Os indicadores Bargraph, ou barra móvel de LEDs, não são apenas indicados para se obter efeitos visuais em aparelhos de som; o acendimento dos LEDs em sequência permite sua utilização numa grande quantidade de outros projetos. Os LEDs podem ser usados não só como indicadores de nível de som como também de tensão, corrente, intensidade de luz, ganho ou estado de componentes, temperatura etc. Neste artigo, com base num módulo de baixo custo com os integrados I.1257BE e t1267BE, da SID Microeletrônica, descrevemos novos projetos interessantes para o leitor montar, todos com 10 LEDs indicadores.
Nota: Este artigo foi publicado na revista Eletrônica Total 55 de 1993. Vários dos projetos indicados se encontram no site na forma de artigos separados.
Indicadores de barra móvel ou Bargraph, são circuitos que acionam uma certa quantidade de LEDs simulando uma barra que aumenta ou diminui de tamanho conforme a intensidade de um sinal na sua entrada, corno sugere a figura 1.
Ligada na saída de um aparelho de som, por exemplo, a barra de LEDs "dança'', aumentando e diminuindo de tamanho conforme o ritmo da música. Este tipo de indicador é usado, atualmente na maioria dos aparelhos de som domésticos e automotivos.
Para acionar LEDs da forma indicada existem circuitos integrados dedicados. Para o caso de 10 LEDs, uma solução econômica e altamente eficiente, pois não necessita praticamente de nenhum elemento adicional periférico, além dos LEDs e uma rede de entrada do sinal, é a que faz uso dos circuitos integrados U257BE e U267BE, fabricados no Brasil pela SID Microeletrônica.
Embora cada um desses integrados possa acionar apenas 5 LEDs, eles podem ser intercalados, pois têm níveis diferentes de operação, de modo a se obter o acionamento de 10 LEDs, e é isso justamente que fazemos neste artigo.
Com o indicador disponível, basta mudar o circuito de entrada de acordo com o que queiramos monitorar. Neste artigo descrevemos 9 possibilidades de uso muito interessantes. Com um único módulo Bargraph, e com poucos componentes adicionais externos, teremos então as seguintes aplicações:
1. VU de LEDs - que é a aplicação básica em que a barra de LEDs "dança" acompanhando o ritmo da música de qualquer aparelho de som (doméstico ou automotivo).
2. Voltímetro para fonte - descrevemos a montagem de uma fonte de alimentação para a bancada com indicação de tensão por meio de barra de LEDs.
3. Medidor de campo - trata-se de um excelente indicador que permite ajustar transmissores de todos os tipos e que operam entre alguns mega-hertz até mais de 200 MHz.
4. Teste de componentes - um projeto que permite detectar fugas em diodos, determinar com alguma precisão o valor de resistores e testar a continuidade da maioria dos componentes comuns.
5. Fotômetro - com este circuito é possível avaliar, pela indicação da barra móvel, o grau de iluminação ambiente, verificando assim, para ajuste de abertura e velocidade de máquinas fotográficas.
6. Biofeedback - pelo movimento da barra móvel, controlado pela atividade nervosa de uma pessoa, pode-se ter um controle maior no processo de concentração, meditando ou mesmo monitoração de ritmos.
7. Amperímetro -com este instrumento, pode-se medir a corrente de fontes de alimentação. Ele pode funcionar conjugado ao voltímetro na fonte do projeto ri° 2.
8. Teste de bateria - trata-se de um aparelho simples que permite indicar com eficiência o estado de pilhas e baterias.
9. Timer escalonado - a barra móvel simula o nível de areia de uma ampulheta, dando assim a temporização em cada instante, o que permite um melhor acompanhamento do usuário.
FUNCIONAMENTO DO MÓDULO
O módulo básico consiste num display de barra móvel com 2 integrados U257BE e U267BE com a configuração mostrada na figura 2.
Os níveis de tensão em que ocorrem os acionamentos dos LEDs para os dois circuitos integrados são diferentes. Temos então os seguintes níveis de tensão, apresentados na tabela I. Observe que os níveis são intercalados, de modo que o posicionamento dos LEDs na formação de barra deve levar em conta este fator, conforme indicado no diagrama.
