Um instrumento de grande utilidade para todo reparador ou montador de equipamento eletrônico, principalmente de som ou de rádio: um sensível seguidor de sinais que pode dar uma resposta sonora ou visual por meio de um instrumento. Funcionando com apenas duas pilhas, este instrumento é totalmente portátil e de facílimo manejo.
Este seguidor de sinais usa componentes simples e de baixo custo. Na verdade são empregados apenas transistores e um VU-meter como elemento indicador.
Outros componentes como o alto-falante e até mesmo o diodo e resistores podem ser aproveitados de velhos aparelhos, sem problemas.
A alimentação vem de duas pilhas apenas, e como o consumo de corrente é muito baixo a sua durabilidade será enorme.
Com este seguidor você poderá analisar os seguintes tipos de circuitos:
- Receptores de rádio AM e FM
- Gravadores e toca-fitas
- Amplificadores
- Pré-amplificadores
- Intercomunicadores
- Instrumentos musicais
- Circuitos de efeitos sonoros
Para os que não sabem, um seguidor de sinais ”fareja" sinais de áudio (ou RF) e os amplifica de modo que possam ser analisados auditivamente ou por meio de um instrumento.
COMO FUNCIONA
Os sinais encontrados nos aparelhos eletrônicos mais comuns, como os que propomos analisar com este instrumento, podem ser fracos ou fortes. Para analisar os mais fracos precisamos de uma boa amplificação. Por este motivo, todo seguidor de sinais bom deve incorporar uma etapa amplificadora.
No nosso caso, esta etapa tem dois transistores complementares, o que além de significar simplicidade garante bom ganho.
O resistor R1 polariza a entrada da etapa e o capacitor C1 garante a transferência somente do sinal de áudio (ou RF) para o circuito.
Se ligarmos a chave S1 colocamos o alto-falante no circuito e obtemos uma indicação sonora da sua presença. O sinal captado no circuito analisado passará a ser reproduzido neste alto-falante.
Se desligarmos S1 teremos apenas a indicação visual por um VU-meter de 0-200 uA. A sensibilidade é ajustada em P1.
A finalidade de D1 é proporcionar um percurso único de carga para o sinal, de modo que o capacitor C2 atenue os movimentos da agulha tornando-os mais suaves.
O valor deste capacitor poderá ficar entre 1 uF e 22 uF, sem problemas.
Para seguir sinais de RF é preciso detecta-los. Para isso usamos uma segunda ponta de prova com um diodo de germânio como o 1N34. (figura 1)
A alimentação de 3 V é obtida de duas pilhas, sendo a finalidade de S2 ligar e desligar a fonte. Se você quiser economizar na sua montagem, pode eliminar S2 e desligar o aparelho com a simples retirada das pilhas do suporte.
MONTAGEM
O diagrama completo do apa- relho é mostrado na figura 2 e a montagem em ponte de terminais, é sugerida na figura 3.
Veja que se trata de montagem muito simples, mas muita atenção deve ser tomada nas ligações, principalmente nas ligações de Q1 e Q2, para que o aparelho funcione perfeitamente.
As polaridades do diodo, da fonte de alimentação e do VU-meter devem ser observadas. Se for invertida a ligação do VU-meter, você logo perceberá, pois seu ponteiro tende a se movimentar para o lado errado.
Os resistores podem ser de 1/8 ou ¼ W de acordo com sua disponibilidade; os capacitores eletrolíticos devem ter tensões de trabalho a partir de 3 V. O capacitor Ci pode ser de poliéster, cerâmico ou de outro tipo disponível.
Valores deste capacitor podem ser expressos da seguinte forma: lOOnF = 0,1uF = 100 kpF = .1 uF.
Transistores equivalentes aos BC548 e BC558 também podem ser usados.
Para o BC548 temos: BC237, BC238, BC547, BC549, BC107, BC108.
Para o BC558 temos: BC307, BC308, BC557, BC559, BC177, BC178.
Os dois últimos de cada equivalência, entretanto, têm uma disposição de terminais diferente da mostrada no desenho.
PROVA E USO
A prova de funcionamento é muito simples: basta colocar as pilhas no suporte de ligar tanto S1como S2.
Segurando apenas a ponta P1 deve haver ronco no alto-falante, e ajustando-se P1 temos uma pequena deflexão da agulha do instrumento,
Na figura 4 temos uma sugestão de caixa para montagem definitiva.
Para usar, devemos encostar a ponta de prova P1 nos pontos em que os sinais, devem aparecer normalmente nas entradas e saídas das etapas do aparelho. A garra jacaré ficará ligada à massa ou terra do aparelho que normalmente coincide com o negativo da fonte de alimentação.
Para seguir sinais de RF em etapas de RF e FI de rádios usamos a ponta de prova mostrada na figura 1.
Q1 - BC548 - transistor NPN de uso geral
Q2 - BC558 - transistor PNP de uso geral
D1 - diodo 1N34 ou equivalente VU - VU-meter de 0-200 uA
P1 - 47k - trimpot
S1, S2 - interruptores simples
B1 – 3 V - 2 pilhas pequenas
PP1 - ponta de prova
PP2 - ponta de prova com garra jacaré
FTE - alto-falante de 4 ou 8 ohms pequeno (5 a 10 cm)
R1 - 4M7 - resistor (amarelo, violeta, verde)
R2 - 1k - resistor (marrom, preto, vermelho)
C1 – 100 nF - capacitor (ver texto)
C2 – 10 uF - eletrolítico (ver texto)
C3 – 47 uF - eletrolítico
Diversos: suporte para duas pilhas, fios, ponte de terminais, caixa para montagem etc.
