A possibilidade de se conseguir LEDs de alto brilho leva muitos a pensar em montar seu próprios sistema de iluminação com LEDs ou ainda lâmpada de LEDs. Em nosso artigo ART055 (LEDs em 110-220 V), CIR289, CIR486 e outros, abordamos o tema de diversas formas, dando circuitos, sugestões e ensinando a calcular os componentes. Neste artigo, damos alguns circuitos práticos adicionais que podem ser de grande utilidade para nossos leitores.

O que diferencia os LEDs das lâmpadas nos circuitos de corrente alternada é que os LEDs, além de operarem exclusivamente com corrente contínuas, também precisam de uma baixa tensão, tipicamente entre 1,8 e 3,2 V conforme sua cor.

Além disso, o que determina seu brilho é a intensidade da corrente circulante e não a tensão aplicada.

Tudo isso exige circuitos especiais para seu acionamento, circuitos que consistem basicamente em conversores AC/DC que produzam baixas tensões sob correntes de acordo com o número de LEDs e tipo, tudo isso com um alto-rendimento.

De fato, a principal exigência do circuito de acionamento de LEDs quando o utilizamos para iluminação é a economia, e economia de energia implica num alto-rendimento.

A seguir, algumas idéias práticas de circuito que não foram abordadas em nossos artigos anterior.

Um dos modos mais simples de se ligar LEDs à rede com poucos componentes é o que faz uso de um capacitor redutor, conforme mostra a figura 1.

 

Figura 1- Circuito simples para 1 LED
Figura 1- Circuito simples para 1 LED

 

No entanto, podemos eliminar os dois diodos, se levarmos em conta que em lugar de D2 podemos usar outros LEDs, pois LEDs são diodos e com isso ter a alimentação direta por corrente alternada, conforme mostra a figura 2.

 

Figura 2 – Circuito para dois LEDs em 110 V
Figura 2 – Circuito para dois LEDs em 110 V

 

Para 220 V, basta alterar VC1 para 220 nF. O valor deste capacitor não é crítico nas duas redes, dependendo do brilho do LED. Assim, para LEDs de maior brilho, podemos usar 1 µF em 110 V e 470 nF em 220 V.

O capacitor deve ser de poliéster com tensão de pelo menos 250 V na rede de 110 V e 350 V na rede de 220 V.

Para mais LEDs, podemos usar a configuração da figura 3.

 

Figura 3 – de 4 a 20 LEDs podem ser usados neste circuito
Figura 3 – de 4 a 20 LEDs podem ser usados neste circuito

 

Como no circuito anterior, o valor do capacitor dependerá do brilho dos LEDs usados.

Para 16 a 40 LEDs, com até 10 em cada sequência, podemos usar o circuito da figura 4. Nele, o valor do capacitor pode ser alterado, conforme o brilho desejado para os LEDs.

 

Figura 4 – Ligando sequências de LEDs em paralelo
Figura 4 – Ligando sequências de LEDs em paralelo

 

Outra configuração, usando diodos retificadores conectados de modo que um deles não deixe os LEDs serem polarizados no sentido inverso é mostrada na figura 5.

O valor do capacitor C1 depende da corrente desejada nas sequências de LEDs podendo ficar entre 1 e 4,7 µF.

Em paralelo cm D1 pode ser usado um capacitor adicional que evitará a cintilação dos LEDs, ou seja, que eles pisquem na frequência da rede, evitando-se assim um efeito estrorboscópico.

 

Figura 5 – Circuito com retificador
Figura 5 – Circuito com retificador

 

A quantidade de LEDs deste circuito pode ser muito grande, dependendo apenas o valor de C1.

Em cada sequência podem ser ligados de 4 a 10 LEDs.

 

Figura 6 – Capacitor para evitar o efeito estroboscópico
Figura 6 – Capacitor para evitar o efeito estroboscópico

 

Os resistores R1 e R2 devem ter dissipações apropriadas.

Para proteger o circuito pode ser usado um fusível de 500 mA a 800 mA, ligado da forma indicada na figura 7.

 

Figura 7 – Usando um fusível de proteção
Figura 7 – Usando um fusível de proteção