Estes integrados podem funcionar com tensões de alimentação entre 12 e 25 V, e já possuem internamente o circuito que limita a corrente dos LEDs. Isso não só garante o brilho uniforme para os LEDs (que podem ser de cores diferentes), como também elimina a necessidade de resistores externos de limitação de corrente.
A SID, entretanto, recomenda que se forem usados LEDs verdes a tensão de alimentação seja de pelo menos 16 V. A corrente nos LEDs é de 25 mA, e a corrente exigida para excitação de entrada é de 1 mA.
MONTAGEM DO MÓDULO
O módulo básico, para dois integrados e 10 saídas, contém recursos para a ligação na placa de circuito impresso dos componentes da primeira montagem, que é o VU de LEDs. Temos então o circuito básico da figura 2, conforme já vimos, e a placa de circuito impresso na figura 3.
LISTA DE MATERIAL - Projeto 1
Cl1 - U257BE - circuito integrado SID (*)
Cl2 - U267BE - circuito integrado SID (*)
LED1 a LED10 - LEDs vermelhos comuns (ou de outra cor - ver texto) (*)
R1 - 1 kΩ-2 x 1/8 W - resistor (marrom, preto, vermelho)
R2, R3 - 5,1 kΩ x 1/8 W - resistores (verde, branco, laranja)
D1 - 1N4148 - diodo de silício de uso geral
C1 - 470 nF a 2,2 µF - capacitor eletrolítico ou poliéster, conforme o valor
(*) Material que faz parte do módulo básico. Componente pouco comum em nossos dias.
Obs: o capacitor C1 determina a velocidade de resposta ou inércia da barra. O usuário deve fazer experiências com os valores indicados. Os valores maiores tornam a resposta mais lenta.
Recomendamos a utilização de soquetes para os integrados e que os LEDs sejam mantidos com terminais longos e alinhados, de modo a facilitar seu posterior encaixe num painel ou colocação numa caixa. Conforme a aplicação pode-se necessitar de elementos adicionais externos e de ligação de jumpers.
PROJETO 1 VU DE LEDS
O circuito indicado aciona 10 LEDs no sistema de barra móvel e pode ser alimentado com tensões de 12 a 25 V. O circuito completo para esta aplicação é mostrado na figura 4.
Os resistores têm os valores indicados pela SID para acionamento com níveis de sinal escalonados. No entanto, dependendo da utilização, numa aplicação menos crítica, por exemplo, em que se deseja simplesmente o piscar dos LEDs sem uma correspondência precisa com níveis em dB, observações devem ser feitas.
Por exemplo, se a potência do amplificador ou aparelho de som com o sistema for inferior a 6 W pode ser necessário o uso de um transformador de modo a se obter uma maior tensão de entrada.
Esse transformador pode ser do tipo de saída de áudio de transistores ou mesmo um transformador com primário de 110 V e secundário de 12 V com corrente entre 100 e 250 mA, e que será ligado conforme mostra a figura 5.
O trimpot neste caso ajustará o nível de acionamento.
O resistor Rx terá seu valor de acordo com a potência de seu som, conforme a tabela II. Uma fonte de alimentação externa pode ser elaborada com facilidade, conforme mostra a figura 6.
Para usar o aparelho, basta ligá-lo à saída do som de um amplificador (para uma versão estéreo é preciso montar duas unidades) e ajustar o nível de som para as piscadas desejadas. Na versão com trimpot este componente é ajustado- para a sensibilidade desejada.
PROJETO 2 VOLTÍMETRO COM FONTE
A fonte de alimentação deste circuito baseia-se no LM317T, da SID Microeletrônica, e fornece de 1,2 a 25 V com corrente de saída até 1,5 A.
