Um problema inesperado que pode ocorrer em qualquer situação é o que envolve a queda de uma pessoa. Normalmente, quando isso acontece, uma condição de emergência se estabelece, exigindo a pronta intervenção de auxílio especializado. Tal fato ocorre principalmente em certos grupos de risco como pessoas de idade avançada, bombeiros, policiais, pessoas que trabalham em locais perigosos, etc.

Nota: O artigo é de 2005. Verifique se existem mais recentes se iniciar um novo projeto.

Com base nessa necessidade a Freescale (www.freescale.com) desenvolveu um sistema de detecção de quedas usando como sensor um acelerômetro, o qual vamos descrever de forma resumida neste artigo. Informações completas sobre hardware e software podem ser obtidas no site da empresa.

A ideia de se detectar a queda de uma pessoa através de recursos eletrônicos que partem de sensores apropriados até uma interface que permita enviar um sinal de aviso a uma central apresenta diversas dificuldades e também diversas soluções possíveis.

Assim pode-se empregar diversos tipos de sensores, entre eles sensores de nível, calorímetros e acelerômetros. A solução da Freescale utiliza um acelerômetro por encontrar nesse tipo de sensor diversas vantagens como:

• Eles são pequenos, podendo ser facilmente montados no corpo da pessoa.

• Podem ser interfaceados com facilidade a uma unidade portátil de processamento.

• Consomem pouca energia

Em função disso, podemos usá-los numa pessoa levando em conta que eles podem ser facilmente transportados por ela, podem ser usados com sistemas alimentados por bateria e além disso sua eficiência na detecção de lima queda é boa

No sistema proposto, quando a queda é detectada, o evento é gravado em uma memória não volátil e o dispositivo se comunica com uma central que podem enviar comandos ao dispositivo (figura 1).

 


 

 

O projeto proposto pela Freescale utiliza o MMA7260Q, que consiste num acelerômetro tri axial de alta sensibilidade. Esse componente tem um consumo de apenas 5 µA no modo Power Save e, além disso, pode ser alimentado com tensões de 2,2 V a 3,6 V.

Fornecido em invólucro QFN de 6 mm x 6 mm x 1,45 mm, esse componente possui recursos de condicionamento integral de sinal com filtro passa-baixas. Sua saída é linear.

O Controlador Digital de Sinal (DSC) escolhido é o MC56F8013, fornecido em invólucro com a pinagem mostrada na figura 2.

 


 

 

Esse controlador de sinais possui uma capacidade de processamento de 32 MIPS em 32 MHz e uma MAC paralela de ciclo único de 16 x 16 bits. Além disso, ele tem quadro acumuladores de 36 bits e um set de instruções DSP e controlador. A RAM é de 4 kB e o ADC de 12 bits. São utilizadas duas interfaces, sendo uma serial (SCI) e outra periférica (SPI).

Temos ainda um Transceptor de RF do tipo MC13192, que é compatível com a IEE802.15.4 podendo operar com tensões de alimentação de 2,0 V a 3,4 V. Esse componente possui 16 canais de RF e três modos de baixo consumo.

Esse transceiver tem uma potência nominal de 0 dbm, mas pode ser programado até 4 dBm de potência máxima de saída.

Temos também a possibilidade de programar a frequência de clock para que ela seja usada por uma MCU e ainda a opção de usar um cristal de 16 MHz on board. O invólucro é QFN-32.

Esse transceptor permite ao sistema a comunicação de um evento ou emergência a uma estação-base. Ele também dá acesso aos dados na memória via interface I2C.

 

 


 

 

Na figura 3 temos o diagrama de blocos do projeto de detector de quedas da Freescale.

Na figura 4 vemos a parte do diagrama que corresponde ao microcontrolador.

 


 

 

Na figura 5 é dado o diagrama do setor de transmissão do detector de quedas.

 


 

 

 

Experimentos

Os testes com esse equipamento foram feitos com 10 homens com idades entre 22 e 30 anos, os quais tiveram de realizar diversas sequências de movimentos (três vezes cada um).

Um dispositivo foi colocado na sua cintura e nenhuma computação foi feita, apenas sendo transmitidos os dados captados pelos acelerômetros para um PC.