica, podem gerenciá-lo. E como os robôs colaborativos compartilham o mesmo espaço de trabalho com os humanos, eles contêm sensores e poder de computação onde garantem que os colegas de trabalho não sejam atingidos por braços artificiais e se ocorrer um contato entre humanos e robôs, as forças envolvidas serão reduzidas para evitar danos.
O setor de robôs colaborativos é muito promissor. Hoje, as máquinas trazem automação para tarefas de montagem que foram previamente realizadas por humanos, liberando os trabalhadores para se concentrarem em trabalhos intelectuais mais gratificantes. Amanhã, robôs colaborativos podem garantir que as linhas de produção continuem funcionando em lugares onde o trabalhor humano de baixo custo é escasso. Essa promessa, segundo o analista britânico Technavio, fará com que o mercado de robôs colaborativos se multiplique por dez, saltando para mais de US $ 1 bilhão em apenas dois anos.
Referência:
http://br.mouser.com/empowering-innovation/generation-robot
Steven Keeping
https://br.mouser.com/blog/author/steven-keeping