LISTA DE MATERIAL - Projeto 2
X1 - Módulo Bargraph (indicador de barra móvel)
Cl1 - LM317T - circuito integrado regulador de tensão
Cl2 - 7812 - circuito integrado regulador de tensão
D1, D2 - 1 N4004 - diodos de silício
Resistores: (1/8 W, 5%)
R1 - 100 kΩ (marrom, preto, amarelo)
R2 10kΩ (marrom, preto, laranja)
R3 - 220 Ω (vermelho, vermelho, marrom)
P1- 4,7 kΩ - potenciômetro linear
Capacitores eletrolíticos:
C1- 2 200 µF x 35 ou 40 V
C2- 100 µF x 16 V
C3-1 µF x 40V
C4 10 µFx25V
Diversos:
T1- Transformador com primário de acordo com a rede local e secundário de 18+18 V ou 20+20 V x 1 A
S1 - Interruptor simples
F1 - Fusível de 1 A
Placa de circuito impresso, radiadores de calor para Cl1 e Cl2, cabo de alimentação, suporte para fusível, bornes de saída etc.
Na figura 7 temos o diagrama completo desta fonte, observando-se que o módulo indicador é o mesmo da figura 2.
A alimentação do módulo é feita com uni regulador de tensão separado de modo a se garantir melhor desempenho e brilho uniforme independentemente da tensão ajustada na saída. Alterações nos resistores do divisor de entrada R1 e R2, permitem modificar a faixa de tensões de indicação, e assim usar o indicador de barra móvel em outras aplicações, com fontes de outras tensões.
A tabela III mostra as tensões de entrada e os LEDs correspondentes acesos para os valores de resistores usados em nosso projeto. No entanto, nada impede que R1 seja substituído por um trimpot e o fundo de escala seja modificado (ajustado) de acordo com a aplicação. Veja que a sensibilidade de entrada do circuito é de 1 mA, o que significa que, para a aplicação, podemos comparar o voltímetro a um dispositivo de sensibilidade 2000 S2/V.
LISTA DE MATERIAL - Projeto 3
X1 - módulo Bargraph (indicador de barra móvel) Semicondutores:
Q1 - BC558 - transistor PNP de uso geral
D1, D2 -1 N4002 - diodos retificadores de silício
D3 -1 N34 ou equivalente - diodo de germânio
Resistores: (1/8 W, 5%)
R1 - 4,7 MΩ (amarelo, violeta, verde)
R2 -1 kΩ (marrom, preto, vermelho)
P1 - 47 Ω - trimpot
Capacitores:
C1 - 1 000 µF - eletrolítico de 25 V
C2 - 10 nF - cerâmico
C3 - 100 nF - cerâmico
Diversos:
T1 - Transformador com primário de acordo com a rede local e secundário de 12+12 x 500 mA
S1 - Interruptor simples
Placa de circuito impresso, cabo de alimentação, fios, solda etc.
Obs: o trimpot é ajustado até se obter o limiar do acendimento do primeiro LED.
Observe ainda que a escala não é linear, o que quer dizer que em qualquer aplicação deve ser estabelecido por meio de medida e comparação o ponto de acendimento de cada LED.
Para isso, basta montar o circuito da figura 8 e, ao mesmo tempo que aumentamos a tensão da fonte na entrada, anotamos a tensão em que ocorre o acendimento de cada LEDs.
Uma aplicação interessante para este módulo é a monitoração de determinada tensão, então o LED que a representa pode ter cor diferenciada, ajustando-se então o trimpot para que se chegue ao seu acendimento. Na figura 9 temos o diagrama de uma fonte de alimentação independente para este tipo de aplicação.
PROJETO 3 MEDIDOR DE INTENSIDADE DE CAMPO
Com este circuito podemos ajustar pequenos e grandes transmissores de 1 a mais de 200 MHz. Colocado nas proximidades de um pequeno transmissor, podemos ajustar o circuito amplificador para maior rendimento, o mesmo ocorrendo em relação a antenas.
A cobertura da faixa de um transmissor é ajustada simplesmente pela distância em que o aparelho é colocado nos testes e medidas. Na figura 10 temos o diagrama completo do aparelho para esta aplicação, observando-se que o módulo X1 é o módulo indicador de 10 LEDs.
