A transferência dos sinais de vídeo de um videocassete para um ou mais televisores ou para outros aparelhos de videocassete na edição de cópias não é resolvida pela simples utilização de bons cabos. Atenuações de determinadas faixas de frequências podem afetar a qualidade da cópia ou da reprodução da imagem. A correção desse problema por meio de um equipamento apropriado é algo que interessa a todos os leitores que trabalham com a edição de fitas ou distribuição de sinais de vídeo. Um produto destinado a esses leitores é o VIDEOCOP. Veja neste artigo o que este aparelho faz e como ele pode ser de grande utilidade.

Observação.: Este artigo é de 1996. O Videocop não é mais fabricado, mas vale a informação sobre o circuito principalmente para os que recuperam fitas de vídeo, passando-as para o formato DVD. O circuito pode ajudar a melhorar a qualidade do vídeo recuperado.

 

Os sinais de TV que são emitidos por uma estação ocupam uma faixa do espectro relativamente ampla. Cada canal ocupa uma faixa de 6 MHz que deve conter todas as informações de som e imagem para a reprodução num televisor.

Para a transmissão de TV em VHF e UHF, mesmo nos canais mais baixos, a diferença de frequências que existe entre os extremos dos canais é pequena demais para que ocorram diferenças sérias de comportamento no transporte desses sinais por meio de cabos.

Assim, conforme mostra a figura 1, mesmo no canal 2, a frequência máxima é 60 MHz e a mínima é 54 MHz, o que quer dizer que um cabo que ligue a antena ao televisor (ou videocassete) não terá muitas diferenças de comportamento ao transportas os sinais desses canais.

 


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Se ocorrerem atenuações, salvo algum problema mais grave que implique numa ressonância, elas devem ser aproximadamente iguais para todas as frequências dessa faixa.

No entanto, quando usamos a saída de vídeo de um aparelho de videocassete para fazer uma transferência de sinal para outro gravador ou para monitores, a faixa de frequências desse sinal já não tem o mesmo comportamento.

Esses sinais vão se distribuir numa faixa de aproximadamente 0 a 4,5 MHz, o que significa que temos desde correntes contínuas até um sinal de uma frequência relativamente alta.

As frequências mais altas transmitidas têm, portanto, um comportamento bem diferente das frequências mais baixas e que se reflete de forma acentuada na qualidade de imagem principalmente se o cabo for de má qualidade ou se for longo.

 


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O problema mais comum que ocorre neste caso é que teremos uma atenuação maior das frequências mais altas que tendem a enfraquecer no seu percurso até o outro gravador ou um monitor de vídeo, conforme mostra a figura 3.

 


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Para a qualidade da imagem esta atenuação indevida tem consequências desastrosas.

Analisando um sinal de vídeo, vemos que os detalhes menores dos objetos focalizados correspondem justamente às frequências mais altas, conforme mostra a figura 4.

 


 

 

 

Assim, a quantidade de ponto de imagens que obtemos de um televisor ou na reprodução de um aparelho de vídeo está diretamente ligada a capacidade dos circuitos de luminância de responder às frequências mais altas.

 

Se as altas frequências forem atenuadas na reprodução ou na realização de uma cópia o resultado é justamente uma perda da definição da imagem que passa a ter contornos menos nítidos, conforme mostra a figura 5.

 


 

 

 

É justamente isso que ocorre quando uma cópia de vídeo é realizada de forma imprópria e as componentes de alta frequência do sinal de vídeo se perdem.

Uma imagem "esmaecida" sem definição é o resultado disso. O mesmo problema se manifesta quando tentamos distribuir a imagem gerada por um aparelho de videocassete entre diversos televisores, usando cabos longos ou mesmo a conexão direta.

"Carregando" a saída do circuito temos atenuações indevidas e nos cabos longos a perda das frequências mais elevadas que resultam e uma imagem "pobre" em termos de definição.

 

 

COMO RESOLVER O PROBLEMA

 

A utilização de cabos de vídeo apropriados é uma primeira solução possível para o problema e que resolve quando a distância entre a fonte de sinal de vídeo e o aparelho que deve recebê-lo, um monitor ou outro gravador, é pequena.

No entanto, para distâncias grandes na distribuição do sinal, ou para a distribuição entre diversos aparelhos, é preciso contar com algum recurso mais completo para compensar as atenuações das altas frequências do sinal de luminância.

Isso pode ser feito um "Enhancer" ou "Reforçador de Vídeo" como o VIDEOCOP.

 

 

O QUE É O VIDEOCOP

 

O Videocop é um reforçador/distribuidor de sinais de vídeo, um amplificador seletivo que reforça os sinais de alta frequência de luminância antes de enviá-los a uma ou mais saídas.

No amplificador de entrada temos um filtro passa-altas de tal forma que os sinais de luminância recebem uma amplificação maior no setor de altas frequências de modo a compensar as perdas que ocorrem na sua transmissão.

O sinal de áudio passa externamente, sem sofrer qualquer alteração.

Na figura 6 temos a etapa de amplificação dos sinais mostrando a "armadilha" que desvia os sinais de frequências menores de modo que a sua amplificação ocorra num nível menor.

 


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Neste ponto do circuito temos o único ajuste interno. P1 que é um ajuste externo controla o nível do reforço do sinal de modo a não ocorrerem distorções.

Os sinais amplificados são levados a um circuito distribuidor com 5 transistores que servem de "buffers" isolando assim cada saída da entrada de sinal.

Isso é importante no sentido de que as saídas não "carregam" o amplificador o que pode ser causa de alterações da curva de reposta com perdas justamente nas altas frequências.

O aparelho é alimentado pela rede de energia e na função "by-pass" as etapas de amplificação são anuladas de modo que o sinal passa diretamente da entrada para a saída.

 

 

COMO E QUANDO USAR O VIDEOCOP

 

Qualquer usuário de sistemas de distribuição ou transmissão de sinais de vídeo que tenham problemas de perdas de contraste podem usar o Videocop com vantagens.

São as seguintes as principais aplicações do Videocop:

* Edição de fitas com a realização de uma ou mais cópias simultâneas.

* Reforço do sinal de luminância num sistema de distribuição de sinais entre diversos televisores.

* Reforço do sinal quando o receptor (videocassete) se encontra muito longe do(s) televisor(es).

Na figura 8 temos o diagrama de ligações para o Videocop num sistema de edição de fitas.

 


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O VCR para reprodução é a fonte de sinal que tanto pode ser uma fita como um programa sintonizado a partir da antena externa.

Mostramos no desenho um VCR para a gravação dos sinais (realização de cópias) ligado a um monitor.

Como o Videocop tem 5 saídas podem ser usados até 5 videocassetes para cópias simultâneas.

 

 

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS

 

* Entrada de vídeo: não balanceada - 1 Vpp em 75 ohms

* Saída de vídeo: não balanceada: 1 Vpp em 75 ohms

* Entrada e saída de áudio: tipo loop-through

* Alimentação: 110/220VAC/10 W/50 ou 60 Hz

* Enhancer: reforço mínimo de 6 dB na região de 2 MHz

* Dimensões: 200 x 175 x 52 mm

 

O VIDEOCOP é produzido pela Industria Eletrônica Video Tech Ltda.