Este artigo foi preparado com base em texto do livro "Instalações Elétricas Sem Mistérios (2005). Veja no final do texto observações sobre as novas normas.
O uso do "benjamim" ou adaptador para diversos plugues de modo a permitir a ligação de mais de um aparelho numa mesma tomada é generalizado em nosso país. Na figura 1 temos alguns tipos comuns de "benjamins" e extensões encontrados em supermercados, casas de material elétrico, etc.
Entretanto, a maneira como tais dispositivos têm sido usados não pode ser considerada das mais apropriadas, pois normalmente não existe critério algum com o que vai ser conectado. O resultado é a sobrecarga, perigo de curtos, deformações pelo superaquecimento e até o funcionamento anormal.
O uso do benjamim deve ser feito com critério, de modo a não superar a capacidade de fornecimento de corrente da tomada em que ele será
ligado.
A soma dos consumos dos aparelhos ligados a esta tomada não deve ser superior à sua capacidade (normalmente em torno de 10 A).
Conforme já vimos, o cálculo pode ser feito mentalmente com facilidade se levarmos em conta que, na rede de 110 V,cada 100 W correspondem a 1 A e que na rede de 220 V, cada 200 W correspondem a 1 A.
Assim, se num benjamim colocado numa tomada de 110 V for ligado um ferro de passar de 700 W, um televisor de 200 W e mais um forno de microondas de 700 W,a ligação simultânea desses aparelhos é um perigo!
Nunca o forno e o ferro devem ser usados ao mesmo tempo pois a corrente vai chegar aos 14 A, muito além da capacidade daquela tomada!
O benjamim é indicado para a conexão simultânea de aparelhos de baixo consumo, conforme indicado na figura 2.
As extensões sugeridas na a figura 3, muito usadas com computadores também devem obedecer as mesmas regras de uso.
Antes de ir ligando qualquer quantidade de aparelhos (inclusive seu computador, impressora, etc.) verifique se o conjunto não supera a capacidade de corrente na extensão.
FAZENDO EXTENSÕES
Extensões de uma tomada podem ser instaladas com facilidade, entretanto, devemos tomar cuidado para não sobrecarregar o circuito.
Uma tomada, normalmente é dimensionada para operar com uma corrente máxima da ordem de 10 A.
Se vamos colocar uma extensão é preciso ter cuidado para que os
equipamentos ligados na extensão somados ao que está ligado na
tomada normal não superem este valor, segundo procedimento de cálculo aproximado que já dado em outros artigos.
Na figura 4 temos o modo simples de "puxar" uma segunda tomada a partir de uma já existente, usando para isso fio paralelo ou trançado de espessura apropriada.
O fio da extensão pode ser preso na parede por meio de presas com pregos comuns ou colocados em protetores plásticos,verifique a figura 155.
A tomada da extensão pode ser do tipo comum montada numa caixinha apropriada de fixar na parede, ou uma tomada especial do tipo que permita
a fixação por meio de parafusos para madeira ou pregos ou parafusos colocados em buchas para paredes de tijolos.
O fio não deve ter mais de 10 metros de comprimento para uso com potências de aparelhos até uns 500 W, de modo a não ocorrerem perdas devido a sua resistência.
Uma tomada adicional pode ser melhor instalada se sua alimentação for retirada diretamente da fiação que distribui energia pelo prédio.
Neste caso, deve ser usado fio rígido de espessura apropriada (veja no item correspondente a escolha dos fios) e sua conexão feita no par de fios que distribui energia na instalação.
A tomada deve ser de tipo apropriado para a intensidade da corrente que vai fornecer, ou seja, de acordo com o tipo de aparelho que será ligado.
Quando este artigo foi escrito ainda não estavam em vigor as normas NBR5410 que estabeleceram diversas mudanças para a maneira como as instalações elétricas devem ser feita e também para o formato das tomadas de força, com a adoção do terceiro pino. Artigo sobre estas normas deverá estar disponível no site. Os conceitos dados valem para instalações elétricas antigas, como ainda são encontradas em muitos locais de nosso país. Para instalações novas, os leitores devem consultar as normas vigentes.