Utilizando um interruptor ou mais, acionados pela ação de campos magnéticos, podemos montar um simples, porém eficiente alarme contra ladrões ou anunciador de visitas. Outras aplicações que envolvem o disparo de alarmes ou dispositivos eletrônicos pela ação de imãs podem ser imaginados para este aparelho.
Os reed-switches são interruptores de lâminas que podem ser acionados pela ação de campos magnéticos.
O campo magnético pode ser tanto produzido por uma bobina (solenoide) como por um imã permanente.
Na figura 1 temos o aspecto de um típico reed-switch como o que deveremos usar em nossa montagem.
Sem a ação do campo magnético, as lâminas permanecem afastadas e o reed-switch aberto.
Nenhuma corrente pode circular pelo dispositivo. Com a aproximação de um imã ou o aparecimento de um campo magnético, as lâminas se atraem e se tocam fechando o contato elétrico.
Normalmente os reed-switches de menor custo são fabricados para suportar correntes de no máximo 500 mA, o que significa que não podemos usá-los para controlar diretamente cargas de alto consumo como lâmpadas incandescentes, motores, cigarras, campainhas etc.
No entanto, nada impede que o reed-switch seja usado para ativar um dispositivo intermediário que suporte maiores correntes.
E o que faremos neste projeto.
Daremos então dois circuitos: um que pode ser alimentado pela rede de energia e outro por bateria, ambos acionados pela ação de um imã
Colocando este imã em posição apropriada o movimento de um objeto, porta, janela, bicicleta etc., fará com que o reed-switch seja ativado e com ele, o alarme.
Como funciona
O que fazemos em nosso alarme é disparar um dispositivo de maior capacidade de corrente a partir de uma fraca corrente, que o reed-switch pode controlar.
No nosso caso, o dispositivo é um SCR do tipo 106 que pode suportar correntes de até 4 A, o que significa uma grande capacidade de carga, tanto na rede de 110 V (440 W) como na redede 220 V (880 W).
Com bateria de 12 V esta capacidade é de 48 watts.
Buzinas, cigarras, lâmpadas e motores poderão ser ativados pela simples aproximação de um imã. (figura 2)
Devemos observar que, existem diferenças em relação ao comportamento dos circuitos, quando alimentados pela rede (corrente alternada) e por bateria (corrente contínua).
Na rede, o aparelho só permanece ativado enquanto o imã estiver em contato ou próximo do reed-switch.
Afastando, o aparelho desliga imediatamente›.
Na bateria, bastará uma aproximação ou toque momentâneo no reed-switch com o imã, para que o aparelho seja ativado e assim permaneça indefinidamente, mesmo que o imã seja retirado.
Para rearmar será preciso desligar por um instante a fonte de alimentação.
O leitor deve escolher seu sistema.
Nos dois casos devemos observar um fato importante: na condição de espera não existe praticamente consumo de energia.
Montagem
Começamos pelo circuito alimentado pela rede que é mostrado na figura 3.
A versão montada em ponte de terminais é dada na figura 4.
Observe que o circuito de carga (cigarra, motor, lâmpada etc.) e ligado diretamente ao SCR sendo portanto alimentado com metade da potência máxima (meia onda), já que o SCR é um controle de meia onda.
Na figura 5 temos o circuito alimentado por bateria de 6 ou 12V.
Sua montagem em ponte de terminais é dada na figura 6.
Nesta versão devemos considerar que o aparelho alimentado (carga) recebe apenas 2 Volts a menos que o normal, já que esta é a queda que temos no SCR.
Assim, no circuito de 12 V o aparelho alimentado recebe aproximadamente 10 e no circuito de 6 V recebe aproximadamente 4 V.
Os cuidados para a montagem são os tradicionais, devendo o leitor apenas considerar que na versão para a rede não existe isolamento, o que significa que todas as partes vivas devem ficar longe do contato do usuário.
Devemos também observar que o SCR deve ser dotado de dissipador de calor, principalmente se a carga for de mais de 0,5 A em qualquer alimentação.
Para a conexão do reed-switch que nas aplicações normais deve ficar longe do aparelho, sugerimos a utilização de fio duplo encapado, com comprimento máximo de 10 metros.
Um jaque ou ainda barra de parafusos para a conexão será interessante para facilitar eventuais remoções.
Prova e uso
Para provar o aparelho é muito simples: ligue uma carga que pode ser uma lâmpada comum de 5 a 100 watts na versão alimentada pela rede, ou então, uma lâmpada de 6 ou 12 V conforme sua bateria.
Aproxime um pequeno ímã (pode ser retirado de um velho alto-falante) do reed-switch.
O sistema deve ser ativado com o acendimento da lâmpada. Na versão alimentada pela rede, afastando o imã, a lâmpada deve apagar. Na versão alimentada por bateria o afastamento do imã mantém a lâmpada acesa.
A fonte deve ser desligada por um instante para o sistema ser reativado.
Para instalar existem diversas possibilidades que são mostradas na figura 7.
Para usar mais de um reed-switch a ligação pode ser feita em quantidade ilimitada, em paralelo.
Como cargas podem ser usadas campainhas, cigarras, motores, osciladores de áudio, reles etc.
Versão para 110 ou 220 V:
SCR - MCR106, TIC106 ou C106 para 200 V se a rede for de 110V e para 400 V se a rede for de 220 V;
SX – reed-switch (interruptor de lâminas);
R1- 22 k x ¼ W - resistor /vermelho, vermelho, laranjal para 110 V;
47 k x ¼ W - resistor (amarelo, violeta, laranja para 220 V
R2 – 1 k x 1/8 W - resistor (marrom, preta, vermelho)
S1 - interruptor simples.
Diversos: ponte de terminais, cabo de alimentação, dissipador para o SCR, fios, tomada de força etc.
Versão para 6 ou 12 V:
SCR - MCR106, TIC106, C106 - para 50 Vou mais
SX ~ reed-switch (interruptor de lâminas);
R1 - 4k7 x 1/8 W - resistor (amarelo, violeta, vermelho);
R2 – 1 k x 1/8 W - resistor (marrom, preto, vermelho);
S1 - interruptor simples.
Diversos: ponte de terminais, cabo de alimentação, dissipador para o SCR, bornes de ligação etc.
obs. existem reed-switches especiais de contatos folheados a ouro que são componentes realmente caros e existem reed-switches de baixo custo para aplicações gerais. São os reed-switches de baixo custo que recomendamos para esta montagem.