As propriedades da luz penetrante do LASER tornam este tipo de radiação cada vez mais usada por médicos e em acupuntura. Com o laser pode-se cicatrizar feridas, combater a dor além de muitas outras. Veja neste artigo como um "laser pointer" pode se transformar numa útil ferramenta de uso médico (A radiação LASER, por suas características, apresenta perigos em potencial quando indevidamente usada. O artigo que descrevemos mostra como o LASER é empregado por profissionais. De modo algum o leitor, sem conhecimento das técnicas de uso deste equipamento, deve fazer uso próprio do circuito descrito).
Os LASERs de pequena potência alimentado por pilhas são bastante comuns em nossos dias sendo encontrados na forma de "Laser pointers" com lentes que geram imagens de diversos formatos e em forma de canetas, chaveiros, etc, conforme mostra a figura 1.
O que talvez muitos leitores não saibam é que os pequenos módulos usados nestes LASERs também podem ser usados na elaboração de equipamentos com aplicações em medicina e acupuntura.
De fato, estes pequenos módulos, como o mostrado na figura 2, podem funcionar com tensões de 3 a 4,5 V gerando um feixe de LASER que possui penetração suficiente nos tecidos humanos para poder exercer certos efeitos importantes na cicatrização de feridas, massagem e ainda eliminação da dor.
Assim, o feixe o fino de radiação LASER pode substituir com eficiência em certos processos as agulhas usadas em acupuntura, fazendo o mesmo efeito, sem o contacto de um objeto físico.
O projeto que descrevemos nada mais é do que um LASER do tipo "laser pointer" adaptado para poder operar com uma fonte a partir da rede de energia, eliminando-se assim a necessidade das pequenas pilhas tipo botão que possuem uma autonomia bastante reduzida quando funcionam neste tipo de aparelho de alto consumo.
OS EFEITOS DO LASER NO TECIDO HUMANO
O LASER de baixa potência como o usado nos Laser Pointers ainda assim concentra energia suficiente numa pequeno área para produzir efeitos importantes que podem ser justamente aproveitados em eletromedicina e em acupuntura. Os principais efeitos são mostrados na figura 3.
A variação de temperatura produzida no local em que o feixe é aplicado e mesmo a estimulação por energia eletromagnética pode provocar alterações bioquímicas, bioelétricas e biogenéticas no local. Em especial, as duas principais alterações podem ser usadas em estímulo, cicatrização e até mesmo inibição da dor.
Também o mesmo tipo de radiação pode provocar estímulos celulares e de microcirculação capazes de produzir efeitos analgésicos, anti-inflamatórios, e bioestimulantes.
Evidentemente. a utilização direta deste tipo de radiação deve ser feita de modo absolutamente controlado, já que as quantidades de energia envolvidas podem causar problemas se ultrapassarem certos limites. No caso, a queimadura e danos permanentes aos tecidos não devem ser descartados, daí a necessidade do manuseio deste tipo de aparelho só ser recomendado aos profissionais.
COMO FUNCIONA
Nosso circuito consiste numa fonte de corrente contínua de 4,4 Volts utilizando um circuito estabilizador de tensão do tipo 7805.
O que se faz é abaixar a tensão da rede de energia com um transformador que também serve de elemento de proteção isolando-a, evitando assim o perigo de choques.
A tensão do secundário deste transformador de 7,5 V é retificada e filtrada sendo aplicada então na entrada de um circuito regulador de tensão de 5 V.
Para abaixar um pouco mais esta tensão ligamos um diodo de silício em série (D3) que faz uma redução de pouco mais de 0,6 V obtendo-se assim a tensão de 4,4 volts que é aplicada ao módulo LASER.
O módulo usado pode ser de qualquer tipo encontrado em LASER Pointers ou nos pequenos chaveiros o qual será montado numa "caneta aplicadora" conforme mostra a figura 4.
Uma possibilidade interessante de alimentação consiste em se agregar uma chave comutadora que possibilita a utilização de uma bateria de 9 V no caso da falta de energia ou ainda para aplicações em locais em que não haja energia elétrica disponível. Esta chave com a bateria são ligados conforme mostra a figura 5.
Um LED indicador mostra que o circuito está em funcionamento.
MONTAGEM
Na figura 6 temos o diagrama completo do LASER MEDICINAL.
Na figura 7 temos a montagem dos componentes numa pequena placa de circuito impresso.
Componentes como diodos, capacitores eletrolíticos, o LED, o circuito integrado e o próprio LASER têm polaridade certa para conexão.
O transformador pode ser de qualquer tipo com secundário de 7,5 ou mesmo 9 V e correntes na faixa de 250 a 500 mA. Não será preciso montar o circuito integrado em radiador de calor.
Para a ligação do LASER use um cabo flexível com condutores internos de duas cores (para identificar a polaridade) e comprimento máximo de 1,5 metros.
O LED indicador pode ser de qualquer cor e o conjunto cabe facilmente numa pequena caixa plástica.
PROVA USO
Atenção: Este aparelho produz radiação LASER perigosa para os olhos. Nunca aponte o LASER diretamente para os olhos.
Terminada a montagem é só ligar o aparelho. O ponto de laser deve ser observado quando o apontarmos para um anteparo.
Aplique a radiação LASER da forma indicada pela sua atividade profissional.
LISTA DE MATERIAL
Semicondutores:
CI-1 - 7805 - circuito integrado regulador de tensão
LED-1 - LED vermelho comum
D1, D2, D3 - 1N4002 ou equivalente - diodos de silício
LASER - Módulo de Laser semicondutor vermelho - ver texto
Resistores: (1/8W, 5%)
R1 - 470 ohms
R2 - 330 ohms
Capacitores:
C1 - 470 uF/ 12 V - eletrolítico
C2 - 100 uF/ 6 V - eletrolítico
Diversos:
T1 - Transformador com primário de acordo com a rede local e secundário de 7,5 + 7,5 V x 250 mA - ver texto
F1 - 200 mA ou 250 mA - fusível
S1 - Interruptor simples
Placa de circuito impresso, caixa para montagem, cabo de força, suporte para o fusível, cabo para o LASER, fios, solda, etc.