Como são usados poucos elementos no circuito de entrada, ele pode ser facilmente montado numa pequena placa de circuito impresso, conforme mostra a figura 11.
A antena tanto pode ser do tipo telescópico como um pedaço de fio rígido. Na mesma figura sugerimos uma fonte de alimentação de 12 V que também pode ser útil na alimentação dos outros circuitos que descrevemos.
Para uso móvel, devem ser usadas 8 pilhas medias como fonte de alimentação, já que o consumo de corrente não é pequeno, principalmente com todos os LEDs acesos. Para ajuste de transmissores mais fracos, deve ser usado um aro de hertz em lugar de XRF, caso em que se obtém maior sensibilidade.
Este aro consiste em 2 ou 3 espiras de fio comum em torno da bobina de saída ou osciladora do transmissor que se está ajustando.
PROJETO 4 TESTE DE COMPONENTES
Com o teste de continuidade Bargraph não só temos uma ideia da continuidade do componente em prova como também de sua resistência, o que pode ser muito interessante na verificação de fugas de capacitares e até mesmo na determinação de valores de resistores.
O projeto é muito simples, e instalado numa caixa plástica de boa aparência consiste num bom substituto para o multímetro, no caso dos leitores que ainda não têm este instrumento. O leitor pode até comutar, - através de uma chave, a função teste de componentes com a função voltímetro, e assim ter uma utilidade complementar para o seu aparelho.
Na figura 12 temos o diagrama desta aplicação que, pela sua simplicidade, não necessita de placa, já que os poucos componentes usados podem ser externos. A própria fonte de alimentação, por ser muito simples, pode ser montada em ponte de terminais. O acendimento dos LEDs vai depender da resistência do circuito em prova, por isso é bom que o leitor faça uma escala com base na tabela IV.
LISTA DE MATERIAL - Projeto 4
X1 - Módulo Bargraph
Semicondutores:
Cl1 - 7812 - circuito integrado regulador de tensão
D1, D2 - 1 N4002 ou equivalente - diodos de silício
Resistores:
Rx - ver tabela
R1 - 1 kΩ x 1/8 W (marrom, preto, vermelho)
Capacitores eletrolíticos:
C1 - 1000 µF x 25 V
C2 - 1 00 µF x 1 2 V
C3- 10 µf X 16 V
Diversos:
S1 - Interruptor simples
PP1, PP2 - pontas de prova
T1 - transformador com primário de acordo com a rede local e secundário de 12+12 V x 500 mA Placa de circuito impresso, caixa para montagem, cabo de alimentação, fios, solda etc.
Veja que a sensibilidade vai depender do valor de Rx. Os valores dados por Rx são de 51 kΩ a 10 kΩ, mas o leitor que quiser menor sensibilidade pode reduzir ainda mais Rx, elaborando com base num multímetro a tabela de resistências (R) entre as pontas de prova.
PROJETO 5 FOTÔMETRO
Esta aplicação permite avaliar o grau de iluminação de um local, com boa precisão. Uma escala em termos de níveis de iluminação pode ser elaborada para os LEDs. O aparelho também pode ser usado como comparador de tom para tintas.
O sensor é um LDR, o que garante excelente sensibilidade para o circuito, e o ajuste do trimpot permite adaptar a escala para os níveis de desejados. Com maiores resistências no ajuste teremos uma sensibilidade que chega a ser superior a do olho humano.
LISTA DE MATERIAL - Projeto 5
X1 - Módulo Bargraph
Semicondutores:
Cl1 - 7812 - circuito integrado regulador de tensão
D1, D2 - 1 N4002 - diodos de silício
Resistores: (1/8 W, 5%)
R1 1kΩ (marrom, preto, vermelho)
P1 - 47 kΩ - trimpot
LDR - fotorresistor
Capacitores eletrolíticos:
C1 -1 000 µF x2 5V
C2 - 100 µF x 16 V
C3 - 10 µF x 12 V
Diversos:
S1 - Interruptor simples
T1 - Transformador com primário de acordo com a rede local e secundário de 12+12 V x 500 mA. Placas, fios, caixa para montagem, cabo de alimentação etc.
