Quando descrevemos projetos descrevendo a montagem de luzes estroboscópicas pala uso em salões de festas e decoração alertamos para o perigo de seu uso na presença de pessoas que sofram de ataques epilépticos. Não entramos em pormenores na ocasião, apenas alertamos que elas podem causar uma crise. Vamos falar um pouco mais disso nesse nosso artigo.
Existe uma forma de epilepsia denominada “epilepsia fotossensível” que faz parte de uma gama de doenças associadas a percepção externa através de órgãos sensoriais como sons, luzes, etc.
Assim, quando uma crise de convulsões é provocada por estímulos visuais ela se enquadra no que se denomina epilepsia fotossensível ou PSE (Photosensitive Epilepsy).
Segundo pesquisas, 5% das pessoas que sejam portadoras de epilepsia apresentam são afetadas pela PSE.
As luzes estrobosópicas usadas em bailes, as quais piscam rapidamente com grande intensidade, algumas mudando de frequência segundo padrões musicais ou ainda programada por circuitos de efeitos, normalmente baseados em microcontroladores, possuem o que se denomina um padrão ciclo de funcionamento. Ou seja, as piscadas se repetem de modo continuo por longos intervalos de tempo estimulando visualmente as pessoas.
Verifica-se que essa repetição tem um efeito estimulador que pode desencadear as crises de epilepsia, e segundo se constata porque tem um forte contraste entre o claro e o escuro. Verifica-se que quando o efeito ocorre com corres, eles raramente desencadeiam as crises.
Outro fato constatado nas pesquisas é que existe uma frequência das piscadas para as quais a sensibilidade é maior. Assim, constata-se que frequências muito baixas como 1 ou 2 piscadas por segundo parecem não afetar muito os portadores da PSE do mesmo modo que piscadas em faixas mais altas de frequências, acima de 10 por segundo. A sensibilidade maior, segundo as pesquisas parece estar em torno de 7 piscadas por segundo.
Na verdade, nosso sistema nervoso tem uma limitação de velocidade de resposta, que nos leva a não conseguir distinguir dois impulsos sucessivos separados por menos de 0,1 segundo, o que corresponde a 10 Hz ou 10 piscadas por segundo.
Acima disso começamos a “emendar” as piscadas que passam a ser percebidas como se luz fosse contínua, modulada em amplitude.
Mas, temos ainda outro fator que faz com que aumente a sensibilidade nas pessoas propensas à crises. O cansaço, stress e o álcool influem bastante nisso.
Evidentemente, as lâmpadas de LEDs, lâmpadas econômicas ou fluorescentes apesar de serem excitadas por circuitos que oscilam, não causam nenhum problema a essas pessoas, pois nosso sistema visual não consegue perceber as variações de luz que produzem, quer seja na frequência da rede de energia como em frequências muito mais altas conforme os inversores eletrônicos que usam.
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