Um dos problemas do circuito integrado 555, normalmente usado quando se deseja uma temporização, é que além de 1 hora, a necessidade de capacitores e resistores de v alores elevados torna o circuito instável. De fato, o tempo máximo dessa ordem deve-se à limitação do capacitor a 2 200 uF aproximadamente e do resistor em torno de 1,5 M ohms. Uma forma de se obter longas temporizações, superando as 15 horas como no caso do circuito que apresentamos na figura é com a utilização de um contador binário de 14 estágios CMOS, como o circuito integrado 4020. Assim, os pulsos gerados pelo 555 são contados até 16 384 antes que o relé seja acionado, terminando assim a temporização. É fácil perceber se o 555 gerar 1 pulso a cada 10 segundos, chegaremos a uma temporização de 160 840 segundos! No circuito apresentados, a temporização começa quando o botão S1 é pressionado, caso em que o relé fecha os contactos e o 555 começa a oscilar. No final da contagem, o relé abre os contactos desligando o circuito automaticamente. O ajuste da temporização é feito em P1. Para se obter uma precisão de ajuste pode-se ligar no pino 3 do 555 um LED em série com um resistor de 1 k ohms, ajustando-se então a freqüência das pulsações. O intervalo das piscadas, multiplicado por 16 384 dará a temporização ajustada. O circuito pode funcionar com relés de 6 V e o valor de C1 pode ser alterado para faixas diferentes de temporização. Observamos que durante o intervalo da temporização o relé permanece energizado, sendo basicamente a corrente em sua bobina que determinará o consumo do aparelho. O resistor e o capacitor no pino 11 de reset garantem que a contagem do 4020 parta de zero.