Circuitos que geram sinais de áudio podem ser utilizados para produzir os mais estranhos tipos de som. Um deles é o som de uma boa gargalhada ou risada que até pode lembrar uma bruxa. O circuito simples que descrevemos gera justamente este tipo de som.
Existem alguns tipos de sons, que pela forma de onda mais simples e timbre, podem ser produzidos com certa facilidade por circuitos que usam poucos componentes.
É o caso do circuito que apresentamos aqui e que, usando dois osciladores apenas, imita o som de uma boa risada.
O circuito pode ser usado em brincadeiras, como efeitos em peças teatrais e muito mais.
Alimentado por pilhas ou bateria ele pode ser instalado em brinquedos e até acionado por controle remoto.
Os componentes usados são comuns, exceto o transistor unijunção que é um componente que está caindo em desuso, mas que ainda pode ser encontrado em muitas casas de componentes.
Como Funciona
Para gerar um som modulado, semelhante ao de uma risada, precisamos de dois circuitos osciladores de baixa frequência.
Combinando os sinais e aplicando-os a um alto-falante teremos a reprodução do som desejado.
Na figura 1 temos a forma de onda aproximada que corresponde a uma risada.
O som, neste caso, varia tanto de frequência como de intensidade, o que lhe dá as características que o diferencia de qualquer outro som.
Nossa ideia é então utilizar um primeiro oscilador que tem por base um transistor unijunção e que é responsável pela modulação, ou seja, pelas variações da intensidade.
Este oscilador não funciona continuamente, mas é disparado.
Quando pressionamos o botão de partida e soltamos, o oscilador começa oscilando produzindo um trem de pulsos que vai reduzindo a intensidade até parar, conforme mostra a figura 2.
Este oscilador controla através do transistor Q2 um segundo oscilador que produz o tom de áudio correspondente à risada.
Com os valores dos componentes utilizados temos um som bastante próximo da risada, mas eles podem ser alterados principalmente se for necessário compensar as tolerâncias de valores.
O único ajuste é o da velocidade da risada feito no trimpot.
A alimentação recomendada é de 12 V, mas em alguns casos o circuito funcionará bem com 9 V, possibilitando o uso de uma pequena bateria.
No entanto, dado o consumo, a durabilidade desta bateria não será das maiores.
Montagem
Na figura 3 temos o diagrama completo da risada.
A técnica ideal de montagem é a que faz uso de placa de circuito impresso, mas o circuito pode ser também montado em matriz de contatos ou mesmo numa ponte de terminais.
Na figura 4 temos disposição dos componentes na ponte de terminais.
Na montagem, observe as posições dos transistores e a polaridade dos capacitores eletrolíticos e LED.
Na figura 5 temos as formas de onda no circuito, as quais podem ser observadas com um osciloscópio.
O fusível é recomendado apenas no caso do circuito ser utilizado no carro, podendo ser eliminado se for usada uma pequena fonte ou bateria.
Prova e Uso
Aperte e solte S1 para que o circuito emita o som de uma risada.
Faça os ajustes desejados em P1.
Para alimentação com 9 V o transistor Q2 pode ser o BD136 e não precisará de dissipador de calor.
Q1 – 2N2646 – transistor unijunção
Q2, Q3 – BC548 – transistores NPN de uso geral
Q4 – TIP42 – ver texto
LED 1- LED de qualquer cor
F1 – 5 A- fusível - Ver texto
S1 – Interruptor de pressão NA
S2 – Interruptor simples
FTE – 4 ou 8 Ω x 10 cm – alto-falante
P1 – 22 k – trimpot
R1 – 47 Ω x 1/8 W – resistor – amarelo, violeta, preto
R2, R3 – 10 k Ω x 1/8 W – resistores – marrom, preto, laranja
R4 – 27 k Ω x 1/8 W – resistor – vermelho, violeta, laranja
R5 – 1 k Ω x 1/8 W – resistor – marrom, preto, vermelho
R6 – 2k2 Ω x 1/8 W – resistor – vermelho, vermelho, vermelho
C1 – 220 µF x 16 V – eletrolítico
C2 – 22 nF – poliéster ou cerâmico
C3 – 22 µF x 16 V – eletrolítico
C4 – 10 µF x 16 V – eletrolítico
Diversos:
Placa de circuito impresso ou ponte de terminais, caixa para montagem, fios, solda, etc.