Os projetos de amplificadores de potência convencionais normalmente não incluem o pré-amplificador, e muito menos o circuito de controle de tom. Para os montadores que desejam completar o seu projeto de som damos um circuito de grande utilidade: um pré-amplificador que possui um controle triplo de tonalidade com atuação sobre graves, médios e agudos.

 

Nota: Artigo publicado na Revista Saber Eletrônica 193 de 1988

 

Uma característica da maioria dos projetos de amplificadores é a não inclusão do pré-amplificador e dos controles de tonalidade. Este fato leva o montador a uma série de dificuldades, no sentido de adaptar algum pré-amplificador conhecido à entrada do amplificador.

O pré-amplificador que apresentamos pode ser empregado com a maioria dos amplificadores comuns e tem três controles de tom, atuando sobre a faixa de graves, médios e agudos.

Na entrada podem ser ligadas fontes de sinal como tape-decks, sintonizadores, gravadores, toca-discos etc.

O ganho pode ser modificado pela variação de valor do resistor R4, de acordo com a fonte de sinal de menor intensidade, e a alimentação pode ser retirada do próprio amplificador ao qual será acoplado, desde que seja de 12 ou 24V (para valores intermediários o resistor R1 deve ser recalculado).

 

 

O CIRCUITO

Na etapa de entrada encontramos um transistor pré-amplificador cujo ganho é determinado fundamentalmente pelo resistor R4. Em alguns casos este resistor deve ser alterado até que haja melhor reprodução sem distorção, em função do nível de sinal de entrada.

O transistor usado originalmente foi o BC547, mas recomendamos, se possível, a troca pelo BC549 ou BC239, que possuem menor nível de ruído. Nesta função de entrada, um menor nível de ruído é mais interessante.

O controle de tom é do tipo Baxandall com três potenciômetros, onde os capacitores são os determinadores básicos das faixas de frequências, que podem ser atenuadas ou reforçadas.

Este circuito opera em conjunto com a etapa final e mais um transistor, formando um elo de realimentação através de C10. O ganho desta etapa permite que os sinais de saída adquiram intensidade suficiente para excitar a maioria dos amplificadores de áudio.

 

 

MONTAGEM

Começamos por dar o diagrama completo do pré-amplificador na figura 1.

 


| Clique na imagem para ampliar |

 

 

Na figura 2 temos a montagem em placa de circuito impresso. Como se trata de montagem bastante sensível a zumbidos, os cabos de entrada e de conexão ao amplificador devem ser blindados. Para uma versão estéreo os potenciômetros devem ser duplos e duas unidades iguais devem ser montadas.

Os resistores são todos de 1/8 ou 1/4W, exceto R1 (que é de 1/2W), com 10% de tolerância, e os capacitores menores podem ser de poliéster ou cerâmica. Os eletrolíticos devem ter tensões de trabalho de 16 ou 25V, conforme a alimentação seja de 12 ou 24V, exceto C que é de 40V.

 


| Clique na imagem para ampliar |

 

 

 

PROVA E USO

Para provar o aparelho basta ligar em sua entrada uma fonte de sinal e em sua saída a entrada de um bom amplificador. Depois é só verificar a atuação dos controles. Se houver distorção, reduza o valor de R4 até obter a reprodução normal ou então reduza simplesmente a excitação na própria fonte de sinal.

 


| Clique na imagem para ampliar |