Osciladores de altas frequências podem ser necessários em diversos tipos de aplicações industriais e de consumo como por exemplo em instrumentação, bancada de testes e justes, etc. Também são importantes os osciladores deste tipo para reparar aparelhos de rádio AM ou FM, receivers, sintonizadores, intercomunicadores, e outros. Um gerador de sinais capaz de produzir sinais de altas frequências com boa intensidade é indispensável. O aparelho que descrevemos neste artigo produz um sinal de boa intensidade numa ampla faixa de frequências e é modulado com um tom de áudio, o que facilita bastante sua utilização que exigem sinais deste tipo.

Se o leitor ainda não tem um gerador de sinais de pequeno porte ou mesmo um injetor de sinais, não pode perder esta oportunidade para contar a partir de agora com a ajuda deste tipo de equipamento. Por outro lado se precisam de um circuito estável para geração de altas frequências, esta configuração pode ser de grande utilidade.

Um processo simples, rápido e eficiente de se encontrar problemas em receptores de rádio AM e FM, intercomunicadores e outros equipamentos de comunicação, é aplicar na sua entrada um sinal de RF. Pela maneira como este sinal ‚ reproduzido no alto-falante (ou fone) podemos localizar os estágios defeituosos.

Este mesmo sinal também pode ser útil para a realização de ajustes nas diversas etapas de equipamentos do mesmo tipo levando-o a um melhor desempenho.

Em muitos artigos temos explicado como proceder para utilizar o injetor de sinais que, em princ¡pio, é o mesmo procedimento usado para o caso de um pequeno gerador de sinais, o que significa que o leitor tem várias referências sobre este assunto.

O importante para o leitor agora é ter seu pequeno gerador, na versão econômica que apresentamos neste artigo ou usar a configuração básica de oscilador de alta frequência para outras apicações.

O circuito apresentado é basicamente um gerador de áudio mas que tem por carga uma bobina sintonizada em uma frequência elevada, ou ainda um choque de RF que permite que as harmônicas de altas frequências do sinal gerado passem para os aparelhos externos em teste.

Estas frequências podem atingir valores que inclusive permitem sua utilização com equipamentos de ondas curtas VHF e mesmo FM.

A alimentação do circuito é feita com pilhas comuns e apenas dois transistores são usados. O sinal forte pode ser transmitido sem fio à receptores que estejam colocados nas proximidades.

 

COMO FUNCIONA

Temos basicamente um oscilador com dois transistores complementares cuja frequência depende tanto de C2 como do ajuste do potenciômetro P1.

A carga do circuito que normalmente é um alto-falante para a reprodução de sinais de áudio foi subsituída por uma bobina com núcleo de ferrite. Desta forma, até mesmo as harmônicas de altas frequências dos sinais gerados, aparecem com intensidade na saída.

Se quisermos um acoplamento melhor com a ligação direta do gerador ao circuito em prova, podemos fazer isso através de um enrolamento adicional colocado sobre a bobina de carga. Neste enrolamento ligaremos uma ponta de prova e uma garra jacaré.

O capacitor C32 que determina a frequência do oscilador, pode ter seu valor alterado numa ampla faixa. A alimentação do circuito é feita com 2 pilhas. Não recomendamos a utilização de uma tensão maior pois isso poderia aquecer o transistor Q2.

 

MONTAGEM

Na figura 1 temos o diagrama completo deste oscilador.

 

 


 

 

A disposição dos componentes numa placa de circuito impresso é mostrada na figura 2.

 


 

 

 

A bobina L1 consta de 200 voltas de fio esmaltado fino (28 a 32) num bastão de ferrite de 10 cm de comprimento com aproximadamente 1 cm de diâmetro. A bobina L2 consta de 30 espiras do mesmo fio, enrolada ao lado ou sobre L1.

Os transistores admitem equivalentes, e os resistores são de 1/8W com 5% ou mais de tolerância. Os capacitores podem ser de poliéster ou cerâmicos.

Para a alimentação podem ser usadas 2 pilhas pequenas em suporte apropriado.

 

PROVA E USO

Para provar a unidade basta ligar S1 e aproximar o aparelho de um rádio de ondas médias ligado a meio volume numa frequência livre. O sinal será ajustado em P1 e deve ser captado com facilidade.

Para usar o aparelho com diversos tipos de receptores que cubram desde a faixa de ondas médias até a faixa de VHF e que tenham boa sensibilidade, a injeção pode ser feita pela simples aproximação.

Para receptores menos sensíveis, ou que estejam muito descalibrados a injeção deve ser direta, feita da maneira mostrada na figura 3.

 


 

 

 

A garra deve ser ligada do lado negativo da alimentação e se não houver antena, o pólo vivo (PP1) deve ser ligado à entrada das etapas através de um capacitor de 10 a 100 pF cerâmico.

As etapas devem ser ajustadas segundo procedimentos indicados nos manuais dos fabricantes dos receptores.

 

Semicondutores:

Q1 - BC548 ou equivalente - transistor NPN de uso geral

Q2 - BC558 ou equivalente - transistor PNP de uso geral

Resistores: (1/8 W, 5%)

R1 - 22 k Ω - vermelho, vermelho, laranja

R2 - 1 k Ω - marrom, preto, vermelho

P1 - 47 k Ω ou 100 k Ω - potenciômetro

Capacitores:

C1 - 100 nF - cerâmico ou poliéster

C2 - 47 nF - cerâmico ou poliéster

Diversos:

L1, L2 - bobinas - ver texto

S1 - Interruptor simples

B1 – 3 V - 2 pilhas pequenas

PP1 - Ponta de prova vermelha

G1 - Garra jacaré

Placa de circuito impresso, suporte para duas pilhas, caixa para montagem, botão para o potenciômetro, fios, solda, etc.