Também anunciado na capa da revista como conversor para OC e VHF este circuito tinha por finalidade possibilitar a recepção de sinais de 15 a 50 MHz num receptor AM comum. Naquela época, não havia a facilidade de se ter receptores de ondas curtas e ouvir sinais das suas faixas atraia nossos leitores. Nesse artigo falamos um pouco do projeto.
A possibilidade de se ouvir sinais de radioamadores, estações distantes e PX era muito atraente. Assim, na revista Eletrônica Total 17 de 1990, publicamos um conversor para esta finalidade.
O conversor, como o nome sugere, convertia sinais sintonizados nesta faixa num sinal de frequência fixa que caia na faixa de ondas médias. Dessa forma, um receptor de ondas médias, numa frequência fixa, em que não havia estações operando, funcionava como uma espécie de etapa de frequência intermediária, amplificando e depois detectando os sinais para se obter áudio.
Como todas as etapas do receptor eram usadas e o conversor usava um MOSFET de alto ganho, a sensibilidade do circuito era excelente, e estações distantes podiam ser captadas com facilidade.
Hoje há a dificuldade de montagem, tanto pela obtenção do transistor MOSFET, como também pelo elevado nível de interferências que as faixas recebidas e a própria faixa de AM apresentam, principalmente nos grandes centros.
Mas, a montagem era simples com o uso de placa de circuito impresso e um antigo capacitor variável de aparelho valvulado. Poderia também ser usado um capacitor de sintonia de um receptor de FM transistorizado.
Outro ponto interessante deste conversor é que ele não tinha conexão elétrica com o rádio AM. Os sinais eram acoplados por indução. Uma bobina era enrolada em torno do receptor de AM que seria usado.
O projeto fez sucesso, pois artigos que tratassem de RF eram sempre atraentes naquela época.
Conversor de 15 a 50 MHz (ART5428)