Já vimos em artigos deste site como “funcionam” os peixes elétricos e até descrevemos experimentos feito com uma pequena espécie de aquário o Itui Cavalo na produção de sinais na faixa de áudio (*). Vimos de que modo o Poraquê, uma enguia elétrica da Amazônia pode produzir descargas que chegam a centenas de volts. Será que existem peixes ainda mais “poderosos”?

(*) MA062 e MA072 são os artigos recomendados

 

Pois bem, em setembro de 2019 recebemos a notícias de que foi descoberta na bacia Amazônica (Rios Negro e Orinoco) uma nova espécie de enguia elétrica cuja descarga pode chegar a mais de 860 Volts!

A enguia, denominada Electrophorus Voltai chega a medir 2 metros e pesar até 20 g, No entanto, trata-se de uma criatura que precisa vir a tona a cada 20 minutos em média para respirar oxigênio.

 


 

 

A foto é do chefe da equipe que descobriu a enguia Carlos David Santana, mostra que se trata de uma espécie semelhante as já conhecidas. O processado de geração de energia é o mesmo que analisamos nos artigos.

Células individuais estão dispostas em série de modo que suas tensões se somem. E, da mesma forma que os peixes desta espécie, ela só é capaz de dar descargas de curta duração, precisam de tempo para se recompor se usar de modo contínuo o órgão.

Assim, se bem que uma descarga possa resultar num flash de uma lâmpada fluorescente, esqueça a ideia de criar o peixe para alimentar sua casa ou para vender o excedente para as empresas de energia.

Não é uma forma alternativa de energia que possa ser considerada eficiente para ser explorada. Nas, se quiser colocar um fosso em volta de sua casa com essas enguias para se proteger de invasores, pode ser uma boa ideia...