Boi Eletrônico (ART2525)

Boi ou vaca? Se o leitor conseguir fazer alguma distinção entre o mugido dos dois, então pode dar o nome certo, senão, siga o título. O aparelho que propomos dá um mugido semelhante ao de um boi, com uma duração que depende do tempo de pressão do interruptor S1.

O som sai com bom volume num alto-falante, mas nada impede que seja usado um amplificador externo de maior potência.

São usados dois transistores complementares e a alimentação pode ser feita tanto com tensão de 3 V, como de 6 V, o que corresponde a duas ou quatro pilhas pequenas comuns.

A montagem é muito simples, podendo ser feita em ponte de terminais ou placa de circuito impresso.

FUNCIONAMENTO

O que temos é um simples oscilador que utiliza dois transistores complementares, isto é, um NPN e outro PNP, que formam uma etapa amplificadora.

O sinal de realimentação retirado do alto-falante é levado de volta à entrada do circuito por R2 e C2 que determinam o timbre do som obtido e sua frequência.

Para o som grave do mugido de um boi utilizamos um capacitor de 1,uF, mas valores próximos, como 470 nF ou 560 nF, podem ser usados com modificações no ajuste de P1.

Este trimpot P1 justamente faz o controle do ponto de funcionamento do oscilador.

O efeito de mugido é obtido por um resistor e um capacitor adicionais, que são R1 e C1. Quando o interruptor é pressionado, C1 se carrega via R1, ocorrendo então a subida de frequência do oscilador que depois diminui quando S1 é solto.

O valor de C1 determina então a duração do mugido, podendo ser alterado à vontade pelo experimentador.

Um ponto crítico deste circuito é o alto-falante, que deve ser obrigatoriamente de 8 Ω x 10 cm, metálico ou pesado. A estrutura mecânica deste alto-falante determina o timbre das oscilações para que estas imitem o mugido.

Com outros tipos de alto-falantes, as experiências mostram que o som obtido não corresponde ao desejado.

MONTAGEM

Na figura 1 temos o circuito completo do boi.

Figura 1 – Diagrama do boi eletrônico

Na figura 2 temos a versão mais simples que é em ponte de terminais.

Figura 2 – Montagem em ponte de terminais

Na figura 3 temos a versão em placa de circuito impresso.

Figura 3 – Placa para a montagem

São os seguintes os cuidados que devem ser tomados durante a montagem para um funcionamento perfeito:

a) Cuidado para não trocar os transistores Q1 e Q2. Eles são de tipos diferentes e sua posição é dada pelo lado achatado de seu invólucro. Solde-os rapidamente para que o calor não os danifique.

b) Quando soldar C1, observe sua polaridade que é marcada no próprio invólucro. Cuidado para não invertê-lo.

c) Na soldagem de C2 seja rápido para que o calor não o danifique.

d) Os resistores têm seus valores dados pelas faixas coloridas. Veja a lista de materiais se tiver dúvidas.

e) Ao soldar o trimpot, abra ligeiramente os seus terminais, se sua montagem for em ponte, para que se ajustem ao ponto de conexão. Na versão em placa será preciso alargar os furos para que os terminais se encaixem.

f) Complete a montagem com a ligação de S1, do alto-falante e do suporte de pilhas. Para este último será preciso observar sua polaridade.

Terminada a montagem, passe à prova de funcionamento.

PROVA E USO

Coloque as pilhas no suporte e, se tudo estiver em ordem, acione S2 (este interruptor é optativo, já que na posição de S1 solto o consumo de energia é mínimo e, quando fora de uso, se pode retirar as pilhas do suporte).

O alto-falante deve estar sobre uma mesa com a boca para baixo, de modo que haja uma resistência à movimentação do cone, o que ajudará a obter a ressonância própria para o som desejado.

Pressionando-se S1 e soltando-se este, ajuste P1 para obter os mugidos do boi.

Se houver tendência a oscilações diferentes, procure modificar a posição do alto--falante inicialmente.

Se o som tiver timbre diferente do esperado, o leitor pode ' compensar isto pela alteração de valor de C1 e C2.

As pequenas diferenças que ocorrem são devidas às características e tolerâncias dos componentes, principalmente do alto falante.