Apresentamos um teste simples de transistores NPN e PNP que, além de dizer se o componente está bom, indica com boa precisão seu ganho. De grande utilidade para todos que realizam montagens eletrônicas, este teste é totalmente portátil e funciona com pilhas.

Basta conectar o transistor a ser testado aos terminais correspondentes e depois girar o potenciômetro P1 até que um dos LEDs indicadores acenda. O ponto em que isso ocorre determina o ganho do transistor. Se o LED acender na extremidade do cursor de P1, ou não acender, é sinal que o transistor se encontra com problemas.

A alimentação do circuito é feita com uma tensão de 6 V e transistores de todos os tipos podem ser testados, com ganhos na faixa que vai de 0 a 1000.

Se você ainda não possui um instrumento para a prova de seus transistores, não deve deixar de montar este.

 

COMO FUNCIONA

Tomando como referência o setor de prova de transistores NPN, que é constituído pelo transistor Q1 e seus componentes de polarização, temos o seguinte funcionamento: na ausência de um transistor em prova, o resistor R3, entre o emissor e a base de Q1, polariza este último em sua região de corte, impedindo a condução, de modo que não temos corrente de coletor. O LED permanece então apagado. Com a ligação de um transistor NPN sua corrente de coletor deve polarizar o transistor QI até o ponto em que ele inicia a condução e, consequentemente, acende o LED1.

Isso ocorre em função da corrente de base do transistor em prova, a qual é determinada por P1.

Assim, girando P1 a partir do ponto de maior resistência, chegamos a um ponto em que a polarização de sua base é suficiente para termos uma corrente de coletor que leva Q1 à condução, acendendo o LED.

Variando a corrente de base do transistor em prova, através de P1, estaremos variando a corrente de coletor. Como a relação entre a corrente de coletor e a corrente de base é,o próprio ganho do transistor, a variação de P1 será proporcional ao ganho do componente em prova.

Valores de ganhos superiores a 1000 podem ser alcançados com um potenciômetro de 2M2 ou mesmo 4M7. .

O setor de prova de transistores PNP funciona do mesmo modo, com a diferença que temos sentidos opostos de circulação das correntes.

 

MONTAGEM

Na figura 1 temos o circuito completo do provador.

 

Figura 1 – Diagrama completo do provador
Figura 1 – Diagrama completo do provador

 

A montagem realizada em uma ponte de terminais é mostrada na figura 2.

 

Figura 2 – Montagem em ponte de terminais
Figura 2 – Montagem em ponte de terminais

 

Os resistores são todos de 1/ 8 ou ¼ W e o potenciômetro P1 pode ser linear de 2M2, caso em que a escala sugerida na figura 3 se adapta bem. Os LEDs são comuns, podendo ser de cores diferentes.

 

Figura 3 – Sugestão de caixa
Figura 3 – Sugestão de caixa

 

Para a alimentação são usadas 4 pilhas pequenas.

 

PROVA E USO

Para testar, ligue um transistor nas garras de aprova, conforme sua polaridade (NPN ou PNP) e depois gire vagarosamente P1 até o LED correspondente acender. Neste ponto temos a indicação de ganho do transistor. Se o LED acender em todo o curso de P1 é sinal que o transistor se encontra em curto, e se não acender é sinal que o transistor se encontra aberto.

 

Q1 - BC548 ou equivalente -transistor NPN de uso geral

Q2 - BC558 ou equivalente -transistor PNP de uso geral

LED1 - LED vermelho comum

LED2 - LED vermelho ou verde comum

B1 – 6 V - 4 pilhas pequenas

S1 - interruptor simples

S2 - chave de 1 pólo x 2 posições (ou H)

P1 - 2M2 - potenciômetro linear

Ri, R2 – 10 k - resistores (marrom, preto, laranja)

R3, R5 -180 Ω - resistores (marrom, cinza, marrom)

R4, R6 - 680 Ω - resistores (azul, cinza, marrom)

R7 - 120 Ω - resistor (marrom, vermelho, marrom)

Diversos: suporte para 4 pilhas pequenas, caixa para montagem, ponte de terminais, knob para o potenciômetro, escala para o potenciômetro, garras jacaré de cores diferentes (6) para conexão do transistor em prova, fios, solda etc.