A corrente de repouso deste alarme é da ordem de microampères o que permite sua utilização com alimentação por pilhas que durarão uma eternidade. O circuito é muito simples de montar, instalar e utiliza componentes de baixo custo.
O alarme simples que descrevemos tem uma característica que pode ser muito importante em determinadas aplicações: consumo muito baixo.
A baixa corrente de espera (sem disparar) permite que pilhas sejam utilizadas na alimentação, ou mesmo uma fonte de pequena capacidade de corrente.
O retardo é um ponto importante a ser considerado em alguns casos, pois ele impede a ação imediata do alarme fazendo com que o intruso tente desativar o circuito.
Se o alarme disparar quando o intruso estiver longe do sensor, psicologicamente ele não terá condições de voltar e desarmá-lo, pensando unicamente em escapar do local.
O retardo no nosso circuito pode ser fixado entre alguns segundos até alguns minutos, dependendo exclusivamente do valor de um capacitor.
O relé usado pode controlar sirenes e dispositivos de aviso de altas correntes.
Como Funciona
Para o acionamento do relé temos dois transistores ligados numa etapa Darlington de alto ganho.
A impedância de entrada desta etapa é muito alta, da ordem de milhões de Ω, o que significa a necessidade de uma corrente muito pequena de base para acionar um relé no seu coletor.
Assim, conforme mostra a figura 1, o que fazemos é desviar a corrente de base muito pequena para a terra através dos sensores ligados nos pontos A e B, o que impede o disparo do relé.
Quando o sensor entre A e B é interrompido a corrente polariza a base do transistor Q1, mas demora um certo tempo para atingir a plena condução, dada a presença do capacitor de retardo.
Valores entre 10 µF e 470 µF podem ser utilizados para o capacitor de retardo.
Como a corrente no sensor é muito baixa, podem ser usados fios muito finos na sua ligação, o que facilita sua ocultação.
Diversos sensores podem ser ligados em série e a distância grandes um do outro, protegendo assim uma grande área, conforme mostra a figura 2.
Existem diversas possibilidades para a utilização de sensores.
A mais simples consiste em se utilizar preguinhos pequenos colocados em portas e janelas conforme mostra a figura 3.
Quando o fio for interrompido, pela abertura da janela ou porta, o alarme dispara.
A outra solução consiste em se utilizar sensores tipo reed que são mantidos fechados pela ação de um imã, conforme mostra a figura 4.
A vantagem desses sensores é que eles podem ser adquiridos prontos e têm uma aparência melhor quando instalados.
Quando o imã se afastar do sensor, ele abre seus contatos, disparando o alarme.
Montagem
O diagrama completo do alarme é mostrado na figura 5.
Temos duas possibilidades de montagem que dependem dos recursos do montador.
Para os que desejam uma aparência melhor e maior confiabilidade temos a placa de circuito impresso mostrada na figura 6.
Esta placa prevê o uso de relés com base DIL. Se forem usados relés de outras bases o desenho deve ser alterado.
O relé deve ser de 6 V com corrente de disparo máxima d 100 mA.
Para uma montagem em ponte de terminais temos a disposição de componentes da figura 7.
Uso
Na figura 8 temos o modo de se fazer a ligação de uma carga para teste.
Interligue os pontos A e B do alarme e alimente o circuito.
Desconectando os pontos A e B depois de algum tempo, que depende do capacitor, o alarme deve disparar.
Na figura 9 temos o modo de se fazer a instalação de uma cigarra e uma lâmpada.
Q1, Q2 – BC548 – transistores NPN de uso geral
D1 – 1N4148 – diodo de silício
S1 – Interruptor simples
B1 – 6 V – 4 pilhas pequenas
K1 – Relé de 6 V x 100 mA ou menos
C1 – 10 µF a 470 µF x 6 V ou mais – eletrolítico
C2 – 220 µF x 12 V ou mais – eletrolítico
R1 – 220 k Ω x 1/8 W – resistor – vermelho, vermelho, amarelo
R2 – 47 k Ω x 1/8 W – resistor – amarelo, violeta, laranja
R3 – 100 Ω x 1/8 W – resistor – marrom, preto, marrom
Diversos:
Placa de circuito impresso ou ponte de terminais, suporte de pilhas, sensores, fios, solda, etc.