Este é um projeto para ser agregado a diversos outros que descrevemos neste site, possibilitando o controle temporizado de diversos tipos de cargas. A temporização pode variar entre alguns segundos até mais de 15 minutos e podemos dar diversos exemplos de aplicação.
Acoplado a uma campainha ele pode manter a luz do local acesa por um determinado tempo, não deixando as “visitas” no escuro.
Acoplado a um sistema de sensores ele pode manter uma luz de aviso ativada ou ainda um sistema de ventilação. Por exemplo, ligado a um detector de fumaça ele pode, ao mesmo tempo que dispara um alarme, manter um sistema de exaustão ligado.
Acoplado a uma fechadura elétrica ele será disparado quando ela for aberta e ao mesmo tempo manterá a iluminação do local ativada por um tempo determinado.
A alimentação do circuito é feita pela rede de energia e o relé usado pode controlar cargas de até 10 ampères.
Na verdade, a mesma fonte do módulo pode ser usada para comandar até 3 outros iguais, estendendo assim a utilidade do aparelho.
A temporização é ajustada em função da aplicação, de uma maneira simples: através de um trimpot.
Na figura 1 temos o diagrama completo do módulo. O transformador poderá ser trocado por um de 12V caso o montador deseje usar relé de 12V.
O disparo pode ser feito tanto por circuitos lógicos, com um nível baixo na entrada AB como por meio de relé, reed-switch ou ainda sensores resistivos ligados entre estes pontos. Para sensores resistivos, o ajuste de sensibilidade é feito trocando-se o resistor de 47K Ω em série por um potenciômetro ou trimpot de 1 M Ω em série com um resistor de 2,7K Ω, isso para sensores com resistências entre 10K Ω e 100K Ω no ponto de disparo.
Características:
_ Tensão de alimentação: 110/220 VCA
_ Consumo em repouso: menos que 5W
_ Corrente máxima controlada: 10 A
_ Tipo de disparo: nível baixo ou aterramento de AB
_ Temporização: 5 segundos a 15 minutos
COMO FUNCIONA
A base do projeto é um circuito integrado do tipo 555 que funciona como um temporizador monoestável, onde o tempo em que sua saída permanece no nível alto ou ativada (pino 3) depende do ajuste de P1 e do valor de C1.
Para disparar este temporizador é preciso aterrar por um instante o pino 3, o que pode ser feito curto-circuitando-se ou diminuindo-se a resistência entre os terminais A e B. nestes terminais podemos então ligar os contatos de relés, chaves ou então sensores.
O resistor R1 de 47K Ω do pino 2 determina a polarização do integrado evitando assim o seu disparo errático.
A saída do circuito integrado 555 é ligada à base de um transistor que tem por carga a bobina do relé.
A alimentação do circuito é feita por um pequeno transformador de 6 V. Os 6 V alternados deste transformador são retificados e filtrados antes de servirem de alimentação para o circuito.
O transformador é importante pois garante um bom isolamento do módulo em relação à rede de energia, o que torna sua utilização segura com qualquer tipo de interface ou dispositivo que vai ser controlado.
Uma aplicação direta do módulo é como alarme, que será disparado no momento em que um interruptor ligado entre A e B for fechado.
MONTAGEM
A disposição dos componentes numa placa de circuito impresso, com os componentes externos também indicados, é mostrada na figura 2.
Será interessante usar um soquete para o circuito integrado, e o transformador deve ter enrolamento primário conforme a tensão da rede de energia local.
A corrente de secundário desse transformador não é crítica, podendo ficar na faixa de 200 a 500 mA, sem problemas.
Os resistores são de 1/8W e para alimentação de 6V os capacitores eletrolíticos devem ter uma tensão de trabalho de pelo menos 12V.
P1 é um potenciômetro comum ou trimpot e os diodos admitem equivalentes, assim como o relé.
Relés menores podem ser usados, desde que sejam respeitados os limites de corrente de seus contatos.
O transistor também admite equivalentes, já que praticamente qualquer tipo NPN de uso geral pode ser usado neste aparelho.
PROVA E USO
Para provar o aparelho devemos ligá-lo à rede de energia e na tomada X1 uma carga qualquer, como por exemplo, uma lâmpada comum. Ajustamos inicialmente P1 para o tempo mínimo, ou seja, colocamos este componente na sua posição de mínima resistência.
Ligando por meio de um fio, momentaneamente, o ponto A ao ponto B, o relé deve fechar seus contatos acionando a carga externa, por um tempo de alguns segundos. Ajuste depois P1 para um tempo um pouco maior e repita a operação de disparo para verificar o funcionamento.
Comprovado o funcionamento é só usar o aparelho. Entre A e B ligamos o dispositivo de acionamento e na tomada X1 o dispositivo que deve ser controlado.