O áudio digital já há muito tempo é uma realidade, e sua qualidade quase que infinitamente superior aos demais sistemas de reprodução sonora também é do conhecimento de todos. A chave para um som absolutamente perfeito está no processamento digital das informações que podem estar gravadas em urn Compact Disc, por exemplo. Para este processamento a informação sonora é registrada em disco por um sistema PWM (Pulse Width Modulation), ou modulação por largura de pulso, onde um sinal analógico é transformado em um dado serial digital cuja largura de pulso em cada período de sua oscilação apresenta um valor de tensão eficaz igual à do sinal analógico original; isto em linhas bastante gerais.

O projeto que agora sugerimos é um exemplo prático e funcional de processamento digital em uma reprodução sonora - o amplificador PWM.

Neste circuito temos um primeiro bloco que é um mero comparador onde é injetado o sinal de áudio, os Smith Triggers a seguir “enquadram” o sinal e fornecem corrente suficiente para excitar os transistores de saída.

Estes trabalham simplesmente como chaves, já que a forma de onda a eles aplicada é quadrada, contendo a informação de áudio em sua largura de pulso (figura 1).

 

  Figura 1 – Diagrama do amplificador
Figura 1 – Diagrama do amplificador

 

Com um simples amplificador como este, podemos obter resultados surpreendentes, apesar dos transistores serem de baixa potência temos uma saída eficaz de 5 W, já que a perda de dissipação é muito pequena e que os transistores funcionam apenas como elementos de chaveamentos.

Isso traz uma outra grande vantagem: baixos fatores de distorção. A distorção por crossover é igual a zero e a distorção harmônica total está na casar dos 0,3%.

A tensão de alimentação para o circuito situa-se na faixa dos 9 a 18 V e, embora os transistores trabalhem levemente aquecidos, dissipadores de calor não são necessários.

A bobina L1 é um microchoque de 47 µH que pode ser adquirido pronto.

A corrente drenada pelo circuito não ultrapassa os 450 mA.

Este é, portanto, um amplificador perfeitamente operacional e de tecnologia bastante nova, que deve ser tentado por todos aqueles que apreciam um som absolutamente puro em circuitos de grande originalidade.

A figura 2 mostra o desenho da placa de circuito impresso por nós adotada.

 

Figura 2 – Placa de circuito impresso
Figura 2 – Placa de circuito impresso

 

 

Obs. Este artigo é de 1987