Este artigo foi escrito em 2005 quando o conhecido programa de simulação eletrônica, o EWB ou Electronic Workbench passou a ser comercializado pela National Instruments. O programa, na época tornou-se uma ferramenta de uso profissional, com muitos recursos adicionais para atender a todos que já estavam acostumados com o uso dessa plataforma. Neste artigo tratamos na época da apresentação do novo projeto que em nossos dias inclui ainda mais, o que é constante explorado na nossa seção de Circuitos Simulados. Veja neste artigo o que a versão 8.0, lançada na época oferecia.
O conhecido MultiSim que tem no EWB (Electronics Workbench) uma de suas ferramentas mais conhecidas, muda completamente ao passar a ser um produto da National Instruments (www.ni.com).
Com novos recursos em sua versão 8.0, esse programa de projeto, simulação e elaboração de placas de circuito impresso deixa de atender somente o seu público tradicional, passando a ser uma ferramenta de uso profissional.
De fato, para os que aprenderam a usar esse programa quando eram estudantes, a possibilidade de continuar contando com o mesmo quando se tornam profissionais e precisam de uma ferramenta de trabalho mais poderosa é muito interessante.
Já familiarizados com seus recursos básicos fica muito mais fácil galgar alguns degraus a mais do mesmo programa do que ter de começar tudo de novo com um programa, nem sempre com uma interface tão amistosa.
Trata-se portanto da ferramenta ideal para desenvolvedores e também para escolas técnicas já que existe, como apoio para o estudante, uma versão free que se casa completamente com a versão profissional completa 8.0.
As escolas poderão ministrar seus cursos na versão completa e cada aluno poderá elaborar suas tarefas, trabalhando em módulos, usando a versão free.
Na versão 8.0 o MultiSim conta com os mesmos recursos das versões anteriores mais uma série de recursos adicionais que o tornam apropriado para o trabalho em desenvolvimento de projetos mais avançados, de uso profissional.
De fato, um dos destaques desse programa é sua possibilidade de trabalhar com qualquer microprocessador, fazendo projetos e simulações.
Além disso, ele "conversa" com outras plataformas de desenvolvimento e simulação como o LabView da National Instruments.
Finalmente é preciso ainda ressaltar que o novo MultiSim possui recursos avançados que permitem a realização de projetos na área de telecomunicações.
Novas ferramentas de simulação de projetos de altas freqüências, tornam possível o trabalho com os circuitos mais críticos, o que não ocorria com a versões anteriores e o que não ocorre com muitos outros programas de desenvolvimento e simulação atuais.
Diversas são as vantagens que o leitor que pretender investir numa ferramenta de trabalho como esta terá:
* O MultiSim é fácil de usar, tendo sido por esse motivo, o preferido por muitos como o primeiro programa de projeto, simulação e desenvolvimento de placas a ser usado. Partir para o uso profissional, com mais recursos é muito mais fácil do que no caso de um software totalmente diferente.
* O MultiSim é uma ferramenta de trabalho amplamente testada que todos conhecem. Com novos algoritmos aperfeiçoados, muitos circuitos são testados agora com muito mais facilidade e exatidão.
* A vasta instrumentação virtual disponível permite trabalhar com extrema facilidade nos circuitos simulados.
* Simula circuitos de altas freqüências com algoritmos poderosos, como os usados em telecomunicações.
* O software conta com instrumentos virtuais "reais" da Tektronics e Agilent, permitindo assim que testes muito mais completos sejam realizados e depois comprovados num instrumentos exatamente com as mesmas características se assim o projetista o desejar.
* Possui uma integração direta com os instrumentos do LabView da National Instruments.
Um Pouco Mais do MultiSim
A possibilidade de se contar com um programa capaz de fazer o projeto, simulação e elaboração da placa de circuito impresso pelo computador, é algo com que todo profissional da eletrônica sonha.
O MultiSim ou EWB (Electronics Workbench) foi durante muito tempo o programa mais conhecido com que todos podiam contar.
Com uma interface gráfica amigável, o programa contava com uma tela onde podiam ser desenhados os circuitos, "arrastando-se" componentes de uma vasta biblioteca, que podia ser ampliada a qualquer momento.
Depois, era possível conectar ao circuito desenhado, diversos instrumentos virtuais como voltímetros, amperímetros, osciloscópios, geradores de função de modo a se fazer a simulação de seu funcionamento.
Finalmente, uma vez que se verificasse que na simulação o circuito funcionasse, era possível transferir as informações do diagrama para um programa do mesmo conjunto capaz de elaborar a placa de circuito impresso (Ultirout ou Ultiboard).
O importante nesses passos para se partir do componente isolado e chegar a uma placa com um circuito simulado, é a perfeita integração entre todos os passos, não exigindo do projetista mais do que manusear o mouse do computador e eventualmente o teclado.
Na parte de instrumentação virtual é interessante ressaltar que além de um osciloscópio de duplo traço, o simulador contém outros instrumentos de grande utilidade nos projetos atuais.
Um deles faz a análise do comportamento de um circuito no domínio das freqüências, ferramenta de enorme importância no projeto de filtros.
Pode-se aplicar sinais com um espectro estabelecido previamente e verificar como o circuito responde a esses sinais, com grande precisão.
Outro recurso importante na instrumentação virtual é o que a modelação do circuito no domínio do tempo. Essa simulação permite levantar um gráfico do comportamento do circuito a partir do instante em que ele é ligado até um determinado instante programado.
Pequenas Desvantagens
Apesar de todas as vantagens que levam o MultiSIm a ser uma das mais poderosas ferramentas de projeto com que os leitores podem contar atualmente, existem alguns pontos que precisam ser ressaltados e que, certamente devem ser melhorados nas próximas versões:
Uma das queixas é o fundo preto da tela do osciloscópio que dificulta sua impressão, caso o projetista deseje agregá-la a uma documentação impressa.
Também vimos em comentários que o manual de uso apresenta alguns pontos de difícil entendimento. No momento em que preparamos esta edição, não tínhamos ainda o manual em português que, esperamos não tenha as mesmas dificuldades.
Obs: Este artigo foi escrito em 2005 para fazer parte de uma edição com CD que foi dada na Revista Saber Eletrônica. Em relação às versões atuais existem diferenças;