Se bem que as faixas de ondas curtas estejam cada vez menos sendo utilizadas para radiodifusão, em algumas regiões afastadas, as pessoas ainda as utilizam para ouvir seus programas. O circuito que descrevemos consiste numa antena direcional acoplada a um reforçador de sinais.
Uma das características das antenas de quadro é sua diretividade, captando os sinais de uma determinada direção com maior ganho.
Esta característica ajuda a rejeitar os sinais laterais que possam causar interferências.
Esta característica é semelhante à apresentada pelas antenas de ferrite, conforme mostra a figura 1.
![Figura 1 – As antenas de ferrite
Figura 1 – As antenas de ferrite](/images/stories/telecom/tel0131_0001.png)
Assim, conforme mostra a figura 2, montando a antena sobre uma caixa, podemos orientá-la no sentido de encontrar a melhor posição para a recepção.
![Figura 2 – A antena de quadro
Figura 2 – A antena de quadro](/images/stories/telecom/tel0131_0002.png)
Além disso, a antena de quadro pode ser sintonizada de modo a apresentar maior ganho numa única frequência.
O que fazemos ainda é acoplar esta antena sintonizada a um transistor de efeito de ganho conectado como amplificador de RF.
Com o sinal tem sua intensidade aumentada, possibilitando assim a escuta de estações fracas que, de outra forma, não excitariam diretamente com seus sinais um receptor comum.
O circuito pode ser acoplado ao receptor de duas formas.
Na forma direta, mostrada na figura 3, ligamos à entrada de antena e terra, quando o receptor a possui.
![Figura 3 – Conexão direta ao receptor
Figura 3 – Conexão direta ao receptor](/images/stories/telecom/tel0131_0003.png)
Quando o receptor não possui terminais para esta conexão, podemos fazer um acoplamento indutivo enrolando de 4 a 5 espiras de fio comum em torno da caixa do rádio, conforme mostra a figura 4.
![Figura 4 – Acoplamento indutivo
Figura 4 – Acoplamento indutivo](/images/stories/telecom/tel0131_0004.png)
O circuito funcionará com sinais de 3 MHz a 25 MHz que a faixa ainda utilizada atualmente para recepção de ondas curtas em rádios comuns.
Montagem
Na figura 5 temos o diagrama completo do reforçador.
![Figura 5 – Diagrama do reforçador
Figura 5 – Diagrama do reforçador](/images/stories/telecom/tel0131_0005.jpg)
Como se trata de montagem simples, ela pode utilizar uma pequena ponte de terminais que será montada no interior de uma caixa conforme mostra a figura 6.
![Figura 6 – Montagem em caixa
Figura 6 – Montagem em caixa](/images/stories/telecom/tel0131_0006.jpg)
Na montagem, observe a posição do FET trabalhando com cuidado com este componente, sem tocar com os dedos em seus terminais.
O resistor é de 1/8 W com qualquer tolerância e os capacitores devem ser cerâmicos.
O capacitor variável CV pode ser aproveitado de um rádio AM fora de uso.
Uma fonte de alimentação simples é mostrada na figura 7.
![Figura 7 – Fonte de alimentação
Figura 7 – Fonte de alimentação](/images/stories/telecom/tel0131_0007.png)
A antena de quadro tem duas espiras de fio grosso no formato mostrado na figura 8.
![Figura 8 – Montagem da antena de quadro
Figura 8 – Montagem da antena de quadro](/images/stories/telecom/tel0131_0008.png)
Uma forma simples de conectá-la ao circuito é através de um plugue comum, conforme mostra a mesma figura.
Assim, na caixa do aparelho montamos uma tomada.
Podemos ter uma antena adicional de 5 espiras para operar na faixa de ondas médias, caso o leitor deseje.
Q1 – BF245 – transistor de efeito de campo JFET
L1 – Antena de quadro – ver texto
CV – Capacitor variável AM
R1 – 2k2 – Ω – resistor – vermelho, vermelho, vermelho
S1 – Interruptor simples
B1 – 6 a 12 V – pilhas, bateria ou fonte
C1 – 470 pF – capacitor cerâmico
C2 – 100 nF – capacitor cerâmico
Diversos:
Placa de circuito impresso, suporte de pilhas ou conector de bateria, caixa para montagem, fios, solda, etc.