Descrevemos um interessante efeito de luz para vitrines, stands ou salões de festas que combina as luzes estroboscópicas com luzes rítmicas. Se bem que efeito seja indicado para lâmpadas incandescentes apenas, que estão saindo de uso, trata-se de montagem experimental ou decorativa interessante.
O circuito apresentado utiliza componentes comuns, alimentando dois conjuntos de lâmpadas incandescentes que piscarão de modo alternado, variando a frequência conforme o sinal de entrada de áudio obtido de um amplificador.
O circuito só funciona com lâmpadas incandescentes de 5 a 60 W, mas é muito interessante pelos efeitos decorativos.
O sinal de áudio do amplificador para excitá-lo é bastante pequeno, de modo que ele não afeta a potência do sistema.
Como Funciona
Para fazer com que dois conjuntos de lâmpadas pisquem alternadamente usamos a conhecida configuração do multivibrador astável com dois transistores.
A frequência básica deste oscilador é determinada pelos capacitores C2 e C4, que podem ter seus valores escolhidos conforme o efeito desejado.
Esta frequência, também depende de R4 e R5 e do ajuste do potenciômetro P1.
Este potência acrescenta a polarização do multivibrador o sinal de áudio obtido de um sistema de som através do transformador T2.
Assim, o sinal de áudio modula o multivibrador alterando sua frequência e com isso agregando ao circuito o efeito rítmico.
Os sinais do multivibrador são aplicados a dois SCRs que então controlam dois sistemas de lâmpadas incandescentes ligados em duas tomadas.
A alimentação para o setor de baixa frequência vem de uma fonte simples com um transformador de 6+6 V, não necessitando de regulagem.
Montagem
Na figura 1 temos o diagrama completo do aparelho.
A montagem pode ser feita em placa de circuito impresso comum, do tipo universal ou em matriz de contatos.
Na figura 2 temos o padrão para a montagem numa placa universal ou matriz de contatos.
Os SCRs devem ser dotados de dissipadores calor com sufixo B ou D para a rede de 110 V e sufixo D para a rede de 220 V.
O transformador T1 tem secundário de 6 + 6 V com 200 a 500 mA de corrente.
T2 pode ser qualquer pequeno transformador de fonte pequeno com 6 a 12 V de secundário com corrente de 100 a 300 mA e 110 ou 220 V de primário.
Usaremos este transformador ligando o enrolamento de alta tensão ao potenciômetro.
Rx depende do amplificador conforme a seguinte tabela:
Tabela
Os demais componentes são comuns com resistores de 1/8 W e capacitores menores cerâmicos ou de poliéster.
Na figura 3 temos uma sugestão de caixa para montagem com tomadas comuns usadas para ligar as lâmpadas.
O modo de conexão do aparelho ao amplificador é mostrado na figura 4.
Para as lâmpadas podemos ligar diversas delas em paralelo, conforme mostra a figura 5.
Prova e uso
Para testar, basta ligar o aparelho na saída de um amplificado e colocá-lo para reproduzir algum programa à médio volume.
Ligando o aparelho os LEDs devem piscar alternadamente, juntamente com as lâmpadas.
Ajuste então P1 para que as piscadas passem a variar acompanhando a música.
Q1, Q2 – BC548 – transistores NPN de uso geral
SCR1, SCR2 – TIC106B ou D – ver texto
D1 a D4 – 1N4002 – diodos de silício
T1 – Transformador de 6 + 6 V com 200 mA a 500 mA
T2 – Transformador – ver texto
LED1, LED2 – LEDs vermelhos comuns
P1- 10 k Ω - potenciômetro
S1 – interruptor simples
Rx – ver tabela
R1. R2. R4, R5, R7, R8 – 10k Ω – resistor – marrom, preto, laranja
R3, R4 – 470 Ω – resistores – amarelo, violeta, marrom
C1 – 470 µF – eletrolítico
C2, C4 – 470 nF – capacitores cerâmicos ou poliéster
C3 – 100 nF – capacitor cerâmico ou poliéster
F1 – fusível de 5 A
Diversos:
Placa de circuito impresso, caixa para montagem, soquete para fusível, tomadas, cabo de força, fios, solda, etc.