VU com o UAA180 (ART4972)

Este projeto usa una integrado que não é mais fabricado no Brasil, mas como existe muitas unidades ainda no mercado de reposição, e muitos leitores nos pediram a configuração básica, vai aqui toda a sua descrição para os interessados. Trata-se de uni VII-meter do tipo Bargraph ou escala de barra móvel que podem ser usados em autorrádios e em autos equipamentos de som.

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Nota: Este artigo é de uma Eletrônica Total 45 de 1992

O UAA180 é um circuito integrado de escala de barra móvel ou Bargraph capaz de acionar 12 LEDs sem a necessidade de nenhum componente ativo externo. Apenas resistores de polarização, capacitores e um diodo para o processamento de sinal são usados externamente.

A alimentação pode ser feita com 12 volts e sua sensibilidade permite a operação mesmo com circuitos de baixas potências. Damos neste artigo o projeto de unia placa para uni canal. Duas unidades iguais podem ser montadas para a elaboração de um sistema estéreo. A conexão ao aparelho de som depende da potência, sendo dadas duas opções que permitem uso até com aparelhos muito pequenos, de alguns miliwatts de saída.

A principal vantagem da alimentação de 12 V está no fato de que sua instalação no carro fica facilitada, podendo ser até planejada uma colocação no painel.

CARACTERÍSTICAS

• Tensão de alimentação: 12 volts

• Número de LEDs acionados: 12

• Potência de entrada: 10 mW a 500 watts

• Número de ajustes: 1

COMO FUNCIONA

O UAA 180 é a base do projeto e consiste num circuito integrado da Siemens, que infelizmente não é mais fabricado. Este circuito consiste numa escala de barra móvel de 12 LEDs

Neste sistema, quando uni LED acende, o anterior também permanece aceso, de modo que nos picos do sinal todos os LEDs permanecem acesos com uma barra sendo visualizada, se todos forem por exemplo retangulares e colocados lado a lado, (figura 1).

Fig. 1— Indicador de barra móvel.

O circuito funciona com uma matriz interna, contendo comparadores e as etapas de excitação de modo que externamente precisamos apenas de um sistema para fixar os níveis de referência de acionamento (máximos e mínimos), e também uma rede passiva para determinar o tipo de acionamento (inércia, retificação, filtragem, etc.)

Em nosso caso, o nível inferior, para maior simplicidade é fixado em zero, de modo que o pino 1 é ligado diretamente à terra. O nível de máximo, que depende da intensidade de sinal é fixado pelo potenciômetro ou trimpot P1.

A entrada de sinal é feita pelo pino 17. Desta forma, o sinal de áudio é retificado pelo diodo D 1 e sua intensidade modificada pela relação de valores entre R1 e R2. No caso do projeto básico, RI e R2 são de 1 1(52, para potências na faixa dos 5 a 25 watts que correspondem à saída da maioria dos autos rádios.

Para potências menores, o resistor pode ser aumentado para 10 kΩ e R1 para 4,7 kΩ e a entrada feita por meio de um pequeno transformador; conforme mostra a figura 2. Este tipo de circuito é indicado para potências de 10 mW até 1 W. Para potências muito altas, acima dos 50 watts, o resistor R1 pode ser aumentado para 10 kΩ. A escolha do valor ideal depende das experiências quando o ajuste não é conseguido por P1.

Fig. 2 — Entrada de baixa potência com transformador.

C2 funciona como reservatório de energia influindo na inércia ou velocidade de resposta do corrimento da barra dos LEDs. Valores pequenos, como 4,7 µF significam uma ação mais rápida para o VU. Valores mais altos significam uma resposta lenta.

Valores fora da faixa indicada podem ser experimentados sem problemas. Os LEDs são acionados diretamente pelo integrado não havendo necessidade de resistores limitadores de corrente, pois a limitação é feita internamente no integrado. As cores dos LEDs ficam por conta de cada montador.

MONTAGEM

Na figura 3 temos o diagrama completo do aparelho.

Fig. 3 = Diagrama do VU - meter. | Clique na imagem para ampliar |

Na figura 4 temos a disposição dos componentes numa placa de circuito impresso.

Fig. 4 Placa de circuito impresso do VU.

Para o circuito integrado sugerimos a utilização de soquete, o que evita o calor no processo de soldagem e também facilita a troca em caso de necessidade. Como o UAA180 é um componente fora de linha sugerimos que o leitor antes de iniciar qualquer trabalho de montagem, verifique se, é possível encontrá-lo no comércio em sua local idade.

A placa de circuito impresso pode ser adquirida na Saber Componentes para aqueles que ainda encontram dificuldades para confecção dela. A polaridade dos LEDs, capacitores eletrolíticos e diodo precisa ser observada. P1 pode ser um trimpot para montagem vertical na placa de circuito impresso.

Os resistores são de 1/8 ou 1/4 W com 5 a 20, % de tolerância e os capacitores eletrolíticos devem ter uma tensão de trabalho de pelo menos 16 V.

O conjunto pode ser instalado numa caixinha ou embutido no próprio sistema de som que deve funcionar. A colocação dos LEDs dependerá do tipo de montagem pretendida\, podendo ser feita na própria placa ou em painel externo. Para uma versão estéreo duas unidades devem ser montadas e alimentadas pela mesma fonte.

Para uma operação fixa a partir do equipamento que não disponha de 12 volts sugerimos uma fonte de alimentação na figura 5.

 

O circuito integrado deve ser dotado de um pequeno radiador de calor e o transformador tem enrolamento primário de acordo com a rede local.

PROVA E USO

Na figura 6 temos o modo de se fazer a ligação do VU-meter a saída de um aparelho de som. O circuito com transformador deve ser usado no caso de pequenas potências apenas.

Fig. 6 — Modo de ligar o aparelho a saída de um amplificador.

Para ajustar coloque o aparelho de som no volume médio e ajuste PI para que, com as variações de som acenda até o LED do meio de escala (LED 6 ou 7). Depois disso, P1 não precisa ser mais tocado.

Feito o ajuste é só instalar o aparelho. Se P1 não der ajuste altere R1 e R2. Se quiser modificara inércia do acionamento dos LEDs altere o capacitor C2.

Para instalação no automóvel, proteja o circuito com um fusível de 1 A em série com a entrada.