A fama do Professor Ventura foi longe demais, e isso o levou a ser chamado pelas "autoridades" da Capital Federal, para realizar um trabalho de suma importância para os parlamentares e, portanto, para a manutenção da "democracia" no país: expulsar os ratos do congresso. Evidentemente se tratava dos ratos realmente ratos (roedores de pequeno tamanho, como define o "Velho Aurélio", mas quando as invenções do Professor entram em ação tudo pode acontecer e os ratos afetados podem ser outros, inclusive aqueles que o leitor está pensando. Como isso é possível, o leitor vai saber nesta aventura! (* - ver nota no final do texto)


- Puxa! Não sabia que eu era tão importante! Uma carta do próprio presidente do Congresso Nacional! - comentava, meio assustado, o Professor Ventura com seus dois alunos Beto e Cleto.

- Uma convocação para um cargo político?

- Não, nada disso! Eles dizem que têm um problema que só eu posso resolver!
Cleto de olhos arregalados ainda comentou:

- Deve ser algo muito importante! Talvez algum "aparelho" que tenha a ver com a "segurança nacional"!

O professor acalmou os dois, continuando a ler a carta vagarosamente. Depois de algum tempo ele dobrou-a e colocou-a sobre a mesa.

- E então? - perguntou Cleto, morrendo de curiosidade.

- São os ratos!... - comentou o Professor Ventura.

Beto interrompeu:

- Ah, é isso! Todo mundo sabe que lá está cheio deles!...

- Quem, os ratos? - interrompeu Cleto

- Não se trata do tipo de rato que você está pensando, se bem que a gente sabe que existem, e também gostaria de eliminá-los! São ratos "de verdade", ratos roedores de documentos que estão infestando os porões do Congresso e invadindo as salas de arquivos e atacando documentos importantes! - explicou o Professor Ventura - E além disso tem os pombos!

- Pombos? - perguntou Beto.

O professor explicou:

- Aumentaram muito em quantidade e estão sujando o prédio! Além disso o arrulhar das pequenas aves soa como quem diz: "corrupto!... corrupto!... corrupto!..." e isso está  incomodando alguns deputados! - o professor disse isso imitando o arrulhar de um pombo.

- Mas onde ‚ que entra seu trabalho e principalmente a "velha eletrônica" nisso tudo? - perguntou Beto, coçando o rosto.

O professor levantou o dedo indicador e explicou:

- Aí que está a coisa! Vocês se lembram do nosso "ex-preboste" digo ex-prefeito, Genival Votonulo? Pois bem, ele agora é deputado e além de me conhecer muito bem, lembrou do caso em que expulsamos as andorinhas que faziam ninho na nossa praça, sujando tudo, e usando "recursos eletrônicos"!...
Beto interrompeu:

- É, mas os recursos não deram os resultados exatamente da forma como esperávamos e foi uma confusão danada! Nem me fale mais no que aconteceu, pois quando me lembro sinto "arrepios" pelo corpo todo!...

- Eu também! - completou Cleto

- Calma! Não pretendo usar o mesmo aparelho, mas sim o mesmo princípio! No caso da nossa praça, uma "infeliz coincidência" levou a produção de efeitos inesperados, mas porque não tivemos a possibilidade de testar antes! Se a coisa for feita corretamente não há perigo!
Beto interrompeu, para voltar à carta:

- Mas, então o Deputado Genival quer que o Senhor Instale um "espanta ratos e pombos" no congresso?

- Exatamente, e vocês vão me ajudar!

- Nós! - foi a exclamação de espanto dos rapazes.
- Sim! - disse o professor mostrando três passagens aéreas, que vieram junto com a carta. - eles previram a necessidade de eu necessitar auxiliares! - A exclamação de surpresa se transformou numa exclamação de alegria:

- Viva!...