Na figura 13 temos o diagrama completo do aparelho.
A fonte pode ser montada como nas versões anteriores, e como na entrada da placa Bargraph teremos pouquíssimos componentes, não há necessidade de se usar placa de circuito impresso.
O LDR usado como sensor pode ser de qualquer tipo redondo, comum pequeno ou grande (1,0 ou 2,5 cm). Para maior diretividade, dependendo da aplicação ele pode ser instalado em um tubo de material opaco.
O ajuste pode ser feito com base num fotômetro comum ou simplesmente com uma fonte de luz de referência trimpot é então levado para a posição que acende o LED tomado como referência. Com o circuito da figura 14 pode ser experimentado um fototransistor como sensor.
PROJETO 6 BIOFEEDBACK
A atividade muscular e nervosa de uma pessoa é sempre acompanhada de fenômenos elétricos tais como variações da resistência da pele e a produção de pequenas tensões. Estas variações e tensões podem ser detectadas facilmente por uni circuito sensível. O circuito que propomos faz justamente isso, e com ele temos diversas aplicações possíveis interessantes como:
Monitor de ritmo, ajudando o leitor a chegar num estado total de concentração.
Indicador de força muscular, monitorando exercícios físicos.
Detector de mentiras, numa brincadeira interessante que permite detectar estados nervosos anormais, como por exemplo que sucedem urna situação embaraçosa.
O circuito completo para esta aplicação é mostrado na figura 15.
A disposição dos componentes externos à placa do indicador de LEDs é mostrada na figura 16. Os eletrodos dependem do tipo de aplicação visada.
Para monitoria de concentração ou força muscular podem ser usados dois bastões de metal ou mesmo pilhas gastas, das quais tenhamos raspado a tinta externa de modo a haver contato direto com o metal.
Observe que a corrente nos eletrodos é extremamente baixa, tornando assim o aparelho totalmente seguro, não havendo perigo de choques. Para usar o aparelho, basta segurar os eletrodos e apertá-los entre as mãos, ajustando o trimpot P1 de modo que o terceiro ou quarto LED acenda à média pressão.
O acionamento dos demais dependerá então das variações da resistência da pele ou então da pressão nos eletrodos. Importante: o isolamento do transformador é extremamente importante para a segurança de operação do aparelho. Verifique o isolamento entre o primário e o secundário, que deve ser maior que 2M5 num bom transformador.
LISTA DE MATERIAL Projeto 6
x1 - Módulo Bargraph
Semicondutores:
Q1 - BC517 - transistor Darlington
D1, D2 - 1N4002 - diodos de silício
Cl1 - 7812 - circuito integrado regulador de tensão
Resistores: (1/8 W, 5%)
R1, R2 - 100 kΩ - (marrom, preto, amarelo)
R3 - 1 kΩ - (marrom, preto, vermelho)
P1 - 1 MΩ - potenciômetro ou trimpot
Capacitores eletrolíticos:
C1 - 1 000 µF x 25 V
C2 - 100 µF x 16 V
Diversos:
S1 - Interruptor simples
PP1, PP2 - eletrodos - ver texto
T1 - Transformador com primário de acordo com a rede local e secundário de 12+12 V x 500 mA Placa de circuito impresso, caixa para montagem, fios, cabo de alimentação, solda etc.
PROJETO 7 AMPERÍMETRO
Com o circuito indicado podemos ter uma monitoria de consumo de corrente numa fonte de alimentação.
Este circuito pode ser usado em conjunto com o voltímetro na fonte de alimentação no projeto n° 2 de modo a termos indicações Bargraph tanto da tensão como de corrente. O fundo de escala depende do resistor Rx escolhido:
Para o valor indicado teremos um fundo de escala de 2 A, mas o cálculo de valor é simples: basta dividir 2 pela corrente desejada para fundo de escala. Esse valor nos dará a resistência em ohms. A dissipação é calculada multiplicando a corrente de fundo de escala por 4 (para termos uma tolerância de 100%).
