O número elevado de transistores deste rádio para a faixa de ondas médias é uma indicação de sua sensibilidade e de sua qualidade de som. Entretanto, mesmo tendo muitos transistores e um bom ganho, ele ainda é um rádio simples no sentido de que não são necessários ajustes especiais para sua colocação em funcionamento, e nem sequer componentes especiais. O autor deste projeto fez uma "fusão" de rádios que já publicamos no site. O circuito completo é mostrado na figura. Conforme podemos ver, temos uma etapa detectora e amplificadora formada pelos transistores Q1 e Q2. O sinal desta etapa é levado ao amplificador de áudio de alta qualidade, formado pelos demais transistores. P1 funciona como controle de volume. Para as estações locais, mais fortes, não será preciso utilizar antena. Para as estações mais fracas ou distantes, será preciso uma antena que pode variar desde um pedaço de fio de 2 ou 3 metros estendido atrás do rádio, até uma antena externa nas condições extremas. A alimentação do circuito é feita com uma tensão de 6 V, proveniente de 4 pilhas pequenas. A bobina L1 pode ser do tipo comercial para ondas médias, assim como o capacitor variável. Os leitores que quiserem podem experimentar uma bobina “feita em casa" e que consiste em 80 espiras de fio esmaltado 28, num bastão de ferrite de 1 cm de diâmetro por 10 à 15 cm de comprimento. Esta bobina possui uma tomada na vigésima espira. Na montagem, que pode ser feita em ponte de terminais ou placa de circuito impresso, devem ser mantidas curtas as ligações dos componentes em torno de Q1 e Q2, para que não ocorram oscilações. Os capacitores de pequenos valores podem ser cerâmicos comuns, com 50 V de tensão de trabalho. Os capacitores maiores são eletrolíticos, com uma tensão mínima de trabalho de 12 V. Os resistores são todos de 1/8 W com 10% ou 20% de tolerância. Para melhor qualidade de som o alto--falante deve ter pelo menos 10 cm de diâmetro e uma impedância de 8 ohms. Os diodos D1 e D2 de uso geral são do tipo 1N4148.