Se você tem problemas de recepção de sinais de TV porque eles chegam com pouca Intensidade à sua antena, ou ainda porque usa um cabo longo com forte atenuação até o televisor, a solução pode estar na montagem de um simples booster. O circuito proposto tem um bom ganho tanto na faixa de UHF como de VHF e usa componentes de baixo custo.
Se os sinais não chegam até sua antena então não há como recebê-los bem, pois se tentarmos alguma amplificação não haverá o que amplificar. No entanto, se algum sinal chega a sua antena e sua intensidade é maior do que a do ruído, podemos obter uma melhora da recepção amplificando este sinal.
Lembramos que o ruído é amplificado junto com o sinal, daí a necessidade de que o que chega a sua antena tenha no mínimo uma certa intensidade para cobrir o chuvisco, que também pode ser amplificada!
O circuito apresentado deve ser instalado junto à antena, como todo booster, e sua alimentação enviada pelo cabo, conforme sugere a fig. 1.
Com uma boa localização da antena e o ganho proporcionado pela configuração descrita você pode ter uma considerável melhora a recepção de TV em sua localidade.
Conforme os elementos do filtro de entrada podemos usar o booster tanto na faixa de UHF como de VHF e até mesmo na faixa de FM.
Características:
Faixa de operação: 50 a 800 MHz
Tensão de alimentação: 12 V
Corrente consumida: 10 mA (tip)
COMO FUNCIONA
A base do circuito é um transistor de alta frequência BF970, da Philips Components, que tem um ganho de 4,7 dB numa frequência de 800 MHz e é usado justamente em seletores de canais de UHF.
Os sinais provenientes da antena são aplicados à base deste transistor depois de passarem por um filtro passa-altas formado por C1, C2 e L1.
A bobina deste filtro pode ser alterada de modo a permitir maior ganho em VHF ou UHF. Com as características dadas no projeto temos o maior ganho na faixa de UHF.
Para VHF basta aumentar as espiras para 8 ou 9 e os capacitores para 12 pF ou 15 pF cada um.
O sinal amplificado é obtido no coletor do transistor e, via C3, é aplicado à linha de descida para o televisor. O mesmo cabo que conduz o sinal até o televisor também conduz a alimentação para o booster.
Esta alimentação vem de uma fonte comum estabilizada, mas com um sistema que permite separar o sinal amplificada do componente continua para a polarização dos elementos junto à antena.
No booster, a bobina L3 deixa passar a corrente de alimentação mas impede que o sinal se misture com ela. Da mesma forma, C3, deixa passar o sinal, mas impede que a corrente contínua chegue por esta via ao coletor do transistor.
D1 serve para evitar problemas com o circuito em caso de inversão da polaridade da alimentação.
MONTAGEM
Na figura 2 temos o diagrama do booster.
Na figura 3 temos a disposição dos componentes numa placa de circuito impresso. Observe que o transistor usado tem um invólucro SOT37, para a soldagem do lado cobreado da placa.
Os capacitores devem ser todos cerâmicos, e as bobinas têm as seguintes características:
L1 tem 4 espiras de fio 18 a 22 AWG em forma de 0,5 cm sem núcleo.
L2 tem 4 espiras de fio 18 a 22 AWG em forma de 0,5 cm sem núcleo.
L3 é enrolada com fio 26 ou 28 AWG num anel de ferrite de aproximadamente 0,5 cm, conforme mostra a figura 4.
Na entrada do circuito tanto podemos colocar conectores para cabo coaxial como para a linha paralela de 300 ohms.
Na figura 5 temos a fonte de alimentação.
A disposição dos componentes desta fonte numa pequena placa de circuito impresso é mostrada na figura 6.
O transformador pode ter secundário de 50 a 250 mA, e o circuito integrado não precisa de radiador de calor dado o baixo consumo do aparelho. O eletrolítico de 470 pF tem uma tensão de trabalho de 25 V, e o outro de 16 V.
O capacitor C3 é cerâmico e a bobina L1 consiste em, 10 espiras de fio de 18 a 24 AWG numa forma de 0,5 cm sem núcleo.
Tanto a fonte como o booster devem ser instalados em, caixas apropriadas.
Para o booster devemos usar uma caixa metálica a prova do tempo, já que o aparelho vai ficar junto à antena de TV.
Para a fonte uma caixa plástica, ficando junto ao televisor (ou receptor de FM).
Prova e Uso
Na figura 7 temos o modo de fazer a instalação do conjunto.
Observe com atenção a polaridade da alimentação que vai da fonte ao circuito do booster, o que pode ser conferido com ajuda de um multímetro.
Feita a conexão, é só ligar a fonte e verificar os resultados. Dependendo do canal ou canais em que se deseja fazer o reforço, pode ser tentada uma modificação, primeiramente em L1 e depois em L2, de modo a se obter maior rendimento.
Se a imagem for amplificada mas ao mesmo tempo houver também maior intensidade de chuviscos, só o booster não é a solução para o seu caso, devendo também ser usada uma antena de maior ganho.
Desligando a alimentação o booster fica inativo e os sinais deixam de chegar ao televisor. Na figura 8 temos uma opção em que um relé adicional comuta o sinal da antena quando o booster estiver desligado.
Semicondutores:
Q1 - BF970 - transistor de UHF
Resistores (1/8 W, 5%):
R1 - 100 k ohms
R2 - 1 k ohms:
R3 - 10 ohms
Capacitores:
C1, C2 - 4,7 pF - disco cerâmico ou plate
C3 - 3,9 pF - disco cerâmico ou plate
C4 - 1 nF - disco cerâmico
Diversos:
L1, L2, L3 - bobinas - ver texto
D1 - 1N4148 - diodo de silício
Placa de circuito impresso, caixa para montagem, conectores de antena, fios, solda etc.
Fonte de alimentação:
Semicondutores:
Cl1 - 7812 - circuito integrado regulador de tensão
D1, D2 - 1N4002 ou equivalentes - diodos de silício
LED1 - LED vermelho comum
Resistores:
R1 - 2.2 k ohms
Capacitores:
C1 - 470 uF - eletrolítico de 25 V
C2 - 10 uF - eletrolítico de 16 V
C3 - 100 nF - disco cerâmico
C4 - 1 nF - disco cerâmico ou plate
Diversos:
F1 - Fusível de 200 mA
S1 - interruptor simples
T1 - Transformador com primário de acordo com a rede local e secundário de 12+12 V com 50 mA ou mais
L1 - bobina - ver texto
Placa de circuito impresso, cabo de alimentação, caixa. para montagem, suporte para o fusível, conectores de antena, fios, solda etc.