Na figura 17 temos o diagrama do amperímetro. Nesta mesma figura temos a ligação na fonte de alimentação do projeto 2. Observe que o projeto tem sua ligação na linha positiva de alimentação.
A escala de valores pode ser obtida experimentalmente com base num amperímetro comum ligado em série com a carga. No entanto, podemos estabelecer para as correntes uma proporção direta com as tensões, caso em que pode ser baseada uma escala na tabela do voltímetro. Para a fonte do projeto n0 2, o regulador 7812 pode perfeitamente alimentar ao mesmo tempo tanto o módulo do voltímetro como o do amperímetro.
PROJETO 8 TESTE DE BATERIAS E PILHAS
Este é um teste dinâmico que permite verificar o estado de pilhas e baterias sob carga. O que o ocorre é que o teste com a simples medida de tensão não é conclusivo, pois pilhas com tensões perto do normal podem sofrer uma forte queda de tensão ao serem solicitada ao um fornecimento maior de energia, devido a uma alta resistência interna que caracteriza o desgaste.
Desta forma, o teste que realmente vale é o que nos dá tensão nos terminais de uma pilha sob um determinado nível de corrente, e é justamente o que faz este projeto que nada mais é do que um voltímetro.
LISTA DE MATERIAL - Projeto 7
X1 - módulo Bargraph Semicondutores:
D1, D2 - 1 N4002 ou equivalente - diodos de silício
Cl1 - 7812 - circuito integrado regulador de tensão
Resistores: (1/8 W, 5%)
%1 - 51 kΩ (verde, branco, laranja)
Rx - 1 Ω x 5 W - resistor de fio
Capacitores eletrolíticos:
C1 - 2 200 µF x 40 V
C2- 100 µFx16V
Diversos:
S1 - Interruptor simples
T1 - Transformador com primário de acordo com a rede local e secundário de 18+18 V x 1,5 A Placa de circuito impresso, caixa para montagem, fios, solda etc.
Na figura 18 temos o diagrama do aparelho. O circuito do aparelho, incluindo a fonte de alimentação, tem sua montagem feita de modo semelhante aos anteriores. A fonte pode ser separada, o que facilita a montagem. Os resistores para os testes de pilhas e baterias foram dimensionados para uma corrente que seja próxima do funcionamento normal.
LISTA DE MATERIAL - Projeto 8
X1 - módulo Bargraph Semicondutores:
Cl1 - 7812 - circuito integrado regulador de tensão
D1 - D2 - 1 N4002 ou 1N4148- diodos retificadores de silício
D3, D4, D5 - 1 N4002 - diodos de silício de uso geral Resistores: (1/8 W. 5%)
R1 - 120 Ω (marrom, vermelho, marrom)
R2 - 47 Ω (amarelo, violeta, preto)
R3 - 22 Ω (vermelho, vermelho, preto)
R4 - 1 kΩ (marrom, preto, vermelho)
P1 - 10 kΩ - trimpot
Capacitores eletrolíticos
C1 -1 000 µF x 25 V
C2 100 µF x 16V
Diversos:
S1 - Interruptor simples
T1 - Transformador com primário de acordo com a rede local e secundário de 12+12 V x 500 mA Placa de circuito impresso, caixa para montagem, cabo de alimentação, fios, solda etc.
O único ajuste a ser feito é do trimpot P1, para que tenhamos até o sétimo LED aceso, o que corresponde ao normal. Para testar baterias de 9 V utilizamos o circuito da figura 19, ajustando em separado o trimpot também para o acendimento do sétimo LED com tensão normal. Alterações no circuito podem ser feitas no sentido de se testar outros tipos de bateria, como por exemplo as usadas em câmeras de vídeo. Para dimensionar o resistor de carga devemos saber a corrente que o fabricante recomenda para teste.
PROJETO 9 TIMER ESCALONADO
O timer de até 1 hora que apresentamos tem por principal característica permitir o acompanhamento por meio da escala de LEDs. Quando ligamos a alimentação e pressionamos S2 por um instante, para descarregar o capacitor de temporização e assim garantir a partida de zero, o capacitor começa a carregar-se lentamente através de potenciômetro de ajuste e de R4.
