Uma solução interessante para os técnicos que sejam solicitados a reparar controles remotos de equipamentos fora de linha ou que não tenham mais conserto: os controles remotos universais não só são uma comodidade para quem tem diversos aparelhos como para o técnico que se vê diante de unidades fora de linha. Veja neste artigo como funcionam estes controles remotos.(1996)
A maioria dos controles remotos de videocassetes, equipamentos de som, televisores, receptores de TV via satélite operam por meio de pulsos codificados digitalmente.
O tipo de codificação determina a função a ser exercida o que é programado previamente pelo fabricante do equipamento, tanto no transmissor como no receptor.
Isso significa que, para cada tipo de equipamento ou dentro de um grupo de uma mesma empresa, temos codificações específicas.
É por este motivo que o controle remoto de um tipo de equipamento não serve para controlar outro, às vezes do mesmo fabricante ou de outro fabricante.
No entanto, o uso cada vez maior de equipamentos com controles remotos e a adoção de códigos diferentes pelos diversos fabricantes traz dois tipos de problemas que afetam tanto o usuário como o próprio técnico de manutenção.
QUANDO O CONTROLE REMOTO QUEBRA
O primeiro problema que abordamos é o que afeta o técnico. Quando um cliente aparece na oficina com um controle remoto antigo (mais de 5 anos) e que não é mais fabricado, e deseja repará-lo a obtenção de componentes é difícil principalmente a caixa.
A caixa é justamente o ponto mais sensível. Os controles remotos caem no chão, caem dentro de copos com bebidas e até se submetem a enorme pressão de algum gordo que lhe sente em cima. Não é possível resistir a tudo isso e em pouco tempo os controles deixam de funcionar.
Em alguns casos é possível remendar a caixa, soltar fios internos de baterias ou os próprios LEDs emissores de infravermelhos que tendem a escapar, mas nem sempre isso resolve e novamente, depois de algum tempo o cliente volta a oficina com o mesmo aparelho.
QUANDO TEMOS MUITOS CONTROLES REMOTOS
Este é um problema que afeta o cliente. Uma boa parte dos usuários possui mais de um aparelho que usam, ao mesmo tempo, e que operam por controle remoto.
A situação típica é a do usuário que tem pelo menos 4 controles remotos disponíveis, conforme mostra a figura 3.
Temos então um controle para o televisor, um para o videocassete, um para o receptor de TV via satélite e finalmente um para o equipamento de som.
Evidentemente, além das confusões na hora de pegar o controle remoto certo quando desejamos fazer alguma alteração de ajuste temos a dificuldade de memorizar todas as suas funções, já que os códigos usados pelos fabricantes podem ser muito diferentes.
A SOLUÇÃO PARA OS DOIS PROBLEMAS
A melhor solução para os dois problemas que descrevemos está no uso do Controle Remoto Universal.
Por fora ele é um controle como qualquer outro. No entanto, por dentro ele tem uma diferença: ele pode assumir os códigos de qualquer outro controle remoto que opere na forma digital e até mesmo as funções de mais de um controle.
Assim, podemos usar um controle universal para substituir qualquer tipo de controle remoto (digital) que desejamos.
Se o controle remoto de um cliente não é mais fabricado e não tem mais jeito, por que não lhe vender um controle novo universal?
As vantagens são muitas: além dele estar novo, existe também a possibilidade dele poder controlar outros aparelhos que o cliente tenha que é justamente a solução para o segundo problema.
No segundo caso, o que o controle remoto universal faz é assumir todas as funções dos diversos controles que sejam usados de modo a reuni-las todas num único aparelho. Em suma, o controle universal poderá fazer a função de 4, controlando o televisor, o aparelho de som, o receptor via satélite e o videocassete, conforme mostra a figura 5.
COMO FUNCIONA
O princípio de funcionamento de um controle remoto universal é bastante simples e pode ser entendido pelo diagrama da figura 6.
Os pulsos de radiação infravermelha dos controles remotos são codificados de formas diferentes, mas basicamente consistem num certo agrupamento de impulsos numa determinada frequência.
O controle remoto universal possui um sensor que pode receber estes pulsos e aplicá-los a uma memória.
Assim, se queremos fazer com que o controle universal controle o volume de um televisor o que temos de fazer é apontar o controle do televisor original para o controle universal e apertar o botão de volume. Escolhemos o botão que vai ser de volume do controle universal e ativamos a função de memória.
Com este procedimento, o controle universal memoriza a nova função e passa a emitir os mesmos tipos de pulso que o receptor reconhece.
Fazemos isso com todas as funções do controle antigo que queremos utilizar transferindo-as para o controle universal.
Como o controle universal tem uma capacidade de memória muito alta podemos fazer isso com os controles dos diversos aparelhos que possuímos e desejamos controlar.
Em suma, basta transferir para a memória do controle universal as funções de todos os controles que ele deve substituir e pronto.
Para o caso de termos de usar o controle universal para substituir um controle que não funciona mais, o procedimento talvez exija um pouco mais de trabalho, conforme o aparelho.
Uma possibilidade é usar os comandos por tentativas, experimentando os que possuem o efeito desejado e depois memorizando-os.
Outra possibilidade é usar informações do próprio fabricante. Dependendo do aparelho ele possui uma codificação que permite de modo simples substituir controles de equipamentos comuns.
Normalmente os controles que existem à venda têm recursos simples para esta tarefa bastando que o técnico leia com atenção o modo como deve ser feita a programação que pode variar de tipo para tipo.
CONCLUSÃO
Ter controles deste tipo à venda na oficina pode ser um negócio interessante para o técnico. O argumento para a venda tanto pode ser a comodidade de se usar um controle apenas para diversos aparelhos como a impossibilidade de se conseguir peças para um controle remoto de aparelho que não é mais fabricado.