É sem dúvida sempre muito gratificante para a equipe da nossa revista constatar na prática a repercussão e os resultados de artigos publicados. Nesta entrevista conheceremos a experiência vivida pelos alunos e professores de uma escola técnica na implementação do Basic Stamp como recurso didático.

 

Nota: O artigo é de 1998. Os conceitos básicos são válidos para versões mais modernas do PIC. Outros artigos sobre Basic Stamp e PIC publicados pelo autor são encontrados no site. Veja as lições anteriores nesta seção

 

Desde de Abril de 96 a Revista Saber Eletrônica vem publicando inúmeros artigos relacionados ao Basic Stamp, inclusive com um minicurso de 5 aulas. Durante esse período temos recebido várias cartas contendo elogios, críticas e sugestões que nos deixaram muito satisfeitos, pois vieram provar que estamos conseguindo atingir o nosso objetivo que é levar informação ao leitor. Vários leitores adotaram o Basic Stamp para uso em projetos de produtos industrializados e algumas instituições de ensino técnico o adotaram como recurso didático de laboratório. Podemos citar entre elas:

Escola SENAI “Anchieta” - SP

Escola SENAI “Roberto Simonsen” - SP

Escola Técnica Federal de Goiás

Qualitech - Treinamentos Profissionais

USP - Laboratório de Mecatrônica

Colégio Cruzeiro do Sul - SP

 

Escolhemos, o Colégio Cruzeiro do Sul para verificar como o Basic Stamp foi introduzido e aproveitado no curriculum escolar, nosso entrevistado foi o Professor Márcio Luiz de Matos, Coordenador do Curso de Eletrônica.

S — Professor Márcio, conte-nos um pouco sobre o Colégio.

Prof. Márcio — O Colégio Cruzeiro do Sul é uma tradicional instituição de ensino da zona leste de São Paulo e vem formando técnicos em Eletrônica há 30 anos. O conteúdo programático do curso de Eletrônica além de cobrir toda a Eletrônica tradicional dedica um grande espaço aos sistemas digitais e microcomputadores. Contamos com laboratórios de microcomputadores equipados com excelentes ferramentas de software, entre as quais destacamos o Electronics Workbench.

 

S — Como foi a implementação do Basic Stamp na instituição?

Prof. Márcio — Primeiro devo elogiar a iniciativa da Saber Eletrônica em divulgar o Basic Stamp através de artigos mostrando a sua utilização em várias áreas. Despertou muito a minha curiosidade a maneira simples de sua programação e a sua versatilidade. Como o meu objetivo era implementá-lo para uso em laboratório, resolvi fazer o treinamento no SENAI “Anchieta” para conhecer melhor o Basic Stamp e observar o seu impacto no laboratório com os alunos.

Apesar de todos os alunos serem profissionais da área, interessados em colocar o Basic Stamp em equipamentos industriais, pude constatar que ele é uma excelente ferramenta e que sua facilidade de uso empolga até profissionais com larga experiência.

Daí para a implementação no curso foi um passo muito curto: bastou apenas adquirir os Basic Stamps , montar Os kits didáticos e compor as aulas e apostilas.

 

S — Quando teve início essa implementação?

 


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Prof. Márcio — Começamos no segundo semestre de 1997, no conteúdo da disciplina de Técnicas Digitais da quarta série. Para 1998, iremos colocá-lo desde o primeiro semestre.

 

S — Além da versatilidade e facilidade de uso houve outro fator na decisão da implementação?

Prof. Márcio — Sim. o custo total do projeto foi muito importante e decisivo. Comparado com outros sistemas didáticos equivalentes o investimento foi baixo.

 

S — Fale-nos um pouco sobre a reação dos alunos em aula.

Prof. Márcio — Nós esperávamos um bom resultado, e sem dúvida nenhuma, o projeto superou nossas expectativas. Os alunos ficaram encantados com a facilidade de programação, sua verificação e correção. O sucesso foi tão grande que o índice de faltas durante esse período foi quase zero, houve uma grande interação de toda a classe com o docente, levando a excelentes resultados de aprendizado. Outro fator que ajudou muito foram os artigos da revista, os alunos ficavam ansiosos para ver os artigos e reproduzi-los no laboratório.

 

S — Qual desses artigos chamou mais a atenção?

Prof. Márcio — E difícil especificar, foram vários, por exemplo, o minicurso mais recentemente, que despertou muito o interesse dos alunos. Outro grande sucesso foi o Robô Soccer. Montamos um protótipo para a nossa exposição tecnológica e ele monopolizou a atenção dos visitantes durante todo o evento.

 

S — Além do uso no curso normal à escola oferece treinamento?

Prof. Márcio — Sim, a exemplo do SENAI “Anchieta” e da Escola Técnica de Goiás, implementamos um treinamento. A primeira turma foi concluída recentemente. Para 1998 teremos um calendário prevendo vários treinamentos.

 

S — Para concluir esta entrevista, o que mais O senhor gostaria de relatar sobre essa experiência com o Basic Stamp?

Prof. Márcio — Foi uma experiência muito gratificante, através da qual conseguimos colher excelentes resultados: o maior deles foi o estímulo ao aluno. Quem ministra aulas de Sistemas Digitais sabe da dificuldade de “passar” as informações — algumas delas são muito abstratas e teóricas. Com o uso do Basic Stamp conseguimos concretizá-las de uma forma agradável, prática e de fácil: assimilação, o que estimula muito o aluno a querer realizar mais e mais.

O Colégio Cruzeiro do Sul está localizado na Rua José Aldo Piassi, 362-A — São Miguel Paulista — SP —CEP 08011-300 — Tel. (011) 297-9988 — Fax. (011) 297-9758.

 

 

O Professor Márcio Luiz de Matos coloca-se à disposição para maiores esclarecimentos e auxílio as instituições que queiram implementar um laboratório utilizando o Basic Stamp.

 

 

 

 

 

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