Neste momento nenhum LED da escala estará aceso, e o relé estará desenergizado. Dependendo dos contatos usados, NA ou NF, a carga poderá ou não estar alimentada. À medida que ocorre a carga do capacitor e a tensão em seus terminais sobe, o Bargraph é alimentado com tensão cada vez maior e os LEDs vão vagarosamente acendendo em maior número, indicando assim a temporização.
O comparador de tensão que energiza o relé tem sua entrada ajustada para que a comutação ocorra quando a tensão que acende o último LED é alcançada. Esse ponto é ajustado no trimpot P2. Assim, quando o último LED acender, quase ao mesmo tempo (depende da precisão do ajuste) também temos o acionamento do relé, com a comutação da carga.
No projeto usamos um relé MCH2RC2 para 2 A de carga de contatos, mas o leitor pode usar o G1RC2, de 10 A. A temporização máxima pode chegar a 1 hora com o uso de um capacitor de 2 200 µF de boa qualidade. Veja que a ligação direta tanto de barra móvel como do comparador no capacitor não "carreguem" o circuito, pois ambos possuem boa impedância de entrada muito alta. Assim, mesmo com uma resistência de temporização da ordem de 1,5 MS2 e um capacitor de 2 200 µF, conseguimos um bom funcionamento.
É claro que deve ser observado que tanto a curva de carga de um capacitor como de operação do Bargraph não é linear, o que significa que uma eventual escala de tempos para os LEDs só pode ser feita com uma marcação ponto a ponto, tendo por base um relógio ou cronômetro.
Na figura 20 temos o diagrama completo do temporizador.
Na figura 21 temos a disposição ao módulo Bargraph numa placa de dos componentes não pertencentes circuito impresso.
LISTA DE MATERIAL - Projeto 9
X1 - Módulo Bargraph Semicondutores:
Cl1 - 7812 - circuito integrado regulador de tensão
Cl2 - LM393 - comparador duplo - circuito integrado
Q1 - BC548 ou equivalente - transistor NPN de uso geral
D1, D2 - 1 N4002 - diodos de silício
D3 - 1N4148 - diodo de silício
Resistores: (1/8 W, 5%)
R1 - 4,7 kΩ (amarelo, violeta, vermelho)
R2 - 3,3 kΩ (laranja, laranja, vermelho)
R3 - 1 MΩ (marrom, preto, verde)
R4 - 100 kΩ (marrom, preto, amarelo)
P1 - 1,5 MΩ - potenciômetro linear
P2 47 kΩ - trimpot
Capacitores eletrolíticos
C1 -1 000 µF x 25 V
C2- 100 µF x 16 V
C3 - 1 000 µF ou 2 200 µF x 12 V
Diversos:
S1 - interruptor simples
S2 - Interruptor de pressão
T1 - Transformador com primário de acordo com a rede local e secundário de 12+12 V x 500 mA K1 - MCH2RC2 - Relé de 12 V
Placa de circuito impresso, cabo de alimentação, caixa para montagem, fios, solda etc.
Os resistores são todos de 1/8 W, e o comparador de tensão preferivelmente deve ser montado num soquete. O ajuste de funcionamento é simples: Coloque P1 no ponto de mínima temporização. Pressione S2, depois de ligar a alimentação. Todos os LEDs devem apagar e então acender gradualmente com a temporização.
Fique atento e ajuste P2 para que o relé feche seus contatos no momento em que acender o último LED da barra móvel. Uma pequena variação é aceitável, dada a tolerância dos componentes.
Feito o ajuste, com base num cronômetro comum o leitor pode estabelecer uma escala para P1 e também uma escala com porcentagem do tempo para a escala de LEDs. Para usar, basta ligar o aparelho controlado aos contatos do relé. Como o MCH2RC2 possui dois contatos reversíveis, podemos usar o outro contato para um LED indicador de acionamento.
O circuito integrado do regulador de tensão 7812 não precisa de radiador de calor.