Se bem que as lâmpadas incandescentes já estejam caindo em desuso existem aplicações em que elas ainda podem ser usadas, e só elas, o que justifica que ainda as encontremos no mercado especializado. É o caso deste circuito que faz uma lâmpada bruxulear imitando uma vela.
Este circuito de efeitos pode ser interessante em decoração e mesmo para efeitos em teatro.
O que ele faz é uma lâmpada incandescente comum tremular ou bruxulear, exatamente como faz a chama de uma vela ou de uma lareira.
Com ele podemos fazer uma lareira eletronica, usando um aquecedor e um circuito como este para imitar a chama, iluminando algumas tiras de papel vermelho do tipo celofane.
O circuito funciona tanto na rede de 110 V como 220 V, com lâmpadas de 15 a 100 W.
Simples de montar, ele utiliza componentes que podem ser encontrados com facilidade no comércio especializado.
Como Funciona
O circuito se baseia na operação de dois multivibradores astáveis que produzem sinais cujas formas de onda são mostradas na figura 1.
A frequência dos multivibradores é basicamente dada pelos capacitores de realimentação, cujos valores podem ser alterados para se otimizar o efeito obtido.
Na verdade, um dos multivibradores pode ser ajustado em P1 para se chegar ao efeito desejado.
O sinal combinado dos dois multivibradores serve para disparar um SCR que controla a lâmpada incandescente.
Este SCR é um TIC106B ou D ou MCR106 de acordo com a rede de energia, utilizando o sufixo B ou D para 110 V e D para 220 V.
Para maior brilho da lâmpada pode-se adotara técnica da retificação de onda completa para o SCR descrita em outros artigos do site.
Montagem
Na figura 2 temos o diagrama completo do aparelho.
Como a montagem não utiliza circuitos integrados ela pode ser “pendurada” numa ponte de terminais, conforme mostra a figura 3.
Nesta montagem é preciso tomar muito cuidado com os terminais dos componentes, que devem ser curtos e não encostar uns nos outros.
Além disso, o circuito deve ficar dentro de uma caixa, pois ele trabalha diretamente com as tensões da rede de energia, podendo causar choques perigosos em caso de toque acidental.
Para uma versão profissional, temos a montagem em placa de circuito impresso com a disposição mostrada na figura 4.
Neste caso, devemos tomar cuidado com as posições dos componentes e polaridade dos capacitores eletrolíticos e diodos.
Os resistores podem ser de 1/8 W com qualquer tolerância e os eletrolíticos para 16 V ou mais de tensão de trabalho.
O SCR deve ser dotado de um dissipador de calor.
Para testar e usar, basta colocar uma lâmpada no soquete e alimentar o circuito ajustando P1 para o efeito desejado.
Não utilize outros tipos de lâmpadas que não sejam as incandescentes.
SCR – TIC106B ou D (ou MCR106) – de acordo com a rede de energia
Q1, Q2, Q3, Q4 – BC548 – transistores NPN de uso geral
D1, D2, D3 – 1N4002 ou 1N4004 – diodos de silício
P1 – 47 k a 220 kΩ – trimpot ou potenciômetro
R1 – 10 k Ω x 10 W (110 V) ou 22 k Ω x 10 W (220 V) – resistor de fio
R2 – 2,2 kΩ – resistor – vermelho, vermelho, vermelho
R3, R9 – 47 kΩ – resistores – amarelo, violeta, laranja
R4, R7, R8, R12 – 4,7 kΩ – resistores – amarelo, violeta, vermelho
R5 – 22 kΩ – resistor – vermelho, vermelho, laranja
C1, C4 – 47 µF – capacitores eletrolíticos
C2 – 470 nF – capacitor cerâmico ou poliéster
C3- 220 nF – capacitor cerâmico ou poliéster
C5 – 220 µF – capacitor eletrolítico
S1 – Interruptor simples
Diversos:
Ponte de terminais ou placa de circuito impresso, caixa para montagem cabo de força, soquete para lâmpada, fios, solda, etc.