Este artigo trata de um dos muitos projetos que desenvolvemos e publicamos para controles remotos usando infravermelho. Publicado na revista Eletrônica Total 12 de 1989 ele consistia num sistema biestável que poderia ser usado para acionar dois relés de forma programada.
Naquela época, projetos de sistemas de controle remoto eram muito apreciados por todos que praticavam eletrônica, especialmente nossos leitores.
Na seção de Rádio Controle da revista tínhamos projetos usando sinais de rádio, mas havia ainda a possibilidade de outros tipos de controle serem utilizados como, por exemplo, campos magnéticos e infravermelho.
Nesse artigo exploramos mais uma vez o uso do infravermelho, com um grau mais elevado de sofisticação, pois ele poderia ser programado para um acionamento múltiplo sequencial.
Naquela época, projetos mecatrônicos usando caixas de redução estavam se tornando populares, principalmente depois que a editora lançou uma caixa de redução que abria a possibilidade de realização de muitos projetos.
Assim, o controle remoto apareceu na capa da revista com a caixa de redução que ele poderia controlar, em destaque.
Apesar de ser um circuito sofisticado (que pode ser acessado em Controle remoto por raios infravermelhos (ART953) ), demos a possibilidade de se fazer a montagem numa matriz de contato, tanto do transmissor como do receptor.
Naquela época (assim como hoje) já era possível contar com placas universais no padrão da matriz que possibilitavam a transferência da montagem para uma versão definitiva.
Até hoje o circuito pode ser montado, pois os componentes usados ainda são comuns.
O transmissor se baseava num 555 que produzia um tom para modular o LED infravermelho. Uma tecnologia muito simples, operando em tom.
O receptor consistia num fototransistor ligado a uma boa etapa de amplificação com transistores, acionando um 555 para produzir pulsos sem repiques.
Os sinais do 555 eram aplicados a um 4017 que poderia ter suas saídas sequenciais ligadas a relés. Na versão original usamos dois relés com um acionamento combinado do tipo que controlava dois motores simultaneamente.
O circuito fez sucesso, podendo ser montado até hoje. No receptor, alterações podem ser feitas para modernização.
Por exemplo, em lugar do acionamento do 4017, pode-se perfeitamente aplicar o sinal do 555 a um Arduino ou outro microcontrolador e assim transformar o circuito original num controle remoto microprocessado.