As válvulas, assim como as lâmpadas incandescentes usam um filamento de tungstênio que, ao ser percorrido por uma corrente elétrica se aquece. Nas válvulas a finalidade do filamento é emitir elétrons funcionando como um catodo ou então aquecer um segundo eletrodo, denominado catodo que, sendo recoberto por substâncias alcalinas, emite elétrons com facilidade. Nas lâmpadas, o filamento tem por finalidade produzir luz.
Ocorre que estando frio o filamento de tungstênio de uma lâmpada ou válvula apresenta uma resistência muito baixa, o que significa que ao ser ligado a corrente inicial é muito alta. Na verdade, esta corrente inicial pode ser até 8 vezes maior do que a corrente normal do dispositivo, depois de aquecido. Uma lâmpada de 150 mA, ao ser ligada pode ser percorrida por uma corrente inicial de mais de 1 A.
Se o filamento estiver com algum problema de desgaste mecânico ou ainda com sua espessura reduzida pela evaporação gradual, no momento em que ele é ligado pode ocorrer a ruptura, ou seja a queima.
Assim, as válvulas (e lâmpadas incandescentes) queimam por dois motivos:
a) Pelo desgaste mecânico que enfraquece o filamento, principalmente nos pontos em que ele é ligado aos eletrodos. No momento em que a corrente é estabelecida ele se queima.
b) Pelo desgaste gradual que ocorre já que, com o tempo, o filamento trabalhando quente vai se evaporando e tendo por isso sua espessura reduzida. Neste caso, a queima pode ocorrer no momento em que a corrente é estabelecida ou o dispositivo é ligado.
Não contamos neste caso a queima que ocorre pela oxidação, quando por algum motivo entra ar na válvula ou lâmpada.
Na figura abaixo mostramos como testar o filamento de uma válvula com o multímetro.