Descrevemos neste artigo mais uma configuração possível para efeito de som aplicado a instrumentos musicais. Este circuito é simples e utiliza apenas transistores como elementos ativos, podendo ser montado com facilidade a partir de componentes comuns de baixo custo.

Este circuito produz o efeito de trêmulo (som tremulado) em instrumentos que possuam captadores eletrônicos, mas também pode ser intercalado entre qualquer fonte de sinal e um amplificador.

Isso significa que ele pode ser usado com microfones e na edição de mídias diversas.

O circuito é alimentado por pilhas ou fonte e pode também ser acionado por um pedal.

 

Como Funciona

A idéia básica do trêmulo é a modulação de um sinal de áudio, ou seja, variar a intensidade desse sinal por uma baixa frequência.

Com isso, o sinal passa a tremular comum efeito bastante interessante usado com violões e guitarras, além de outras finalidades.

No nosso caso, utilizamos um multivibrador astável para gerar este sinal, aplicando-o a um capacitor de modo que sua forma de onda retangular seja suavizada, conforme mostra a figura 1.

 

   Figura 1 – Forma de onda suavizada do circuito
Figura 1 – Forma de onda suavizada do circuito

 

Assim, no circuito principal, Q1 e Q2 formam o multivibrador e o conjunto formado por Q3 e Q4 suavizam o sinal, aplicando-o a uma lâmpada incandescente.

Esta lâmpada forma um acoplador óptico simplificado, cuja finalidade é controlar o sinal do instrumento musical através de um LDR.

Assim, quando a lâmpada aumenta e diminui de brilho rapidamente, atuando sobre LDR, este componente muda de resistência deixando passar mais ou menos sinal.

A vantagem desta operação passiva é que ruídos não são introduzidos no circuito.

 

Montagem

Na figura 2 temos o diagrama completo do efeito de som.

 

   Figura 2 – Diagrama do trêmulo
Figura 2 – Diagrama do trêmulo

 

 

Para a montagem, pode ser utilizada a placa de circuito impresso da figura 3.

 

   Figura 3 – Placa de circuito impresso para a montagem
Figura 3 – Placa de circuito impresso para a montagem

 

 

Na montagem, observe a posição dos transistores e a polaridade dos capacitores eletrolíticos.

Os resistores podem ser de 1/8 W com qualquer tolerância e os capacitores eletrolíticos têm uma tensão de trabalho de 6 V ou mais.

O LDR é redondo comum e a lâmpada de 6 V x 50 mA devem ser montados num tubinho conforme mostra a figura 4.

 

   Figura 4 – Montagem do acoplador
Figura 4 – Montagem do acoplador

 

 

Para ajustar e usar ligue J1 ao captador do instrumento e J2, através de cabo à entrada do amplificador.

Ajuste P1 para obter o efeito desejado.

Para instrumentos com captadores de baixa impedância (magnético) pode ser necessário utilizar um pré-amplificador.

 

 

Q1, Q2, Q3 – BC548 – transistores NPN de uso geral

Q4 – BD137 ou BD139 – transistor NPN de media potência

L1 – 6 V x 50 mA – lâmpada incandescente

LDR – LDR redondo comum de 1 cm ou menor

P1- 220 k ohms – potenciômetro (ou 470 k)

S1 – Interruptor simples

S2 - interruptor simples ou de pressão

S3 – Chave de 1 pólo x 2 posições

B1 – 4 pilhas pequenas ou médias, ou fonte de 6 V

R1, R4, R5, R6 – 10 k ohms – resistores – marrom, preto, laranja

R2 – 47 k ohms – resistor - amarelo, violeta, laranja

R3 – 100 k ohms – resistor – marrom, preto, laranja

C1, C2 – 2,2 uF – capacitores eletrolíticos

C3 – 10 uF – capacitor eletrolítico

C4 – 4,7 uF – capacitor eletrolítico

J1, J2- jaques de entrada e saída

 

Diversos:

Placa de circuito impresso, suporte de pilhas, caixa para montagem, fios, solda, etc.