O que diferencia uma audição monofônica de uma estereofônica é a presença de dois sinais sonoros diferentes vindos de direções diferentes que permitem ao ouvido a sensação de diretividade e separação dos mesmos.
Para obter o efeito estereofônico portanto não basta simplesmente usar dois alto-falantes em locais diferentes transmitindo o mesmo programa. É preciso muito mais que isso.
É preciso que o programa original, seja gravação em fita, disco ou sinal de um sintonizador contenha a informação correspondente a duas fontes sonoras, ou seja, possua dois sinais cada um correspondente a uma emissão sonora as quais devem ser reproduzidas separadamente para se obter a sensação desejada.
Assim, os amplificadores estereofônicos na verdade contém dois amplificadores, cada um amplificando um canal os quais sendo diferentes são aplicados em caixas acústicas separadas.
Não basta, entretanto, ter-se um amplificador estéreo para se ter o efeito estéreo. É preciso que a fonte de sinal forneça sinais separados para os dois amplificadores. Se for gravador deve ter uma cabeça capaz de ler duas pistas que contém na fita as informações dos canais, e se for toca-discos deve ter um fonocaptor capaz de perceber as duas informações gravadas cada uma em um lado do sulco do disco.
É por este motivo que a transformação de um amplificador monofônico num estereofônico ou mesmo toca-fitas não é simples. Precisamos não só dobrar sua função, montando um canal exatamente igual a ele como também prover recursos para a entrada do sinal de maneira correta (troca de cabeça gravadora, etc.) e ainda trocar fonte por uma que suporte o serviço adicional que deve ser feito.