Diante de um sistema de controle remoto por infravermelhos inoperante, inicialmente fica difícil saber se o problema está no transmissor ou no sistema receptor. Com o aparelho simples que descrevemos a comprovação da emissão do transmissor é imediata possibilitando assim que o técnico vá diretamente a verdadeira causa do problema. Montado numa caixinha de reduzidas dimensões e alimentado por pilhas ele pode ser levado em qualquer parte.
Não podemos ver a radiação infravermelha e isso nos impede de saber se um transmissor de controle remoto está ou não operando.
Mesmo se o problema for simplesmente um diodo emissor queimado, não podemos saber disso sem um teste que exija a abertura do aparelho e a medição de tensões.
A posse na oficina de um simples comprovador de transmissores de controle remoto por infravermelho pode ser muito útil na economia de tempo e de serviço, compensando plenamente o pequeno investimento em componentes.
Nosso projeto usa apenas um circuito integrado e dá uma indicação visual do funcionamento do controle remoto, facilitando assim a rápida localização da origem do problema.
Basta apontar o transmissor para o aparelho e se "apitar" e porque o defeito está certamente no receptor.
Pequenas modificações no projeto original podem levá-lo a outras utilidades como, por exemplo, a indicação visual e também a outros tipos de prova como:
Alarmes por infravermelhos
Detectores de objetos e passagem que usem emissores infravermelho.
CARACTERÍSTICAS
Tensão de alimentação: 6 V
Corrente consumida: 0,5 mA (espera) 5 mAh (emitindo som)
Número de integrados: 1
COMO FUNCIONA
O sensor pode ser qualquer diodo infravermelho sensível, de grande superfície como os usados em receptores de controle remoto e alarmes.
Quando este diodo recebe radiação infravermelha uma corrente circula fazendo sua resistência cair e com isso levando o nível lógico da porta CI-1a inicialmente no 1 para o 0.
O resultado é que esta porta, funcionando como inversora tem sua saída passando do nível lógico 0 para o nível lógico 1 e com isso ativa-se um oscilador de áudio formado por Cl-1b.
A freqüência deste oscilador é dada pelo capacitor C1 e o resistor R2 e pode ser alterado conforme a vontade do leitor.
O sinal de áudio é levado a um buffer-amplificador digital formado por CI-1c e Cl-1d.
O sinal retangular deste amplificador e levado ao transdutor que consiste numa cápsula piezoelétrico, que tem bom rendimento para a finalidade proposta.
Se o leitor não conseguir a cápsula, pode usar em seu lugar um pequeno alto-falante excitado por um transistor conforme circuito mostrado na figura 1.
A montagem com alto-falante fica um pouco maior, mas o volume do som obtido também será um pouco maior.
O único ajuste do aparelho é feito em P1 para que, sem iluminação no ponto de máxima sensibilidade.
O circuito integrado Cl-1A reconheça a tensão no diodo como nível lógico alto.
Um pequeno tubinho para instalação do foto-diodo ajudará a manter o componente livre da interferência da luz ambiente e levando-o ao máximo de sensibilidade.
MONTAGEM
Na figura 2 temos o diagrama completo do teste de controles remotos.
Na figura 3 temos a disposição dos componentes numa placa de circuito impresso.
Para o circuito integrado sugerimos a utilização de um soquete DIL de 14 pinos que evita o calor no processo de soldagem, atingindo o componente, e facilita sua troca em caso de necessidade.
Os resistores são de 1/8 a 1/4 watt com tolerâncias de 5 a 20% e o capacitor C1 é de poliéster ou cerâmico e seu valor não é crítico podendo situarse entre 22 nF e 100 nF conforme a tonalidade do som desejado.
O capacitor eletrolítico C2 é um de 6 V ou mais e também seu valor não é crítico já que sua função é simplesmente desacoplar a fonte.
Valores entre 10 nF e 220 nF podem ser usados sem problemas.
O transdutor X1 é um "buzzer" passivo (sem Oscilador) piezoelétrico comum ou mesmo um fone de cristal.
Um tweeter piezoelétrico sem o transformador interno também poderá ser usado.
Na figura 4 temos uma sugestão da caixa para montagem, observando-se a colocação externa do potenciômetro de ajuste.
Este potenciômetro pode incluir o interruptor geral, caso o leitor assim deseje.
Na ligação do suporte das pilhas deve ser observada a sua polaridade.
O aparelho também funcionará com bateria de 9 V.
O sensor pode ser qualquer foto- diodo comum, dos tipos usados em receptores de controle remoto de TV e vídeo.
PROVA E USO
Para provar basta ligar o aparelho e inicialmente com o sensor apontado para algum objeto escuro, ajustar P1 até que ele fique no limiar da oscilação.
Depois, apontando o sensor para qualquer objeto claro, deve ocorrer a produção de som.
Altere C1 se quiser modificar o som emitido. Para usar, ajuste P1 para que o aparelho fique no limiar da oscilação e aponte para o sensor o transmissor de controle remoto a uma distância de 20 cm a 1 metro, conforme mostra a figura 5.
Se houver emissão, deve ocorrer a produção de som. Para isso, o leitor deve ativar qualquer tecla de controle remoto para que ocorra a ativação do circuito.
CI-1 - 4093B - circuito integrado CMOS
D1 - qualquer foto-diodo receptor infravermelho (PSUS34OO ou equivalente)
B1 - 6 ou 9 V - 4 pilhas ou bateria
S1 - interruptor simples
P1 - 1 M Ω - potenciômetro
X1 - transdutor piezoelétrico – ver texto
R1 - 10 k Ω - resistor (marrom, preto, laranja)
R2 - 47 k Ω - resistor (amarelo, violeta, laranja)
C1 - 47 nF (473 ou 0,047) capacitor cerâmico ou de poliéster)
C2 - 100 µF x 6 V – capacitor eletrolítico (9 V se a alimentação for com bateria)
Diversos: caixa para montagem, placa de circuito impresso, soquete DIL para o integrado, suporte de pilhas ou conector de bateria, botão para o potenciômetro, fios, solda, etc.