Não! Não falamos apenas do perigo de se sofrer um acidente pelo desvio da atenção ao se digitar uma mensagem no celular andando ou na direção, ou ainda da leitura dessas mensagens nesta mesma situação. O problema é outro e mais grave, estando até relacionado com a epilepsia, devendo ser analisado com cuidado.

Em nossa seção de meio ambiente e saúde temos alertado para os perigos que a introdução de novas tecnologias traz para nós e na maioria da vezes não previstas quando essas tecnologias são criadas.

Agora é a vez dos celulares entrarem novamente em cena, mas não com radiação, cansaço pela observação da tela em condições especiais e até a cegueira momentânea como alertamos no artigo MA090.

 


 

 

Pesquisadores da Clinica Mayo publicaram recentemente um estudo mostrando que ao se digitar é produzido um padrão de ondas cerebrais complemente diferente de tudo que era antes conhecido.

Segundo os pesquisadores este novo padrão se deve ao fato de que digitar uma mensagem no celular é uma tarefa complexa que envolve uma atividade mental elevada responsável pelo padrão de ondas.

Ao digitar, além de se ter de usar a coordenação motora das duas mãos, temos de focalizar de forma precisa nossa visão e além disso segurar de forma apropriada o dispositivo (celular).

As formas de onda descobertas revelam antes a adaptabilidade de cérebro humano a um novo tipo de atividade que é o processamento de informações não verbais, segundo afirmam os pesquisadores.

A pesquisa foi realizada com 130 participantes que tiveram seus eletroencefalogramas (EEG) analisados durante o processo de digitação de mensagens no celular.

Os participantes da pesquisa foram monitorados durante 16 meses de modo a se ter uma imagem média das alterações ocorridas durante o processo de digitação.

Não foram observadas alterações ao se utilizar o celular da maneira normal com mensagens faladas.

Segundo os pesquisadores, o resultado dessas pesquisas pode servir de alerta para os fabricantes dos equipamentos e também para eventuais estudos que envolvam problemas de epilepsia. Não se sabe até que ponto o uso excessivo deste tipo de comunicação pode se relacionar com eventuais doenças futuras que o usuário pode ter.

Se o leitor quiser saber mais, acesse a documentação original em inglês em:

http://www.epilepsybehavior.com/article/S1525-5050(16)00134-7/abstract

 

 

 

 

 

 

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