Este é um alarme foto-elétrico do tipo usado em bancos, museus, e outros locais que guardam coisas de valor, detectando a passagem de uma pessoa por um local pelo corte de um feixe de luz.Para maior economia usaremos luz visível, mas bem disfarçada em um sistema direcional que não pode ser percebido facilmente por um intruso.

No entanto, com o uso de uma fonte emissora infravermelha e um detector apropriado, pode-se transformar este sistema em um sofisticado alarme infravermelho de passagem.

O que caracteriza o projeto, entretanto, é a sua simplicidade e também a possibilidade de o acoplarmos a um sistema “inteligente” que tome decisões no caso do disparo, ou mesmo que só o habilite em determinadas condições, por exemplo, se a porta da frente for aberta e um dispositivo de identificação não for ativado.

Também podemos dizer que a sensibilidade do sensor é maior do que a do próprio olho humano, significado que por mais rápida que seja a passagem do intruso, ele não consegue “enganar” o sistema.

 

 

FUNCIONAMENTO

Iniciamos por levar ao leitor o diagrama do alarme, o qual é mostrado na figura 1.

 

Figura 1 -  Diagrama do alarme de passagem.

 

O sensor deste aparelho é o mesmo usado no nosso sistema de iluminação automática, um LDR. A resistência do LDR aumenta quando há um corte de luz que incide em sua parte sensível, feita de Sulfeto de Cádmio.

Ligamos então o LDR na comporta de um SCR que tem como carga um relé. O circuito fica permanentemente alimentado mas com um consumo de energia muito baixo. O LDR deve também ficar permanentemente iluminado por uma pequena lâmpada de 5 watts (baixo consumo), oculta em uma caixinha com apenas um furo para saída da luz na direção do LDR.

Quando a luz é cortada, o SCR dispara e ativa o relé. Mesmo que a luz seja rapidamente restabelecida no sensor, o sistema não desliga e o alarme permanece disparado. Para desativar o alarme é preciso desligar por um momento sua alimentação.

 

 

MONTAGEM

Como são poucos os componentes usados, eles podem ser fixados em uma pequena placa de circuito impresso da forma indicada na figura 2.

Figura 2 – Montagem numa placa de circuito impresso.

 

O SCR aciona apenas o relé de baixo consumo, por isso não precisa de radiador de calor.

O relé é recomendado por controlar até 10 ampères, o que significa que campainhas, sirenes, cigarras e outros dispositivos barulhentos de aviso podem ser alimentados.

Os resistores são de 1/8W e o trimpot P1 serve para ajustar a sensibilidade conforme a lâmpada usada e a largura do local vigiado.

A alimentação é feita com um transformador de 12+12V com pelo menos 200 mA de corrente.

Caso seja possível alimentar uma pequena lâmpada de 12V com o mesmo transformador isso pode ser previsto, mas o secundário desse componente deve ter uma corrente maior.

O capacitor usado deve ter tensão de trabalho de pelo menos 25V.

 

 

INSTALAÇÃO E AJUSTES

Para usar e provar, coloque uma lâmpada de 5W em uma caixinha com uma abertura apontando para o LDR a uma distância de pelo menos 3 metros. Se o LDR tiver uma lente na sua frente, teremos mais sensibilidade e diretividade.

Ajuste então P1 para o limiar do disparo. Quando o SCR disparar, para desligá-lo desconecte a alimentação por um instante. Quando alguém passar na frente do LDR deve ocorrer o disparo do relé.

Depois é só instalar o sistema no local desejado. O fio que vai ao LDR pode ser longo, o que facilita a colocação de toda a central junto a um sistema de controle geral “inteligente”.