Este circuito se destina ao teste de pequenos capacitores. O que temos é um multivibrador astável, que funciona como fonte de sinal para a prova do capacitor. Conforme sabemos, a impedância apresentada por um capacitor a um sinal depende da sua frequência, sendo tanto mais baixa quanto mais alta for a frequência (reatância capacitiva). Se o capacitor estiver aberto, o sinal não passa e se o capacitor estiver em curto, até mesmo sinais de frequência nula (correntes contínuas) podem passar. Para indicar a passagem deste sinal e da corrente contínua temos uma etapa adicional, formada por dois transistores adicionais e um LED indicador. Temos então uma chave seletora para o teste do capacitor: na posição A é ligado o oscilador, de modo que a prova se faz com o sinal de corrente alternada, cuja frequência depende de C1 e C2. Se o LED acender é porque o sinal passou pelo capacitor em prova e que, portanto, pode estar em bom estado. A comprovação final é feita na posição B. Se o LED não acender é sinal que estamos já com um capacitor aberto ou de valor muito baixo. Passando a chave para a posição B, se o LED acender é sinal que o capacitor se encontra em curto. Se o LED não acender é sinal que o capacitor está bom, desde que tenha acendido o LED na prova anterior. O autor afirma que este circuito é muito sensível, o que permite a prova de capacitores pequenos, mas que exige cuidados especiais no seu manuseio. Assim, não se deve tocar nas pontas de prova ou nos terminais do capacitor em prova, para que não haja falseamento da leitura. Os cabos de ligação às pontas de prova devem ser curtos. Os transistores utilizados na montagem são todos BC308 ou equivalentes PNP de uso geral, como o BC558. A alimentação é feita com uma tensão de 6 V, que pode vir de 4 pilhas comuns ligadas em série. Os resistores são todos de 1/8 W, com 5% de tolerância e os capacitores cerâmicos, de 50 V de tensão de trabalho. Observamos que os leitores podem experimentar este circuito com transistores NPN do tipo BC238 ou BC548, desde que invertam também a fonte de alimentação e o LED indicador. O autor afirma que, com seu protótipo, foi possível fazer o teste até de trimmers comuns, cuja capacitância é da ordem de 20 pF. Se a montagem for feita em ponte de terminais, as ligações entre os componentes devem ser as mais curtas possíveis.