Neste artigo de uma revista Saber Eletrônica de julho de 1979, são dados diversos circuitos práticos de alarmes com o circuito integrado 741.

 

 


 

 

 

O 741 (LM741, SN72741, µA741, etc) consiste num amplificador operacional de alto ganho e baixo custo cujas características permitem que o mesmo seja usado numa vasta gama de aplicações práticas

 


 

 

 

Os amplificadores operacionais do tipo 741 cujos invólucros mais comuns aparecem na figura 1 apresentam as seguintes características elétricas:

Ganho sem realimentação: 100 dB

Impedância de entrada: 1 M 8

Impedância de saída: 150 ohms

Tensão máxima de alimentação: 18 - 0 -18 V

Máxima tensão de entrada: 13 - 0 -13 V

Máxima tensão de saída: 14 - 0 - 14 V

Rejeição de modo comum: 90 dB

Frequência de transição: 1 MHz

O amplificador operacional 741 apresenta ainda proteção contra curto circuitos na sua saída. Os circuitos que descrevemos a seguir são todos simples, devendo em alguns casos em que forem notadas diferenças no funcionamento previsto consideradas as tolerâncias dos componentes e suas características.

 

1. ALARME ATIVADO PELA FALTA DE LUZ

O primeiro circuito que apresentamos é o de um alarme de falta de luz, ou seja, um circuito que produz um sinal audível num alto-falante quando um sensor deixa de ser iluminado.

Este alarme pode ser usado para diversas finalidades como por exemplo para indicar a queima de lâmpadas em sistema de iluminação ambiente, a presença de pessoas numa passagem, conforme sugere a figura 2, e o próprio escurecimento do ambiente ao anoitecer.

 


 

 

 

Na figura 3 temos então o circuito completo de nosso alarme que é alimentado por uma fonte simétrica de 9 V.

Esta fonte pode ser formada por duas baterias de 9 V ligadas conforme mostra a figura 4, ou então se o leitor quiser, pode ser a fonte mostrada na figura 5. O transformador usado no caso tem um primário de acordo com a rede local e um secundário que fornece uma tensão de 9 V sob uma corrente de pelo menos 250 mA.

Voltando ao circuito do alarme, a sua lista de material é a seguinte:

 


 

 

 

De todos os componentes exigidos para esta montagem o único que pode causar dúvidas é o LDR. Na verdade, o LDR usado pode ser de qualquer tipo já que as diferenças de características que possam haver de um para outro podem ser compensadas pelo ajuste do trimpot.

Este trimpot será então ajustado de tal modo que o circuito não emita som algum na luz ambiente.

 

2. ALARME ATIVADO PELA ELEVAÇÃO DE TEMPERATURA

Trata-se basicamente do mesmo circuito da montagem anterior com a diferença de que em lugar do LDR usamos como sensor um NTC. Este componente reduz sua resistência com a elevação da temperatura o que significa que se trata de um sensor de temperatura.

Podemos então ter um circuito que faz disparar um alarme quando a temperatura do sensor supera um determinado valor que será estabelecido pelas condições de ajuste do trimpot.

Os NTC são componentes comuns, de modo que o leitor não terá dificuldades para sua obtenção, mas devemos lembrar que existem limites bem definidos para as máximas temperaturas as quais eles podem ser submetidos o que significa que a operação deste aparelho só deve ser feita na faixa de temperatura compreendida entre - 209C e 809C.

O circuito completo do alarme é então mostrado na figura 6 sendo usadas como fontes de alimentação qualquer uma das duas indicadas para a montagem anterior.

 


 

 

 

NTC usado pode ser de qualquer tipo que tenha uma resistência entre 10k e 100k na temperatura de 209C. As diferenças existentes de um tipo para outro poderão ser facilmente compensadas pelo ajuste do trimpot.

 


 

 

 

Depois de montado o circuito basta ajustar o trimpot para o ponto em que o aparelho não oscile. Aquecendo, mesmo com as mãos o NTC, o alarme deve soar. Se o leitor quiser pode usar em lugar do trimpot um potenciômetro comum e fazer para o aparelho um painel calibrado em termos de temperatura de disparo.

 

3. ALARME ATIVADO PELA UMIDADE

Com a troca dos sensores, os mesmos circuitos podem agora ser usados para acusar a umidade de um local ou de um sensor, podendo ser utilizado como alarme de chuva, vazamentos, etc.

 


 

 

 

Na figura 7 temos então o circuito completo do alarme ativado pela umidade em que os sensores nada mais consistem do que duas telas de arame separadas por um pedaço de tecido seco. As telas devem ser mantidas apertadas sobre este tecido seco que deve também ser poroso.

Ao cair água sobre o tecido, sua resistência abaixa rapidamente disparando o circuito de alarme que então emitiria um som. (figura 8)

 


 

 

 

 


 

 

 

 

 

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