Nos nossos dias, os avanços da tecnologia são tão rápidos que se não ficarmos completamente ligados no que ocorre, uma diferença de poucas semanas já pode significar ficar desatualizado. Já falamos em outros artigos da Internet das Coisas (IoT – Internet of Things) que já está presente em muitos objetos de uso comum, que há poucos meses nunca imaginamos. Mas, a coisa não para por aí, e novas alterações no nosso dia a dia tecnológico vem aí e muito mais rápido do que podemos imaginar.
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Pense no seguinte: você em pouco tempo vai ter (na verdade. alguns já têm) um novo “eletrodoméstico” na sua casa e de funções que em pouco tempo vão se tornar indispensáveis. Depois do software livre, e do hardware livre, vem a aplicação de tudo isso no “faça você mesmo livre” através das impressoras 3D, explorada pelos makers (*).
Já deixamos de fazer fotos, cartões de visita, tirar Xerox fora de casa, pois as impressoras 2D que todos nós temos fazem tudo isso. Mas e a impressora 3D. Imaginem uma impressora que em lugar de duas cabeças se movimenta numa superfície bidimensional (folha de papel) tivermos 3 cabeças que se movimentam para frente e para trás, para os lados e para cima e para baixo (3 dimensões), borrifando em lugar de tinta plásticos, PVC, e outras substâncias que podem resultar em objetos sólidos. Com elas, podemos “imprimir” objetos sólidos como joias, enfeites, xícaras, bustos, brinquedos, miniatura e tudo mais em nossa casa. Basta baixa na internet o arquivo do objeto pronto, se não sabemos criá-lo, ou se tivermos um CAD apropriado, criarmos nós mesmos. Imagine você tirar sua própria foto e criar um busto plástico de você mesmo em poucos minutos. Nos Estados Unidos, as impressoras 3D já custam menos de 1 000 dólares e quem pode comprar uma maior, esta até criando negócios rendosos com sua utilização. Basta disponibilizar na internet, numa loja virtual, objetos de sua criação e se alguém compra, eles são impressos na sua 3D e enviados pelo correio.
Colecionadores de carros antigos compartilham arquivos e peças que podem ser criadas num instante em sua 3D quando necessárias. As escolas, em vista dessa nova possibilidade de se “fazer” a partir de programas e de uma impressora 3D estão voltando a uma nova abordagem didática revivendo suas “oficinas de artes e ofícios” onde as crianças, além de manusearem softwares de criação também tem o hardware de criação com a elaboração de peças, acabamento, montagem e pintura usando ferramentas como nos velhos tempos. Escolas técnicas como o SENAI possuem suas impressoras 3D onde os alunos criam as peças nas aulas de desenho técnico, passam para o CAD nas aulas de computação e “imprimem“ a peça numa 3D. E as próprias escolas do segundo grau poderão adotar a tecnologia segundo o que orienta o STEM (**) .
Mas, o futuro apenas começou: cientistas americanos conseguiram imprimir coisas com os mais diversos materiais, inclusive orgânicos, “imprimindo” um fígado artificial que poderá ser usado num transplante. Não muito longe de nossos dias você irá ao painel de 3D quando estiver com fome, acessará o site do McDonalds e clicará no Hamburger de sua preferência. Feita a compra debitada na sua conta telefônica ou cartão, o arquivo CAD 3D será transferido para sua impressora 3D que em poucos minutos lhe imprimirá um hamburger verdadeiro e quentinho que será anunciando pelo conhecido “plim” semelhante ao seu microondas.
(*) Os makers ou “fazedores” é uma nova categoria de adeptos da tecnologia que montam, inventam, criam produtos para vender usando o que há de mais novo em eletrônica, como microcontroladores, circuitos integrados, etc.
(**) STEM é o programa de ensino que usa a ciência, tecnologia, engenharia e matemática nos níveis fundamentais e média.
Nosso site é uma enorme finte de informações para os Makers e STEMers que desejam montar, criar, aprender ou ensinar tecnologia.
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