Nos preocupamos muito com os possíveis efeitos do mal uso de equipamentos de alta tecnologia podem causar às pessoas. Principalmente nos casos em que novas tecnologias são lançadas sem muita pesquisa. É o caso dos efeitos da luz azul sobre nosso comportamento, que abordamos no artigo MA089  neste site. Agora é a vez dos celulares.

Não, o título ameaçador deste artigo não corresponde realmente a algo preocupante, mas sim apenas a um alerta que explicamos em detalhes.

Segundo a publicação New England Journal of Medicina duas mulheres de 22 e 40 anos de idade, sofreram problemas de cegueira temporária após utiliza seus smartphones à noite em suas camas.

Preocupadas, as duas procuraram auxílio médico realizando diversos exames como, por exemplo, exames cardíacos, ressonância magnética (MRI) e outros nada tendo sido encontrado de anormal.

O fato preocupante, entretanto, teve uma explicação dada por um oculista que percebeu claramente a origem do fato.

As duas mulheres utilizaram seus celulares deitadas de lado, de modo que o travesseiro obstruiu a visão por uma das vistas. Assim, elas utilizaram o aparelho vendo as imagens com apenas um dos olhos.

O resultado disso é que a vista obstruída, estando no escuro, dilatou-se para adaptar-se à escuridão, enquanto que a outra não, adaptou-se à claridade do smartphone.

O resultado foi que, quando as duas se levantaram, as vistas tinham se adaptado de modo diferente à luz havendo, portanto, um conflito na interpretação pelo cérebro que levou em conta a vista dilatada havendo a ofuscação e a cegueira momentânea.

Felizmente, foram fatos momentâneos e logo após a cegueira momentânea as vistas voltaram a adaptação e com isso o problema desapareceu.

O que concluímos é que os hábitos de uso de tecnologias modernas podem levar à problemas imprevistos.

Serve de alerta, pois este foi um problema momentâneo. Seria muito importante o monitoramento constante de tudo de que anormal pode ocorrer em que aparelhos de alta tecnologia podem causar como já alertamos no caso da iluminação de LEDs, equipamentos sem fio e os próprios smartphones.

Levando em conta o artigo que escrevemos sobre a iluminação de LEDs que pode afetar nosso ritmo circadiano em função da presença de radiação azul, não deveríamos também levar em conta a presença da luz azul nas telas dos smartphones e dos próprios monitores de vídeo.

Este aparelhos podem estar nos tirando o sono! (veja o artigo MA089 ).

Medimos a intensidade relativa da radiação azul na tela de nosso monitor neste instante usando um aplicativo de nosso celular (Color Grab) e o que vimos nos trouxe certa preocupação:

Tela com a cor branca com composição de cores: 200(R), 06(G), B (100) o que mostra uma forte componente azul. Algo para se pensar. Talvez seja por isso que muitos “nerds” conseguem ficar a noite toda diante de um computador, sem sentir sono. A radiação azul do monitor inibe a produção da seratonina, conforme explicamos em nosso artigo anterior.

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