Em 1987 escrevemos um “como funciona” explicando como funciona o código de barras comum (ART2401 e ART713). Amplamente usado em uma infinidade de aplicações e já alertávamos para a vinda do código bidimensional em que num espaço menor era possível colocar mais informações. Um segundo artigo nosso de 2004 tratava dos códigos bidimensionais (ART704) que já tinham como representante o QR Code que se tornou popular realmente a partir de 94. Neste artigo explicamos com mais detalhes este, que agora é um dos mais populares códigos usados com os celulares.
QR Code vem de Quick Response ou Resposta Rápida, assim o QR Code é um código de resposta rápida consistindo num tipo de código de barras bidimensional. Veja nosso artigo para entender como funciona.
Este código foi criado em 1994 pela empresa japonesa Denso-Wave para controla o estoque de peças de uma forma rápida e simples.
Com o desenvolvimento de câmeras de celulares cada vez mais precisas o processo de escaneamento do código passou a ser usado também nesses dispositivos em 2003. A vantagem é que até mesmo celulares com câmeras não muito boas podem captar as imagens e interpretá-las.
Hoje o QR Code encontra uma infinidade de aplicações indo do pagamento de contas pelo celular, o acesso a sites e emails de forma direta, acesso a menus de restaurantes ou catálogos de componentes, informações técnicas sobre componentes e muito mais.
A partir do seu lançamento o código se popularizou e seu uso, assim como os aplicativos que o interpretam se tornaram gratuitos podendo ser usados em qualquer aplicação e instalados em qualquer celular.
Como Funciona
Diferentemente de um código de barras comuns, como mostra a figura 1, o QR Code é um código bidimensional ou 2D.
Neste código, as informações são codificadas pela largura e separação das barras segundo um código padronizado, adotado internacionalmente.
No código de barras bidimensional temos a representação das informações por por pequenos retângulos que formam um padrão de mosaico, conforme mostra a figura 2.
Desta forma, tomando referência as linhas de retângulos, podemos fazer a leitura sequência das regiões de claros e escuros convertendo-as em bits, conforme mostra a figura 3.
Diversas versões existem que podem conter mais ou menos dados conforme a quantidade de “quadrados” podem ser usados na representação de dados.
Assim, temos na figura 4 algumas versões com a quantidade de bits que podem armazenar;
Versões de 117 x 117 e 177 x 177 também existem possibilitando o armazenamento de até 7 089 caracteres.
No entanto, ao pensar na leitura desses códigos a partir da câmera de um celular precisamos levar em conta diversos fatores.
Devemos ter em primeiro lugar uma referência (A) que permita o correto posicionamento da câmera de modo que a informação possa ser captada sem erro.
Também precisamos informar o aplicativo qual é formato da informação que está sendo lida, pois existem variações, sendo que em alguns casos podemos ter números apenas, caracteres alfanuméricos, bits binários, etc.
Também existem padronizações de datas diferentes dadas pelas normas ISSO/IEC e o celular precisa saber o que está lendo.
Além disso, precisamos ter uma referência que permita obter o alinhamento (B) de modo que o aplicativo saiba o que o lado de cima e o lado d ebaixo do código para fazer sua leitura.
Outra informação é a informação do formato (C) que também é importante para a leitura.
Da mesma forma que nos boletos que usam códigos de barras comuns, é agregada uma informação que permita saber se os bits transmitidos em cada bloco estão corretos, ou seja, uma informações que permita comprovar a integridade dos dados lidos, que é dada em (D)
Finalmente temos o “timing” que é uma referência para a velocidade de leitura apropriada, mostrada em (E).
Finalmente temos em (F) a versão.
A figura 5 mostra como essas informações são colocadas no QR Code.
Aperfeiçoamentos ainda estão por vir como, por exemplo, o uso de cores. Seria mais ou o menos o que se faz com a modulação QAM em que o retângulo poderia conter mais de 1 bit. Se usarmos 16 cores diferentes, por exemplo, cada retângulo pode conter 4 bits.
Os recursos das câmeras de celulares facilmente conseguiriam diferenciar essas cores e com isso para um determinado formato, multiplicaríamos por 4 a capacidade de armazenamento de informação.
Na figura 6 damos um exemplo desse código.
Vantagens
A principal vantagem do QR Code é certamente a facilidade de uso que permite sua fácil integração ao celular.
Além disso, é fácil gerar um QR Code para colocar informações sobre seu produto de modo acessível e completo, permitindo que numa simples etiqueta se acessa um URL ou ainda se tenha dados gravados no celular de forma imediata para posterior consulta ou mesmo contato como, E-mail, telefone, endereço, etc.
Gerando e Lendo
Na internet você encontrará diversos programas e aplicativos que permite tanto que você gere uma etiqueta QR code para colocar no seu produto ou mesmo em algum ponto importante, como também aplicativos para leitura que podem ser baixados no seu celular.
O modo de ler uma etiqueta com QR Code é muito simples:
- Baixe o aplicativo em seu celular (Vá a Play Store do Google e procure “QR Code”. Diversos leitores estão disponíveis para baixar no seu celular.
- Abra o aplicativo e aponte para o QR Code, conforme mostra a figura 7.
Tão logo o aplicativo reconheça o código, a informação aparece em sua tela e se for um link de acesso a um site ou um E-mail, basta tocar nele para que ele abra normalmente.