Um trabalho simples que pode ser realizado com perfeição desde que se disponha da ferramenta adequada. Veja neste artigo como usar corretamente o furador manual de placas de circuito impresso, uma ferramenta indispensável na bancada de todo montador de aparelhos eletrônicos.

Nota: publiquei este artigo numa revista dos anos 90 com o pseudônimo J. Martin

 

A preparação de uma placa de circuito impresso a partir de qualquer sistema conhecido não é difícil. Depois de cortada e desenhado o padrão do circuito com a caneta especial, é só levá-la ao banho de percloreto pelo tempo necessário à corrosão das áreas descobertas. Depois disso, é só fazer a limpeza e a placa estará pronta. Pronta?

Não, na verdade existe ainda uma operação importante a ser feita e que nem sempre é lembrada com o devido cuidado nas publicações que descrevem os métodos de realização das placas.

Falamos da furação. Os furos por onde passam os terminais dos componentes normalmente têm diâmetros em torno de 1 mm e podem ser feitos tanto com a ajuda de furadeiras manuais como elétricas.

Uma ferramenta manual para esta finalidade é de custo bastante acessível e sua presença junto ao material para elaboração de placas é indispensável. Na figura 1 mostramos o aspecto desta ferramenta.

 


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Com ela, podem ser feitos furos de 1 mm de diâmetro em placas de fenolite, como também furos maiores. Para usar esta ferramenta não há segredo, conforme explicamos a seguir.

 

 

Furos de 1 mm

 

Os furos de 1 mm são os mais comuns, já que permitem a passagem dos terminais de componentes como diodos, resistores, capacitores e transistores.

Para sua realização, basta colocar a placa entre a matriz e a parte móvel da ferramenta e apertar o cabo, procurando fazer o esforço maior na sua ponta, para que a potência seja multiplicada e o furo seja feito com maior facilidade (fig.2).

 


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A ferramenta deverá estar com a base apoiada numa mesa para que não ocorra nenhum movimento que possa levar a placa a um deslocamento. Este deslocamento poderia fazer com que o furo fosse f eito fora da posição esperada, prejudicando assim o trabalho do montador.

 

 

Furos maiores

 

Furos de maiores diâmetros do que os previstos pela matriz podem ser feitos com a utilização do seguinte recurso técnico:

- Marca-se na placa o furo do diâmetro desejado, usando-se para esta finalidade um lápis e uma régua padrão, ou mesmo compasso.

- Com a ajuda da ferramenta manual, faz-se uma série de furos adjacentes, rodeando a marcação que corresponde ao furo maior.

- Feita a série completa de furos, força-se o miolo para que ele saia, ficando então um único furo maior, irregular.

- Com uma faquinha ou lima fina, faz-se o acabamento do furo.

Na sequência de desenhos de figura 3 têm-se exatamente o procedimento descrito.

 


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Para a realização de furos de formas diferentes da circular, o procedimento é o mesmo, com a diferença de que o acabamento será feito com a ajuda de uma lima achatada.

 

 

Trabalhando com outros materiais

 

O furador manual de placas de circuito impresso usa uma matriz prevista para a dureza da fenolite, de modo que sua aplicação com materiais mais duros, como a fibra de vidro, não é recomendada. Entretanto, chapas de metais finos como o alumínio e o latão, que também apresentam uma maleabilidade relativamente grande, podem ser furadas.

 

 

Conclusão

Em um escritório moderno, o grampeador de papéis é a "ferramenta" mais usada e indispensável. O equivalente na forma e no uso na oficina do projetista e montador de placas de circuito impresso é o furador de placas. O tipo manual que descrevemos, pela sua versatilidade e facilidade de uso, permite a realização de furos perfeitos de todos os tipos e não necessita de nenhum tipo de manutenção especial.

 

 

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