Um circuito simples de detector super-regenerativo possibilita a recepção de sinais de 50 a 150 MHz com boa sensibilidade. Poderemos captar canais baixos de TV, FM, comunicações de aviões e serviços públicos com facilidade.
O receptor apresentado se caracteriza pela sua simplicidade e não necessidade de ajustes ou componentes especiais.
Com uma pequena antena telescópica poderemos captar estações que, dependendo das condições locais, podem estar a mais de 100 km de distância, como o caso de aeronaves em vôo.
O circuito é alimentado por pilhas e tem a reprodução dos sons num pequeno alto-falante.
Pela simplicidade, o circuito apresenta algumas limitações como a baixa seletividade (capacidade de captar estações próximas) e a instabilidade que impede que antenas longas sejam usadas.
Como Funciona
O circuito tem por base uma etapa super-regenerativa que é um circuito que oscila na frequência que deve captar.
Sua oscilação é sincronizada pelos sinais a serem captados de modo a se obter uma enorme amplificação.
No nosso circuito L1 e CV determinam a frequência do sinal a ser captado que é então detectado, aparecendo em R4 o sinal de áudio a ser amplificado.
A bobina determina a faixa de frequências que então é ajustada no capacitor CV.
O sinal de áudio recebe uma pré-amplificação no transistor Q2 para depois ser aplicado a um circuito integrado amplificador de áudio.
No projeto original utilizamos um circuito integrado TODA 7052, mas podem ser usados outros, inclusive o sinal retirado do curtos de P1 pode ser aplicado à entrada de um amplificador externo.
Montagem
Na figura 1 temos o diagrama completo do receptor de VHF.
O choque de RF XRF é um componente de construção caseira, sendo fabricado enrolando-se umas 50 a 60 voltas de fio esmaltado fino num palito ou resistor de 1M, conforme mostra a figura 2.
Também existe a opção de encontrar este componente pronto, podendo ser usado um choque de 47 µH a 100 µH.
Uma versão puramente experimental pode ser elaborada com base numa ponte de terminais, se bem que deve-se tomar muito cuidado para manter os terminais dos componentes bem curtos.
Esta versão não inclui o amplificador que deve ser montado em placa de circuito impresso ou ainda ser externo.
Esta versão em ponte de terminais é mostrada na figura 3.
Para a montagem em placa de circuito impresso, utilizamos duas placas, sendo uma para o receptor e a outra para o amplificador, ambas mostradas na figura 4.
Os capacitores devem ser cerâmicos quando de valores baixos e os maiores são eletrolíticos para 6 V ou mais.
Os resistores podem ser de 1/8 W e em lugar do trimmer CV podemos usar um capacitor variável obtido de um velho rádio de FM.
A bobina tem suas espiras determinadas pela faixa de frequência que se pretende captar, conforme mostra a figura 5.
A antena pode ser um pedaço de fio rígido de 40 a 80 cm ou ainda uma antena telescópica obtida de um radio FM fora de uso.
Prova e Uso
Será interessante fazer os testes iniciais com a bobina para a faixa de FM onde existem mais estações e elas são mais potentes.
Ajuste CV para captar uma estação, mantendo a antena sempre em posição vertical.
Depois, se desejar coloque bobinas para outras faixas, lembrando que em muitos casos, como na faixa aeronáutica, as comunicações são esparsas e curtas, exigindo paciência para se encontrar suas frequências.
Q1 –BF494 – transistor NPN de RF
Q2 – BC548 – transistor NPN de uso geral
CI-1 – TDA7052 – circuito integrado
XRF – choque de RF – ver texto
S1 – Interruptor simples
B1 – 6 V – 4 pilhas pequena
CV – trimmer ou capacitor variável de rádio FM
L1 – Bobina – ver texto
P1 – 10 k Ω – potenciômetro
FTE – 4 ou 8 Ω – alto-falante de 5 a 10 cm
R1 – 47 k Ω – resistor – amarelo, violeta, laranja
R2, R8 – 100 k Ω – resistor – marrom, preto, amarelo
R3 – 2,2 k Ω – resistor – vermelho, vermelho, vermelho
R4 – 3,3 k Ω – resistor – laranja, laranja, vermelho
R4 – 1,5 M Ω – resistor – marrom, verde, verde
R5 – 10 k Ω x 1/8 W – resistor – marrom, preto, laranja
R7 – 330 Ω – laranja, laranja, marrom
C1 – 22 µF – eletrolítico
C2 – 4,7 nF – capacitor cerâmico
C3 – 1 nF – capacitor cerâmico
C4 – 1 a 10 pF – conforme a faixa
C5 – 33 nF – cerâmico ou poliéster
C6 – 100 nF – capacitor cerâmico
C7 – 10 µF – eletrolítico
C8 – 100 µF – eletrolítico
Diversos:
Ponte de terminais ou placa de circuito impresso, suporte de pilhas, caixa para montagem, fios, solda, etc.