Perturbações magnéticas de natureza misteriosa podem ser associadas manifestações paranormais, segundo pesquisadores desses fenômenos. Assim, uma forma de se detectar a presença desses fenômenos é a partir de um detector de campos. Descrevemos a montagem de um deles neste artigo.
Descrevemos a montagem de um sensível sensor de perturbações de natureza magnéticas, ou seja, um detector de campos que pode ser utilizado em pesquisas paranormais.
O circuito transforma em sons, os sinais criados por campos alternados de baixa frequências.
Além de pesquisas paranormais, o aparelho pode ser usado na detecção de campos perigosos para a saúde que podem ser gerados por aparelhos comuns e também responsáveis por interferências e ruídos de natureza elétrica.
O sensor é simplesmente uma bobina exploradora de fabricação caseira e a alimentação é obtida a partir de pilhas comuns.
Como Funciona
Uma bobina com um núcleo de ferrite intercepta campos de baixa frequência, produzindo um sinal elétrico de mesma frequência.
Este sinal é aplicado a um sensível amplificador operacional com JFET que possui um controle de ganho, dado por P1.
Este amplificador aumenta a intensidade do sinal em até 100 000 vezes, o que dota o circuito de uma enorme sensibilidade.
O sinal amplificador é aplicado a entrada de um amplificador de áudio que tem na sua saída um pequeno alto-falante.
O circuito pode ser alterado para se usar um fone de ouvido de baixa impedância na saída.
Desta forma, os sinais interceptados são convertidos em sons audíveis.
Montagem
Na figura 1 temos o diagrama completo do detector de campos magnéticos.
Sua montagem pode ser feita numa placa de circuito impresso com o padrão mostrado na figura 2.
Na montagem, deve-se observar cuidadosamente as posições dos circuitos integrados e as polaridades dos capacitores eletrolíticos.
Os resistores são de 1/8 W com qualquer tolerância e os capacitores eletrolíticos para 6 V ou mais.
A bobina consiste em pelo menos 10 000 espiras de fio bem fino num carretel com um núcleo de ferrite.
Uma possibilidade consiste em se aproveitar o enrolamento primário de um pequeno transformador de alimentação (110 V ou 220 V) com qualquer tensão de secundário, do qual tenha sido retirado o núcleo.
Outra possibilidade consiste em se aproveitar a bobina de um buzzer residencial.
Poderemos ainda usar uma bobina captadora telefônica comum, ou “Maricota” como é conhecida pelos radioamadores.
Na figura 3 temos uma sugestão de montagem com um cabo blindado ligando a bobina exploradora.
Ligando o aparelho, aproximando de canos elétricos e aparelhos eletrodomésticos ouviremos o ronco da rede de energia no alto-falante.
O ganho é ajustado em P1.
Uma aplicação interessante do aparelho é como amplificador telefônico.
Aproximando a bobina de um telefone, poderemos ouvir a conversa no alto-falante com bom volume.
O ponto ideal de posicionamento da bobina depende do telefone, devendo ser obtido experimentalmente.
CI-1 – CA3140 – circuito integrado
CI-2 – LM386 – circuito integrado
S1 – Interruptor simples
B1 – 6 V – 4 pilhas pequenas
L1 – Bobina exploradora – ver texto
P1 – 1 M Ω – potenciômetro
R1 – 100 k Ω – resistor – marrom, preto, amarelo
R2 – 10 k Ω – resistor – marrom, preto, laranja
R3 – 10 Ω – resistor – marrom, preto, preto
C1 – 10 µF – capacitor eletrolítico
C2 – 47 nF – capacitor cerâmico ou poliéster
C3 – 220 µF – capacitor eletrolítico
C4 – 100 a 220 µF – capacitor eletrolítico
FTE – 4 ou 8 Ω – alto-falante de 5 a 10 cm
Diversos:
Placa de circuito impresso, suporte de pilhas, caixa para montagem, fios, solda, etc.