Quem viajar pelo litoral notará que existem muitas antenas caídas ou semi-destruídas. Para explicar esse fato, partiremos da seguinte experiência:

Colocando água de torneira num copo e depois introduzindo nesse mesmo copo um pedaço de ferro e ao seu lado um pedaço de alumínio, como são metais diferentes, é gerada uma tem (força eletromotriz) que estará entre 300 mV e 1 V, dependendo da eletronegatividade ou atividade eletroquímica dos metais.

Em consequência circula uma corrente que, no caso da experiência feita num copo, e da ordem de 30 microampères. O polo negativo é a peça de alumínio e o positivo a de ferro. Isso significa que o alumínio se decompõe, liberando ions, causando então a destruição gradativa desta peça. (figura 1)

 


 

 

 

Aplicando esta explicação às antenas, temos o seguinte:

Nas antenas encontramos peças de alumínio pressas por parafusos de outros metais. Com a umidade, a corrosão eletrolítica se faz presente. Esta atividade chega ao ponto de gerar a destruição completa da peça com a produção de furos e depois a queda de partes.

Para evitar o problema basta não fazer as interligações com peças ou parafusos de metais diferentes. Qualquer ligação deve ser feita com acessórios (rebites, encostos, parafusos e porcas) de alumínio.

Já existe uma antena em que as ligações entre os tubos são feitos por encosto com o auxilio de parafusos de plástico. Porém, a ligação com o mastro ainda é feita com grampos de ferro.

Esta parte pode ser modificada como mostra a figura 2.

 


 

 

 

A longarina de alumínio é presa a uma peça de cano de plástico, com um “T” no meio. Colocando-se massa de Araldite e fazendo-se vários furos, consegue-se aderência entre estas partes e o “T” serve para fixar o astro que assim não tem contato com a longarina.

 

Publicado originalmente em 1987.