Para instrumentos musicais. Existe um conceito popular de que as fontes lineares são obsoletas e tendem a desaparecer. Isto não é verdade. Se observarmos as fontes para instrumentos musicais, principalmente as
que fazem tratamentos de sinais de baixo nível de entrada como os pré-amplificadores de instrumentos musicais, pedais de guitarras, mesas de som e outros, são quase todos lineares com transformadores externos como fontes e unidades de retificação, filtragem e regulagem internos.
Yoji Konda é Proprietário da Keletron (http://www.yojikonda.com/)
Fato curioso é de um dos maiores fabricantes de mesa de som (MIXER) da Alemanha, fabricou fontes para seus mixers do tipo chaveado e lineares. Os chaveados são os mais antigos e os lineares, os atuais.
Os técnicos e músicos mais exigentes preferem as fontes lineares que geram menos ruídos.
Radiocomunicações
A maioria dos equipamentos de radiocomunicações estão na faixa de VHF/UHF, fora das interferência das fontes chaveadas.
Os sistemas VHF/UHF tem um alcance limitado de aprox. 30km. Para distâncias maiores, sem utilizar repetidoras, a transmissão em OC ainda é a solução.
A Mission des Nations Unies pour la Estabilization em Haiti (MINUSTAH) adquiriu vários de nossos conversores de 13,8V x 25 A para suprir sua tropas, pois somos ainda um do poucos fabricantes de fontes profissionais lineares para radiocomunicações.
Essas fontes podem trabalhar com transceptores de todas as bandas de frequência sem gerarem ruídos de chaveamentos.
São menos sensíveis à danos provocados por surtos atmosféricos do que as chaveadas.
Caso ocorra danos com os lineares, basta substituir os transistores de saída, representado apenas 5% dos custos da fonte, enquanto que, com as chaveadas, na maioria das vezes, é necessário substituir a placa da fonte, representando 90% dos custos.
Também as empresas de navegação por cabotagem preferem as fontes lineares pelo mesmo motivo.
Fonte linear estabilizada 12V x 1 A
Fonte linear estabilizada com regulador LDO – Low Drop Out - (Baixa queda de tensão interna)
A primeira vista parece a clássica e velha fonte estabilizada de 30 anos atrás, utilizando os reguladores 7812
Mas esta é uma fonte de última geração.
Diodos retificadores: µF4007 ao invés do tradicional 1N4007. Este diodo é do tipo Ultra Rápido (Ultra Fast)
Normalmente não são detectados os ruídos dos diodos 1N4007, mas em circuitos críticos onde se exige o menor nível de ruído, esses diodos geram um pequeno ruído devido ao alto tempo de recuperação (TRR).
Os diodos µF4007 tem um tempo de recuperação bem menor e não são detectados esses ruídos na prática.
Regulador: LM2940-12 – Regulador linear Low Drop Out - LDO (Regulador de baixa queda de tensão interno). Com transistores CMOS.
Antes, os transistores CMOS eram usadas na configuração ligado, desligado (On, Off) como se fossem um interruptor.
Não eram práticos para operarem na curva linear. Com novos desenvolvimentos agora podem.
A principal vantagem em relação aos reguladores 7812, está na reduzida queda de tensão interna de 0,6 a 1 V contra 3 volts do 7812.
Os fabricantes deste regulador recomendam que podem ser usados para regular até mesmo tensão de bateria de 12,6V x 13,8V para 12V, mas essa recomendação é apenas para entrada de tensão firme e sem ondulações como são as baterias automotivas.
A vantagem do LM2940 é a baixa dissipação de calor, muitas vezes dispensando dissipadores externos.
Ligando na entrada do regulador, um transformador, retificador e capacitor, o circuito é denominado retificação com entrada capacitiva e a tensão irá flutuar mais de 40% da tensão a vazio e sob plena carga e apresentará muitas ondulações, pois a corrente original é alternada.
A retificação com entrada capacitiva tem ondulações devido a picos de corrente no diodo e pelo fato da potência só ser aproveitada na parte central da senóide.
A corrente de pico nos diodos são 3 vezes maiores que a corrente nominal.
Muitos equipamentos podem funcionar, sem que seja percebidos esses problemas.
Mas quando a exigência é de uma fonte com o menor nível de ruído possível, o regulador deve trabalhar em uma curva bem abaixo das ondulações.
Costumo dizer didaticamente, que trabalhar com o nível de tensão abaixo do topo é como um submarino que navega tranquilamente bem abaixo das ondulações do mar revolto.