A lâmpada de série é um recurso de grande utilidade para a bancada, servindo para a busca de defeitos em eletrodomésticos e eletrônicos que sejam alimentados pela rede de energia, além de componentes como fusíveis, motores, lâmpadas, solenóides, reatores, transformadores, etc. Veja neste artigo como montar uma para sua bancada.
A lâmpada de série verifica a continuidade dos aparelhos ou dispositivos em prova e ainda impede que ocorram "estouros" se eles estiverem em curto, no momento em que forem ligados diretamente na rede de energia, sem proteção alguma. A lâmpada de série que descrevemos é mais sofisticada pois não usa apenas uma lâmpada comum e duas pontas de prova como as versões simples. Nossa versão tem duas lâmpadas para testes em condições de testes com potências diferentes e, além disso, existe um diodo que permite realizar testes de corrente pulsante contínua em componentes polarizados como diodos e capacitores de alta tensão. O circuito poderá ser alimentado tanto pela rede de 110 V como 220 V dependendo apenas das lâmpadas utilizadas. Como se trata de aparelho que vai ser ligado diretamente na rede de energia o montador deve tomar o máximo de cuidado com o manuseio dos componentes e na montagem, isolando pontos vivos e, muito mais cuidado ainda, evitando tocar em locais que possam causar choques. Na figura 1 temos o diagrama completo da lâmpada de série.
Figura 1 – Diagrama da lâmpada de série. Só utilize lâmpadas incandescentes.
Na figura 2 temos a disposição dos componentes da montagem que não necessita de placa de circuito impresso.
Figura 2 – Montagem, da lâmpada de série utilizando pontas de prova. PP1 e PP2 podem ser substituídos por uma tomada.
Sugerimos que todos os elementos sejam fixados numa caixa de madeira ou plástico. Para as lâmpadas, que devem ser incandescentes comuns, usamos soquetes. X1 é uma lâmpada comum de 5 a 20 watts enquanto que X2 deve ser de 40 a 60 watts, com tensão de acordo com a rede de energia local. S1 e S2 são interruptores simples. O diodo D1 deve ser do tipo 1N4004 se a rede for de 110 V e 1N4007 se a rede for de 220 V. Na utilização normal como lâmpada de série mantemos S1 fechada e, se vamos provar dispositivos de baixo consumo como, por exemplo, pequenos transformadores e solenóides, deixamos S2 aberta. Se a lâmpada menor acender com máximo brilho nesta prova, fechamos S2 e se X2 também acender com máxima intensidade, é sinal que o dispositivo em prova pode estar em curto. Se o brilho for reduzido, ou abaixo do normal, o aparelho está em boas condições em termos de consumo (não há curto). Se a lâmpada não acender (X1 ou X2 apagadas) nas provas indicadas teremos um dispositivo aberto. Para testes com corrente contínua pulsante, basta abrir a chave S1. Este teste se aplica, por exemplo, em capacitores eletrolíticos de alta tensão que devem se carregar. A lâmpada deve dar uma "leve piscada" e depois permanecer apagada. Se permanecer acesa é sinal que o capacitor está em curto. Observe que PP1 é a ponta de prova positiva e PP2 é a ponta de prova negativa. Diodos retificadores de alta tensão como os 1N4004 ou 1N4007 podem ser testados com S1 aberta.
LISTA DE MATERIAL
D1 - 1N4004 (110 V) ou 1N4007 (220 V) - diodo de silício
S1, S2 - Interruptores simples
PP1, PP2 - Pontas de prova - vermelha e preta
X1 - 5 a 20 W - lâmpada comum
X2 - 40 a 60 W - lâmpada comum
Diversos:
Cabo de força, soquetes com parafusos de fixação para as lâmpadas, caixa para montagem, fios, solda, etc.