Bobinas também podem ter suas características alteradas em caso de necessidade. O caso mais interessante é aquele em que as bobinas fazem parte de circuitos ressonantes como o mostrado na figura 1.
Figura 1 – Circuito ressonante RC.
Neste circuito a bobina, juntamente com o capacitor, determinam a frequência de operação ou ressonância. Pode ocorrer em alguns casos que a bobina não alcance a frequência desejada de operação para o circuito. Num receptor ou transmissor de VHF, como os componentes possuem uma boa tolerância, depois de enrolar a bobina constatamos que a faixa de sintonia não é a desejada, ou o circuito não "chega" até a frequência desejada. As alterações podem ser feitas de diversas formas:
a) Aproximando ou afastando as espiras, como mostra a figura 2 temos uma primeira forma de alterar as características do circuito ressonante.
Figura 2 – Apertando ou espaçando as espiras alteramos a indutância de uma bobina.
Quando juntamos as espiras a frequência de ressonância do circuito diminui. Quando afastamos as espiras, a frequência do circuito aumenta.
b) Alterando o número de espiras também temos o mesmo efeito, mas podemos tê-lo de forma mais acentuada. Assim, diminuindo o número de espiras do circuito temos um aumento de sua frequência de operação. Enrolando nova bobina com maior número de espiras, temos uma diminuição da frequência.
c) Núcleo
Quando o núcleo penetra numa bobina, conforme mostra a figura 3, sua frequência diminui.
Figura 3 – O movimento do núcleo altera a indutância e portanto a frequência do circuito.
Uma bobina que não tenha núcleo, ao receber um núcleo de ferrite tem sua ação no circuito tal que a frequência de operação diminui.
d) Alteração de diâmetro
Não é uma forma muito usual de se alterar a frequência, mas pode ser usada. Quando aumentamos o diâmetro de uma bobina, a frequência do circuito em que ela se encontra diminui, pois sua indutância também aumenta.